Um grupo de amigos decide passar a noite de Halloween em um parque temático de horror da cidade. Após chegarem ao local, começam a ser perseguidos por um homem mascarado. Premissa incomum? Se analisada com cautela, essa história é mais corriqueira do que se imagina. Parque do Inferno (Hell Fest, 2018) entrega uma narrativa previsível, mal executada e com poucas cenas memoráveis, sendo apenas mais um filme da leva de terrores adolescentes que apenas buscam sustos rápidos.
O roteiro é um dos principais problemas. Por ser previsível, é muito fácil saber aqueles que vão morrer e aqueles que vão sobreviver. Nenhum personagem possui profundidade e é desenvolvido ao ponto de gerar empatia no espectador. Todos são estereotipados e caricatos: a mocinha, o cara bonzinho, o alívio cômico. Essa bidimensionalidade faz com que não seja prazeroso acompanhar os protagonistas.
Um dos poucos pontos em que o longa acerta é no design de produção. Toda concepção do Parque do Inferno é muito bonita. É um espaço grande que foi bem aproveitado. Além disso, o uso de uma fotografia mais colorida quebra um pouco do padrão do uso de cores mais apagadas em filmes de terror.
Em diversos momentos a trama tenta brincar com o falso versus a realidade. Um homem mascarado que persegue jovens em um parque de terror onde as pessoas que trabalham lá tem como objetivo assustar os visitantes. Esse recurso é mal utilizado pois só serve para gerar jumpscares insossos e gratuitos.
Mesmo com um final que busca ser subversivo e diferente do que o público está acostumado, Parque do Inferno não passa de uma colagem mal ajambrada de clichês de filmes de terror juvenis.
O filme estreia dia 22 de novembro nos cinemas brasileiros, confira o trailer abaixo:
Por Marcelo Canquerino
marcelocanquerino@gmail.com