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Snow Crash: conheça a aclamada ficção de Neal Stephenson

Snow Crash é conhecido mundialmente por ser um clássico do universo cyberpunk. Foi escrito por Neal Stephenson em 1992 e publicado pela Aleph desde 2008 com o título de Nevasca (retomando atualmente para o título original sem tradução). A interligação das realidades é o cenário principal: as regiões do planeta são divididas em áreas que …

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Snow Crash é conhecido mundialmente por ser um clássico do universo cyberpunk. Foi escrito por Neal Stephenson em 1992 e publicado pela Aleph desde 2008 com o título de Nevasca (retomando atualmente para o título original sem tradução). A interligação das realidades é o cenário principal: as regiões do planeta são divididas em áreas que se assemelham às grandes corporações e franquias, as EQNOFs (Entidades Quase Nacionais Organizadas em Franquias) e o Metaverso, uma realidade virtual cuja complexidade é semelhante ao mundo real. No Metaverso, cada um pode ter seu avatar e possuir certa liberdade, entretanto, tudo isso dependerá  do seu “status social”. Por exemplo, quanto maior o dinheiro investido e a habilidade do “jogador”, seu personagem terá melhor qualidade gráfica.

Imagem: Isabel Teles/ Audiovisual – Jornalismo Júnior

Hiro Protagonist é o herói desses dois mundos. No mundo real ele é um entregador do Tio Enzo (grande e poderoso chefão da máfia que controla, entre outras coisas, as entregas de pizzas). Já no Metaverso, Hiro é um prestigiado hacker samurai. Entretanto, a relativa estabilidade dos dois mundos corre perigo: a chegada de uma nova droga conhecida como Snow Crash, espalhada pelo misterioso O Corvo, está trazendo suas consequências não só para o ambiente virtual como também para o real. Agora, resta a Hiro, Y.T. (uma jovem skatista entregadora) e uma série de outros personagens intensos, a missão de impedir essa misteriosa ameaça.

Ao longo das 496 páginas, o leitor não fica restrito ao tema da tecnologia: há também uma abordagem bem interessante de temas como religião, poder e ascensão, expressos nos ideais de cada personalidade, como é o caso de personagens como Juanita, Jason, Tio Enzo, L. Bob Rife e outros. A forma como os personagens foram desenvolvidos se afasta do tradicional maniqueísmo, tornando-se complexos e em constante adição.

A riqueza dos detalhes narrativos é um ponto muito importante da obra, mas também pode acabar se tornando um ponto negativo. Stephenson consegue descrever todos os detalhes da cena que está ocorrendo naquele momento de forma que o leitor pode ficar preso em alguns detalhes, podendo prejudicar a fluidez da leitura em diversos momentos. Se você é o tipo de leitor que gosta de ler de forma rápida, certamente terá muitas dificuldades de compreender o enredo e terminar o livro.

De certa forma, Snow Crash pode ser uma oportunidade de leitura bem interessante de conhecer a ficção cyberpunk e acompanhar uma narrativa fantástica com elementos diferentes, mas que de alguma forma se completam e satisfazem o leitor.  

“- Espere um pouco, Juanita. Decida-se. Esse negócio de Snow Crash é vírus, droga ou religião? Juanita dá de ombros. – Qual é a diferença?”

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