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‘A órfã 2: A origem’: uma volta no passado de Esther

O segundo filme que conta a origem e trajetória de Esther, menina desaparecida que Leena Klammer escolheu se passar e enganar a todos 

A Órfã 2: A Origem (Orphan: First Kill, 2022), é o mais novo lançamento de terror psicológico que retoma e explora a mente diabólica de Leena Klammer (Isabelle Fuhrman), uma psicopata de 32 anos completamente imprevisível e perversa. O filme, lançado 13 anos após o primeiro, A Órfã (Orphan, 2009), volta no passado de Leena e esclarece como ela se passa por Esther Albright e fica órfã. 

O longa, dirigido por William Brent Bell, inicia-se na Estônia, em 2007, com a chegada da terapeuta Anna Troyev (Gwendolyn Collins) ao Saarne Institute, asilo psiquiátrico onde Leena está internada. Logo no início, a narrativa já apresenta seu primeiro alerta vermelho: Leena foge de seu quarto e se refugia na sala de artes, mesma sala onde Anna é mantida pelo diretor da unidade. Ao ver uma criança desenhando na mesa, Anna se aproxima com a intenção de conversar, mas depois descobre que a criança, na verdade, é a sua paciente, Leena Klammer, uma mulher de 32 anos que possui hipopituitarismo, e por isso não cresce

Leena sentada na mesa enquanto desenha e conversa com a terapeuta Anna. [Imagem: Reprodução/YouTube)

Já no começo do filme, Leena consegue arquitetar uma fuga brilhante do asilo e enganar os guardas. Com sua mente sagaz, Leena dá início ao seu plano macabro: começa sua pesquisa na internet por crianças desaparecidas e encontra Esther Albright (Kennedy Irwin), uma menina americana que desapareceu aos seis anos de idade e possui traços parecidos com Leena. A partir daí, a trama se desenrola.

Leena compara seus traços com a aparência de Esther Albright, após uma busca na internet. [Imagem: Reprodução/YouTube]

O reaparecimento de Esther causa emoção e estranheza em sua família. A mãe, Tricia Albright (Julia Stiles), e o irmão, Gunnar Albright (Matthew Finlan), não esperavam reencontrar a parente perdida depois de tanto tempo. Contudo, o pai de Esther, Allen Albright (Rossif Sutherland), sempre teve esperanças de que Esther estava viva, mesmo depois de quatro anos. 

Em uma família rica e renomada da alta sociedade, Leena parece satisfeita. Mas a personagem é constantemente vigiada, não só pelo detetive da família, o policial Donnan (Hiro Kanagawa), como também pela sua mãe, que nota diversas diferenças entre a Esther que desapareceu e essa nova Esther. 

Tricia é outra personagem bastante intrigante. A mãe que no fundo sabe que essa nova Esther com “esse sotaque totalmente diferente” não é sua verdadeira filha. Mas em nome da instituição “família”, ela decide acreditar que tudo pode estar bem. Uma decisão que pode ser fatal para todos. Leena até deseja ir embora, mas não pode fugir por medo de levantar mais suspeitas para si e magoar seu “pai”, o qual está completamente obcecada.

Leena encenando Esther e tocando piano para seus familiares. [Imagem: Reprodução/YouTube]

Sob pressão, Leena prossegue com sua encenação, mas se sente constantemente sufocada e perseguida tanto pela mãe quanto pelo irmão. Apenas quando está com seu “pai” no ateliê de pintura, se sente animada. Nestes momentos, vemos onde Esther desenvolve suas habilidades de pintura. 

Leena no ateliê do pai pintando um retrato dele. [Imagem: Reprodução/YouTube]

Embora seja emocionante, o filme parece se arrastar em alguns momentos. Em relação ao primeiro, não há tanto mistério e suspense. A ideia de desconfiar que há uma psicopata em sua casa interpretando a própria filha e irmã é um pouco perturbadora e parece forçada pelos personagens Tricia e Gunnar. Numa questão mais técnica, o roteiro do primeiro filme foi desenvolvido e explorado de uma forma mais criativa e ampla. Em A Órfã 2, há uma certa limitação do imaginário. 

No que se refere à edição, a produção cinematográfica foi muito bem finalizada. Mesmo depois de 13 anos, não se percebem sinais de envelhecimento na aparência de Isabelle, atriz que interpreta Leena. As botas de plataforma usadas pelos outros atores para dar a sensação de que são mais altos que Isabelle, ficaram imperceptíveis aos olhos dos telespectadores. 

Observa-se também que Leena ainda não é tão inteligente e calculista quanto no primeiro filme. A Esther do primeiro filme jamais deixaria alguém ileso após uma piada ou ameaça. Nessa produção, no entanto, vemos uma parte de Leena que, no primeiro filme, não foi escancarada: sua vulnerabilidade e insegurança. Isso fica evidente quando Gunnar a apelida de “monstro” e ela se mostra atingida. De fato, sua rápida convivência com sua falsa mãe e irmão a torna mais atenta e fria.

A trama em si é boa. Há pontos importantes que o filme revela, como, por exemplo, onde Esther aprendeu a ser tão esperta, calculista e adquiriu suas habilidades de pintura. De fato, um ponto positivo na produção ao esclarecer os motivos de Esther ser o que é, tão maldosa e que não deve ser subestimada.

Uma característica, no entanto, permanece intacta em Leena nos dois filmes: sua personalidade destemida. Leena faz de tudo para alcançar o que quer e não gosta de ser pressionada ou contrariada. Com a morte de sua “família”, ela se torna órfã, indo para o orfanato. 

Nota do cinéfilo: muito bom - 4 estrelas

O filme estreou no Brasil dia 15 de setembro e está disponível em todos os cinemas do país. Confira o trailer oficial:


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