Jornalismo Júnior

logo da Jornalismo Júnior
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Como jogaram a Campeã e a Vice da Eurocopa 2024?

Linha fina

Por Bernardeca

Inglaterra: O futebol mais uma vez não volta pra “casa”

A única seleção entre as grandes a não ter Eurocopa continuou sem. Mais uma vez a Inglaterra chega a final para tentar acabar com o jejum de títulos há 58 anos e não consegue. Venha ver como a Inglaterra jogou durante a competição e por que não desempenha como os torcedores e a mídia esperam.

Um futebol pobre de bons resultados

Os oito anos de trabalho do técnico Southgate a frente da seleção inglesa divide opiniões pela forma como a equipe joga, ainda mais atualmente com o tanto de talento e bons jogadores que o país produz e por muitas vezes não foram nem levados à competições, como Tomori e Rashford mais recentes não foram convocados para a disputa da EURO, porém ao longo destes anos a Inglaterra alcançou classificações e colocações que há anos não conquistavam, como o terceiro lugar na copa de 2018, semifinal da Nations League 2018, o vice da Eurocopa em 2021, a eliminação para a França em 2022 no que muitos dizem ter sido o topo e melhor jogo da Inglaterra de Southgate, mesmo com a derrota, e rebaixada para a Liga B na Nations League em 2023

Chegou este ano novamente entre as favoritas graças ao bom momento que diversos jogadores da seleção vivem, Phil Foden e John Stones destaques do Man. City, Kane novamente em uma temporada de artilheiro, Bellingham cotado para melhor do mundo, Saka e Rice em ótima temporada com Arsenal e o reserva de luxo Cole Palmer que brilhou pelo inconstante Chelsea. Porém mesmo com todo este material humano à disposição, o treinador parece não conseguir fazer o time render tudo que se espera. 

Classificados em primeiro lugar na fase de grupos com uma vitória sofrida contra a Sérvia e dois empates, contra Dinamarca e Eslovênia. Nas oitavas de final estava sendo eliminada até os 95 que graças a Jude Bellingham levou o jogo para prorrogação onde a equipe virou logo nos primeiros minutos e manteve o resultado até o fim. Nas quartas de final sofreu ao enfrentar a Suíça e saiu atrás, mas com golaço de Saka, empatou e levou novamente para a prorrogação e posteriormente pênaltis. Na semifinal fez seu melhor jogo até então, com excelente primeiro tempo, mas o futebol voltou a decair no segundo tempo, porém com gol de Ollie Watkins aos 90´colocou a Inglaterra em sua segunda final de Eurocopa da história.

Como joga a Inglaterra?

A Inglaterra chegou para a fase de grupos e oitavas utilizando em sua maioria essa escalação e esquema tático acima. Comandados por Gareth Southgate, iniciamos com Pickford que é o goleiro de confiança do treinador sendo um dos jogadores que desde que o treinador assumiu a seleção mais esteve presente em campo, apesar de não ser de nenhuma equipe do “Big six” inglês, o goleiro tem jogos e defesas marcantes nos últimos anos.

Já na defesa inglesa, temos Kyle Walker que confirmou sua posição como titular dessa seleção, apesar da geração de laterais direitos ingleses de se invejar com Alexander Arnold, Trippier e Reece James, o defensor do Man. City se destacou com o técnico pela sua versatilidade em poder atuar mais defensivamente, ofensivamente e ganhar disputas individuais contra os melhores jogadores do mundo, como Mbappé e Vini Jr. Os zagueiros Stones e Guéhi venceram a disputa pela titularidade contra Lewis Dunk, Konsa e Maguire, que foi cortado da Eurocopa. O lateral esquerdo é na verdade um lateral direito, Trippier joga improvisado na esquerda e é o titular da posição, apesar de geralmente ser substituído por Luke Shaw, este sim, lateral esquerdo de origem.

No meio campo inglês, Rice faz a função mais defensiva e geralmente carregando e se apresentando no máximo até o meio do campo, sendo mais estático. O companheiro de de meio campo chegou como uma indefinição na competição, sendo inicialmente Alexander Arnold que o treinador enxerga como um meia, depois Gallagher no último jogo da fase de grupos e nas oitavas veio Kobbie Maino e se tornou o titular até a final.

Jude Bellingham atuou diversas vezes como um jogador de ligação no meio campo inglês, finalizando apenas 1 vez na fase de grupos, mas que gerou o gol da vitória contra a Sérvia, esta é uma das principais criticas ao treinador, não conseguir “trazer” o Bellingham do Real Madrid para a seleção.

