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42ª Mostra Internacional de SP: Uma Carta Para um Amigo em Gaza

Este filme faz parte da 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Para mais resenhas do festival, clique aqui. Quantos horrores há em um guerra. Quantas vidas perdidas, quantas histórias. Quantos fatos inexplicados. Inexplicáveis. Uma Carta Para um Amigo em Gaza (2018) traz reflexões sobre os conflitos que, há anos, dizimam judeus e palestinos, além …

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Este filme faz parte da 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Para mais resenhas do festival, clique aqui.

Quantos horrores há em um guerra. Quantas vidas perdidas, quantas histórias. Quantos fatos inexplicados. Inexplicáveis. Uma Carta Para um Amigo em Gaza (2018) traz reflexões sobre os conflitos que, há anos, dizimam judeus e palestinos, além de prestar homenagem ao dramaturgo Albert Camus (1913-1960).

Textos dos consagrados autores Izhar Smilansky, Emile Habibi, Mahmoud Darwish e Amira Hass são lidos por artistas, judeus e palestinos, enquanto cenas de guerra são passadas. O próprio diretor do curta, Amos Gitai, participa de algumas cenas, também lendo. Os textos refletem angústias, desejos e sonhos. Cenas imaginadas, mas que muito possivelmente podem ter acontecido. Como em um dos escritos, em que pai e filha conversam sobre a terra em que costumavam morar. Eles andam muito para chegar à tal Terra, mas ela já não está lá. O canteiro cheio de flores, o portão. Nada existe mais, só as memórias de ambos.

O diretor Amos Gitai participa das cenas. (Imagem: Reprodução)

Outro, reflete e sonha com o futuro. Com a geração que já não viverá esse conflito e indagará às outras: como deixaram isso acontecer? Por que não impediram? Por que contribuíram com todo esse horror? Ao passo que a geração mais antiga prontamente irá responder: mas não foi só eu. Não fomos os únicos. Eu estava cumprindo ordens. Não era problema meu.

Durante todo o curta, o espectador é levado à imersão da guerra, não só nas bombas e tiros, mas para perto daqueles que dela participam, diretamente e indiretamente. Os soldados; as famílias; as crianças. As pessoas que nesse cenário vivem. Logo no ínicio já transparece que a mensagem passada será a de fazer o espectador pensar naqueles que lá estão. “Quando tomar café, pense nos outros. Quando lavar roupa, pense nos outros […]” diz uma voz que abre o curta enquanto imagens de paisagens são exibidas.

Ainda, a maneira com que a leitura dos textos são feitas, com uma espécie de atuação discreta, realizada pelas expressões e vozes dos artistas enquanto leem, contribui para essa imersão, fazendo o espectador imaginar as cenas que se dão conforme os escritos relatam.

Expressões formam a atuação dos textos lidos. (Imagem: Reprodução)

Uma Carta Para um Amigo em Gaza (2018) foi exibido em sessão conjunta com o curta A Casa (1980), também de Amos Gitai.

por Crisley Santana
crisley.ss@usp.br

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