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Circo Sumatra brilha em refilmagem de Saltimbancos Trapalhões

Em homenagem aos comediantes Mussum e Zacarias, falecidos na década de 1990, estreia nesta quinta-feira (19) a refilmagem do clássico Saltimbancos Trapalhões (1981), filme que figura entre as maiores bilheterias do cinema brasileiro, assim como outros tantos do quarteto humorístico. O remake Os Saltimbancos Trapalhões — Rumo a Hollywood (2017), no entanto, não deve atrair …

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Em homenagem aos comediantes Mussum e Zacarias, falecidos na década de 1990, estreia nesta quinta-feira (19) a refilmagem do clássico Saltimbancos Trapalhões (1981), filme que figura entre as maiores bilheterias do cinema brasileiro, assim como outros tantos do quarteto humorístico. O remake Os Saltimbancos Trapalhões Rumo a Hollywood (2017), no entanto, não deve atrair tanto público quanto seu antecessor. Isso, pasmem, se deve mais ao conflito geracional entre o público e o estilo da comédia do que à qualidade do filme em si.

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Se na década de 80 o quarteto levava mais de cinco milhões de pessoas para as salas de cinema marca que não foi batida por sucessos como o drama Carandiru (2005) e a também comédia Minha Mãe é Uma Peça (2012) —, hoje a ideia de ir assistir à um filme dos Trapalhões é de franzir o cenho de muita gente. Ainda sim, a magia do circo resiste e pode surpreender e cativar espectadores desconfiados.

Na nova versão do clássico, o Circo Sumatra está sem recursos para investir na produção de espetáculos com artistas pois seu público desapareceu após a proibição, por lei, de animais em números de circo. Apesar da crise, Didi (Renato Aragão) continua trabalhando à sua maneira: sonhando. Através das fantasias do seu inconsciente, o jeca-tatu imagina performances para os artistas do circo e vê o circo deslanchar novamente. Já o Barão Bartholo (Roberto Guilherme), dono do circo, não dá créditos aos sonhos de Didi e começa a negociar com o prefeito corrupto Aurélio Gavião (Nelson Freitas) uma programação de comícios e leilões para movimentar o circo. Apenas com a mediação de Karina (Letícia Colin), filha de Bartholo, as fantasias de Didi começam a ter alguma esperança de se realizarem. A menina que crescera no circo volta após se formar em Administração na cidade grande e acredita, assim como Didi, que a melhor forma de superar a crise financeira é apostando no talento dos artistas.

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Com o apoio de Karina, que convence o pai, Didi e Dedé criam números musicais que sutilmente criticam a propriedade privada e, para agradar o público desertor, coloca os atores no papel de animais. O filme é inspirado no musical de Charles Möeller, com letras de Chico Buarque, Luis Bacalov, Sergio Bardotti.

Os Saltimbancos Trapalhões Rumo a Hollywood pode estar mais perto de um sonho do que se espera. O espetáculo de 1981 ressurge com coreografias sofisticadas e fotografia radiante. Uma homenagem não só ao quarteto, mas a toda arte da interpretação e do riso.

Com um começo “jeca” e um final emocionante, no decorrer da história alguns personagens não se desenvolvem como deveriam, sendo Dedé um exemplo deles. Apesar de ser um dos Trapalhões originais, sua presença é ignorada pelas demais personagens em diversas cenas, deixando de protagonizar a homenagem do seu próprio grupo. Outros sobram, como o par romântico de Luiza, interpretada por Livian Aragão, que não cumpre muito além do que essa função.

A história vista no cinema é muito mais trabalhada do que os Trapalhões tem mostrado nos programas de televisão. Menosprezar sua volta para as telonas é menosprezar a história do cinema nacional.

Confira o trailer abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=56VxjBdnEDA

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