No âmbito ofensivo, temos Phil Foden pela ponta esquerda mas que costuma ir para o meio, onde passou a jogar esta temporada pelo Man. City. Saka pela direita que é o escape rápido do time. Harry Kane, o artilheiro inglês que pode tanto criar espaços com e sem a bola.

No banco inglês, temos a variação sugerida de meias no “campinho” acima, onde o que estiver no banco pode entrar. Cole Palmer que fez ótima temporada pelo Chelsea e muitos discutem que deveria ser titular e deixar Bellingham como o parceiro de Rice pelo meio. Bowen entra como alternativa rápida para o ataque e Watkins e Toney alternativas de velocidade ou pivô. 

Até as oitavas este foi o time inglês, onde não apresentou grandes pontos negativos defensivamente, pelo contrário, levando apenas um gol até as oitavas mas ofensivamente um futebol mais estático e pouco criativo que havia feito até então 3 gols no torneio. Abaixo um quadro com as movimentações e como a ideia da equipe é mais posicional:

Porém, após jogos péssimos, pouco criativos e sofrendo para criar grandes chances. Southgate enfim mudou a escalação e não apenas substituições de jogadores. Saindo de uma linha de quatro para três zagueiros com alas laterais, deixando também Bellingham e Foden mais livres pelo meio,deixando de ser um time tão estático.

Com essa escalação, o time apresentou novas alternativas para criação ofensiva contra a Suíça, porém mesmo com a melhora ainda sofreu para criar chances claras e marcar gols, levando a partida para os pênaltis e conquistou a vaga para semifinal.

Já na partida contra a Holanda, mostraram principalmente no primeiro tempo  — um jogo mais criativo e sem jogadores “presos” a sua posição, com Foden e Saka alternando, Bellingham livre para flutuar no meio campo podendo criar jogadas, finalizar e ajudando na marcação, Mainoo tomando conta do meio recuperando a posse e fazendo a bola rodar bastante entre os jogadores, Walker e Trippier apoiando, Rice e Stones consistentes defensivamente e levando a bola até o campo adversário. 

Enfim, a Inglaterra mostrando uma ideia de jogo consistente, tomar conta do adversário através da trocas rápidas de passes e de jogadores, com Kane ajudando na criação de jogadas ao lado de Bellingham e Foden, Saka tornando o lado direito inglês mais perigoso como ala e flutuando em momentos para o meio campo. Uma equipe que propôs o jogo e dominou a Holanda durante boa parte da partida, apesar de no segundo tempo ter sofrido durante uns 20~25 minutos com a Holanda forçando muito o jogo pela lateral, alçando bolas dentro da área e ocupando bem o meio para recuperar a posse.

Na final contra a Espanha, a Inglaterra novamente teve dificul

O que acontece com a Inglaterra?

Um dos poucos pontos positivos que a seleção comandada por Southgate pode se orgulhar, apesar do fraco futebol apresentado durante a competição toda, é a Inglaterra ser finalista novamente e constante em resultados nos últimos anos, voltando a figurar os grandes holofotes.

Porém há inúmeros questionamentos acerca do trabalho do técnico, como uma seleção com uma de suas melhores gerações apresenta um futebol tão apático, onde na maiorias das vezes pouco assustou o gol adversário mesmo tendo principais nomes ofensivos da temporada — Cole Palmer, eleito o melhor jogador jovem da Premier League com 22 gols e 10 assistências. Harry Kane que em sua primeira temporada de Bayern Munich quebrou recorde atrás de recorde com seus gols, sendo o recordista de gols na Bundesliga em uma temporada de estreia. Phil Foden eleito craque da Premier League. Bellingham cogitado para vencer a Bola de Ouro. Rice e Saka em excelente temporada pelo Arsenal apesar do vice na liga inglesa. Além das ótimas peças no banco e jogadores que não foram convocados.

É com essa quantidade e qualidade que Southgate tem à disposição e não consegue fazer o time melhorar, o trabalho parece ter alcançado seu limite e não ter mais para onde melhorar. Mesmo tendo sido muito importante para levantar o ânimo dos ingleses após a frustrante geração dos anos 2000 até 2016, é hora de trocar o comando para um treinador que possa extrair toda qualidade dos excelentes jogadores ingleses e assim encerrem o jejum.

Principais destaques na competição

Jordan Pickford

O goleiro inglês é a maior certeza em toda escalação e

Kobbie Mainoo

Harry Kane

Espanha: Nova geração, novas ideias (-zé)

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima