Jornalismo Júnior

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Parque do Inferno: Mistura de clichês mal executada

Um grupo de amigos decide passar a noite de Halloween em um parque temático de horror da cidade. Após chegarem ao local, começam a ser perseguidos por um homem mascarado. Premissa incomum? Se analisada com cautela, essa história é mais corriqueira do que se imagina. Parque do Inferno (Hell Fest, 2018) entrega uma narrativa previsível, mal executada …

Parque do Inferno: Mistura de clichês mal executada Leia mais »

Um grupo de amigos decide passar a noite de Halloween em um parque temático de horror da cidade. Após chegarem ao local, começam a ser perseguidos por um homem mascarado. Premissa incomum? Se analisada com cautela, essa história é mais corriqueira do que se imagina. Parque do Inferno (Hell Fest, 2018) entrega uma narrativa previsível, mal executada e com poucas cenas memoráveis, sendo apenas mais um filme da leva de terrores adolescentes que apenas buscam sustos rápidos.

O roteiro é um dos principais problemas. Por ser previsível, é muito fácil saber aqueles que vão morrer e aqueles que vão sobreviver. Nenhum personagem possui profundidade e é desenvolvido ao ponto de gerar empatia no espectador. Todos são estereotipados e caricatos: a mocinha, o cara bonzinho, o alívio cômico. Essa bidimensionalidade faz com que não seja prazeroso acompanhar os protagonistas.

Bex Taylor-Klaus, conhecida pela série Scream, é muito mal aproveitada no longa. (Imagem: Reprodução)

No que diz respeito às atuações, todas são muito forçadas e inverossímeis. A única realmente notável é a de Natalie (Amy Forsyth), personagem de maior destaque. Mas mesmo se esforçando, principalmente em cenas mais tensas a atriz, ainda assim, apresenta performance mediana.

Um dos poucos pontos em que o longa acerta é no design de produção. Toda concepção do Parque do Inferno é muito bonita. É um espaço grande que foi bem aproveitado. Além disso, o uso de uma fotografia mais colorida quebra um pouco do padrão do uso de cores mais apagadas em filmes de terror.

Tons vibrantes predominam no ambiente (Imagem: Reprodução)

A direção não merece destaque. Algumas cenas, além de desnecessárias, foram filmadas de forma incômoda, como se o diretor quisesse ousar mas sem saber como. Natalie está no banheiro quando o assassino surge. Ele quase a toca, sem que a mesma perceba. Após o homem sumir, a garota é mostrada dentro do banheiro urinando, através de posições de câmera sem sentido, que aparentam ser justificadas por um ataque posterior. Deveria ser uma cena tensa, mas que torna-se mais cômica devido às circunstâncias e a execução prática.

Em diversos momentos a trama tenta brincar com o falso versus a realidade. Um homem mascarado que persegue jovens em um parque de terror onde as pessoas que trabalham lá tem como objetivo assustar os visitantes. Esse recurso é mal utilizado pois só serve para gerar jumpscares insossos e gratuitos.

Mesmo com um final que busca ser subversivo e diferente do que o público está acostumado, Parque do Inferno não passa de uma colagem mal ajambrada de clichês de filmes de terror juvenis.

O filme estreia dia 22 de novembro nos cinemas brasileiros, confira o trailer abaixo:

Por Marcelo Canquerino
marcelocanquerino@gmail.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima