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Catar 2022 I Portugal bate Uruguai, se classifica para as oitavas de final e segue 100% no Catar

A seleção portuguesa não fez jogos empolgantes, mas conseguiu o necessário para vencer Gana e Uruguai

A partida que encerrou a primeira rodada do grupo H entre Portugal e Gana terminou com o placar de 3 a 2 para os portugueses, que lideram o grupo. Os holofotes, como de costume, ficaram para Cristiano Ronaldo, que ao abrir o placar de pênalti — bem controverso —, se tornou o primeiro jogador na história do futebol a marcar gols em cinco edições de copas do mundo (2006, 2010, 2014, 2018 e 2022). Na segunda partida, Portugal contou com o brilho de Bruno Fernandes para vencer o Uruguai por 2 a 0.

A estréia

Na entrada das equipes, o craque português já demonstrava sentir o tamanho daquele momento para sua carreira lendária. O “gajo” se emocionou na exibição do hino nacional português, e ao entrar em campo em sua provável última Copa do Mundo, Cristiano se tornou recordista em copas disputadas (cinco) ao lado de outros grandes nomes da história do torneio. 


A seleção portuguesa, dirigida por Fernando Santos, entrou em campo com Diogo Costa, João Cancelo, Rúben Dias, Danilo Pereira e Raphael Guerreiro; Rúben Neves, Otávio — nascido no Brasil, naturalizado português —, e Bernardo Silva; Bruno Fernandes, João Félix e Cristiano Ronaldo. Posicionados em um 4-3-3 com Bruno Fernandes escalado como atacante, mas trabalhando pelo setor de meio campo em grande parte do jogo.

Já os ganeses, treinados pelo jovem Otto Addo — que assumiu a seleção recentemente, em fevereiro de 2022 —, foram escalados em um 5-3-2 com Lawrence Ati, Rahman, Salisu, Djiku, Amartey e Seidu; Kudus, Samed e Thomas Partey; Iñaki Williams e André Ayew. 

O primeiro tempo da partida foi morno, sem muitas chances de gol para ambas as equipes, apesar de Portugal ter levado mais perigo ao gol adversário. Foram sete finalizações — apenas duas no gol —, com direito a gol anulado por falta de Cristiano Ronaldo no lance, além da maior posse de bola e amplo domínio das ações. 

Do lado de Gana, a eficiência estava restrita ao sistema defensivo, o que dificultava movimentos de infiltrações e tabelas dos jogadores portugueses, enquanto a ofensividade foi praticamente nula: nenhuma finalização. As emoções ficaram para a segunda etapa.

Gana disputou mais a posse de bola, e começou a se organizar para partir em contra-ataques. Até que aos 62’ Cristiano Ronaldo foi ao chão após um contato com o zagueiro Salisu e o árbitro Ismail Elfath (EUA) assinalou pênalti. Em uma de suas especialidades, Cristiano não desperdiçou e balançou a rede em um gol histórico, seu oitavo gol na história da competição, em sua quinta copa do mundo. O único jogador na história do futebol a marcar em cinco edições.

Dez minutos após a marcação do pênalti que dava a vitória aos portugueses, Gana queria acabar com a festa de Ronaldo. Kudus acelerou pela esquerda e cruzou em direção à pequena área, e contou com uma falha de Danilo Pereira para que a bola chegasse nos pés do ídolo e capitão ganês André Ayew, que empurrou para o gol e empatou a partida.

Comemoração dos ganeses no gol de empate marcado por André Ayew – [Imagem: Reprodução/Twitter @FIFAWorldCup]

A etapa continuou com ritmo acelerado, e a alegria de Gana durou pouco. Cerca de cinco minutos após o empate, Bruno Fernandes encontrou João Félix avançando pelo lado direito, e a eterna promessa bateu na saída do goleiro para colocar Portugal novamente à frente no placar. A essa altura o técnico Fernando Santos já havia acabado de modificar a equipe com a entrada de Rafael Leão, atacante de 23 anos que tem sido destaque do Milan, atual campeão italiano.

Foi dos pés de Leão que Portugal enfim encontrou tranquilidade na partida. Em dia inspirado, Bruno Fernandes levou apenas mais um minuto para dar outra assistência, em uma bela enfiada de bola para o atacante do Milan, que recebeu do lado esquerdo da grande área e bateu colocado para fazer o terceiro gol de Portugal na partida.

