No dia 19 de março, recebo uma mensagem do Bernardo, meu priminho fanático pelo Grêmio, muito feliz e eufórico: é dia de semifinal do Gauchão. “Consegui fazer com que o pai comprasse uma camiseta nova. Estou pronto pro jogo”, disse.
E a vitória veio. 3 a 0 em cima do Internacional. Nossos rivais colorados estão eliminados e, nós, classificados! A empolgação cresce e a notificação do WhatsApp aparece novamente. Dessa vez, é um áudio com grande entusiasmo e alternância entre graves e agudos.
“Ganhamos deles, Gabi. Ganhamos. Eles jogaram muito mal. O Beira Rio é nosso, somos o primeiro time do Brasil a ter três estádios ao mesmo tempo [Olímpico, Arena e Beira Rio]. Bah, que legal!”.
Escutei essas palavras atentamente. O singelo amor pelo futebol, de fato, é impressionante e me diverte muito.
Em meio à correria da rotina paulistana e ao retorno das atividades presenciais, não noto o passar depressa do tempo. Alguns dias depois, já no início do mês de abril, acompanho, mais uma vez, a vibração do meu priminho em terras porto-alegrenses. É a tão esperada final do Gauchão contra o Ypiranga.
No último sábado (02), senti as emoções à flor da pele novamente. É difícil segurar o coração. O sentimento ecoa na grandiosa Arena. É um misto de sensações bastante curioso e intenso. Eu amo ver o tricolor em campo. Eu amo escutar a Geral gritar. Eu amo observar a felicidade genuína do Bernardo com tudo o que envolve o nosso timão. Ah, como eu gostaria de estar lá!
Uniforme utilizado na final do Gauchão 2022. [Imagem: Lucas Uebel/Grêmio FBPA]
Nós somos do Grêmio, o clube mais copeiro
Em um dia quente, com temperaturas próximas aos 30°C, o calor mostra-se insignificante em meio à vibração da torcida gremista e ao nervosismo em evidência, apesar da significativa vantagem tricolor de 1 a 0 no jogo de ida, em Erechim. Precisamente, às 16 horas e 23 minutos, o Grêmio entra em campo. Antes do início da partida, os atletas realizam um minuto de silêncio em memória aos mais de 660 mil brasileiros vítimas da Covid-19.
Na sequência, o árbitro Leandro Vuaden apita e autoriza o início do jogo na Arena: bola rolando! A torcida gremista grita enlouquecida com a saída do visitante Ypiranga.
Nos primeiros segundos de jogo, é falta, seu juiz! Ninguém toca no nosso Geromel! Aos 7’, o colombiano Campaz arrisca da entrada da área, a bola desvia na marcação e Edson defende com um tapa. É escanteio gremista. O jogo segue aberto.
O tricolor aproveita os espaços com Elias e a velocidade de Ferreirinha. Porém, o placar é aberto somente aos 45’, com a cobrança de falta no travessão por Bitello. O rebote volta para Rodrigues, que toca de cabeça em direção ao meio da área para o zagueiro Bruno Alves. É GOOOOOOOOOL do Grêmio!
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— Grêmio FBPA (@Gremio) April 2, 2022
O Ypiranga retorna ao segundo tempo com alterações e tenta o empate sem sucesso. A equipe de Erechim demonstra dificuldades em ultrapassar a defesa gremista, que encaixa bem com a marcação e não abre muitos espaços para os adversários.
Com o jogo controlado, o Grêmio chega ao segundo gol e aumenta a vantagem aos 29’. Campaz cobra a falta, Villasanti faz a conclusão, o goleiro dá rebote e Rodrigues empurra para o fundo do gol! Tem até direito à checagem do VAR, mas não adianta… “É os guris” do Grêmio! GOOOOOOL!
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A equipe de Erechim tenta melhorar seu placar e, aos 34’, Gedeílson cruza para Erick dar um carrinho na bola e ela vai direto para o fundo do gol. 2 a 1 e, mesmo assim, a festa frenética dos gremistas tem início antes do apito final.
Fim de jogo. Confirmamos que o Rio Grande do Sul continua azul, preto e branco, como deve ser. Levanta a taça, tricolor!
Somos campeões do mundo inteiro
O penta representa muito mais que um campeonato, é a confirmação da história dentro do clube. No Brasil, somos os únicos a ganhar quatro vezes uma sequência de cinco títulos. O Grêmio mantém a hegemonia estadual e, mais uma vez, escreve seu nome na história do estado e nos feitos da “tua” história, que cantam o Rio Grande com amor.
A quinta taça consecutiva, diante de uma Arena lotada e um público superior a 43 mil pessoas, aproxima o tricolor gaúcho da sua maior sequência de títulos estaduais. 2022 nos coloca pertinho do hepta de 1968 e nos lembra de quantos anos de glória tens o imortal tricolor.
Vitória do Grêmio sobre o Ypiranga na final do Gauchão. [Imagem: Lucas Uebel/Grêmio FBPA]
Vamos, Tricolores, para ganhar esta noite
Em um ano marcado pela terceira participação gremista na série B, o título estadual nos remete ao mais singelo sentimento do torcedor: a esperança de que dias melhores virão.
É importante deixar para trás a desconfiança e os turbulentos erros cometidos em 2021. Nós, gremistas, seguimos fanáticos pelo tricolor independentemente da situação. Avante, camaradas! A série A é logo ali! O Grêmio, realmente, é gigante! E imortal!
Nós somos bons torcedores, sem hesitarmos sequer, aplaudiremos o Grêmio onde o Grêmio estiver!
O pentacampeonato gaúcho traz esperanças de retorno à série A. [Imagem: Lucas Uebel/Grêmio FBPA]
Temos que jogar pelas três cores
E um ano depois, a história se repete. A combinação entre as cores azul, preto e branco preenche nossos corações de alegria. A torcida comemora novamente. 41 vezes Grêmio! Estamos em nosso quadragésimo primeiro título do Campeonato Gaúcho (seguimos contando!) e continuamos com o Grêmio para o que der e vier. Para cima deles, tricolor!
Grêmio é minha alegria. Minha loucura. Somos… uma, duas, três, quatro, CINCO vezes campeões! PODE GRITAR, GREMISTADA! É PEEENTAAAAA!
Grêmio é pentacampeão gaúcho. [Imagem: Lucas Uebel/Grêmio FBPA]