Rafael Leão marcou o terceiro gol de Portugal na partida – [Imagem: Reprodução/Twitter @FIFAWorldCup]

A partida parecia liquidada aos 88 minutos, quando Cancelo não conseguiu interceptar lançamento pelo lado direito da defesa portuguesa. A jogada deu origem a um cruzamento na cabeça de Bukari — entrou no lugar de Kudus aos 77’ —, que estufou as redes para diminuir o placar. Nos acréscimos, especificamente no último minuto do jogo, ainda deu tempo do craque Iñaki Williams perder a oportunidade de empatar a partida em uma lambança do goleiro Diogo Costa. Vitória de Portugal por 3 a 2.

Dia do Bruno

Na segunda rodada do grupo, a seleção portuguesa encarou o Uruguai, considerado o adversário mais difícil na fase classificatória. A equipe foi escalada com algumas mudanças em relação ao primeiro jogo: posicionados em um 4-2-3-1, o experiente zagueiro Pepe substituiu Danilo Pereira, que sofreu uma lesão na coluna durante os treinos realizados na semana; Nuno Mendes jogou pela esquerda no lugar de Raphael Guerreiro; No meio campo, Otávio deu lugar a William Carvalho. O restante dos jogadores que iniciaram a primeira partida, permaneceram no time.

Do lado uruguaio, Diego Alonso mudou o esquema da equipe para encarar os portugueses. O 4-3-3 utilizado no empate contra a Coreia do Sul foi preterido por um 3-5-2, sem o tão pedido De Arrascaeta e com Cavani no lugar de Luis Suárez, que foi para o banco. A esperança celeste continuou com o jovem Valverde — que faz ótima temporada no Real Madrid e foi o melhor em campo na primeira partida do Uruguai —, além da torcida para que Darwin Núñez jogasse o futebol que o levou do Benfica ao Liverpool.

No primeiro tempo, um desenho parecido com o do primeiro confronto da seleção portuguesa: muita posse de bola e pouca objetividade. Foram oito finalizações, mas nenhuma ao gol, enquanto a seleção uruguaia, que finalizou apenas quatro vezes, conseguiu mandar ao menos uma bola na direção do gol. No geral, foram 45 minutos sem muitas emoções.

No início do segundo tempo, o jogo foi paralisado por uma invasão ao campo, que carregava mensagens humanitárias. Em meio às diversas polêmicas sobre violação dos direitos humanos no Catar, o italiano Mário Ferri, “O Falcão”, famoso por invadir os gramados com a camisa do super-homem, marcou presença na Copa do Mundo fazendo manifestações a respeito de questões globalmente discutidas fora de campo. Sua camisa continha as mensagens “Salve a Ucrânia” e “Respeito para as mulheres iranianas”, além de carregar a bandeira LGBTQIAP+.

Voltando para as quatro linhas, o dono da noite catari foi o camisa oito português Bruno Fernandes. Aos 54’, o meio campista do Manchester United buscou Cristiano Ronaldo dentro da grande área uruguaia em um cruzamento. A bola aparentou desviar na cabeça do português, surpreendeu o goleiro Sergio Rochet e só parou dentro do gol. A arbitragem assinalou o gol para Ronaldo, mas voltou atrás e concedeu o mérito a Bruno Fernandes. A adidas, fornecedora da bola oficial da copa — Al Rihla (A Jornada) —, informou que foi possível atestar pelo chip implantado para a tecnologia do impedimento semi-automático, que Cristiano Ronaldo não tocou na bola.

A partida seguiu, e a seleção uruguaia melhorou seu desempenho em campo com as entradas de Suárez, Arrascaeta, Pellistri, Gómez e Viña. A posse de bola foi parelha, e as melhores chances criadas foram pelo lado uruguaio, que parou no goleiro Diogo Costa e no bom sistema defensivo português, que deu conta de segurar o resultado. Para fechar o placar, um pênalti polêmico foi marcado pelo árbitro Alireza Faghani. Bruno bateu firme e foi coroado com mais um gol, em mais uma excelente partida, daquele que é o melhor jogador de Portugal na competição até aqui.

Bruno Fernandes comemora classificação portuguesa [Imagem: Reprodução/Twitter @selecaoportugal]

Com o resultado, Portugal está classificado, lidera o grupo H com seis pontos, e volta a campo contra a Coreia do Sul no dia 02 de dezembro às 12 horas. O adversário do Brasil nas oitavas de final sairá deste grupo.

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