Jornalismo Júnior

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Como junho de 2013, o mês que não terminou, nos levou até aqui?

Quando 20 centavos serviram como faísca para levar milhões de pessoas às ruas. Os ecos deste evento que balançou a estabilidade da República e trouxe a tona as feridas da nossa frágil democracia

Em meio a um processo eleitoral marcado por ameaças de golpe e sabotagem às urnas por parte da extrema direita bolsonarista, nunca é demais revisitar a História para entender o presente. E para muitos é impossível entender o que o Brasil vive hoje sem analisar o significado das Revoltas de Junho de 2013, que completaram nove anos no último mês de junho. 

Foram manifestações que não só balançaram o cenário político, em um contexto de véspera dos megaeventos esportivos ― Copa das Confederações e Copa do Mundo ―, como tiveram diferentes desdobramentos ao longo dos anos seguintes. Alguns dizem que as Jornadas de Junho foram o prenúncio de uma grave crise política e social que tomou conta do país. Outros dizem que foi a consequência de um sistema que já dava sinais de apodrecimento.

Reivindicada por setores da esquerda e da direita, a construção da memória sobre este evento ainda é muito incerta, o que demonstra muito bem o caráter heterogêneo e difuso das reivindicações de 2013. Tudo isso em um momento em que a situação econômica era melhor comparada com o Brasil de hoje e com outros lugares do mundo na época. O desemprego era baixo, o poder de compra passava por uma expansão ― principalmente entre a “nova classe c” ― e a fome diminuiu. 

Mas, parte da demanda das ruas era por mais: mais direitos, mais participação na política e principalmente, mais serviços públicos de qualidade, como os de saúde e de transporte. As consequências do esgotamento e da precarização desses serviços foram impulsionados pelo crescimento desordenado das cidades nas décadas anteriores.

Mais do que isso, o fenômeno ocorrido em 2013 representou a revolta transbordando de todos os poros do país. Revolta que também estava presente em diversos lugares do mundo e que resultou em movimentos semelhantes aos de Junho, organizados com o apoio das novas redes sociais e por movimentos sociais autônomos. 

Foi o caso da Occupy Wall Street, que mobilizou milhares de pessoas no centro financeiro de Nova Iorque, contra as desigualdades sociais e a influência indevida de grandes empresas. Também dos Indignados da Espanha, que protestaram contra as medidas antipopulares adotadas pelos governos após a crise financeira de 2008 e da mais famosa, a Primavera Árabe, contra os regimes autoritários no Oriente Médio. Todos ocorridos em 2011, dois anos antes das Jornadas brasileiras. 

Faixa exposta durante as manifestações do Occupy Wall Street em Nova Iorque. A frase “foreclose on banks not people” protesta contra as execuções de hipotecas feita pelos bancos, retirando bens da população endividada. [Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons]

No dia 23 de maio de 2013, o então prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o então governador Geraldo Alckmin anunciaram o aumento no preço das passagens de ônibus e metrô de R$3,00 para R$3,20. O preço das passagens não subia desde 2011 e esse aumento, que estava marcado para o começo daquele ano, foi retardado após um pedido do então Ministro da Fazenda Guido Mantega, para tentar conter a inflação. Enquanto isso, o subsídio anunciado para as empresas de ônibus da capital paulista foi de R$1,25 bilhões. Aumentos nas passagens também ocorreram em todas as outras capitais do país. Foi aí que o Movimento Passe Livre (MPL) entrou em cena, marcando uma manifestação contra o aumento para o dia 6 de junho. 

O MPL se define como um movimento social autônomo, horizontal (sem hierarquias que impeçam a participação das bases) e apartidário. O movimento nasceu em 2005, durante o Fórum Social Mundial, quando surgiu a demanda para unificar nacionalmente a luta pela tarifa zero nos transportes. Essa demanda veio na esteira de importantes mobilizações nos anos anteriores contra o aumento da passagem, como a de Salvador em 2003, conhecida como Revolta do Buzu, e a de Florianópolis em 2004, ambas que resultaram em vitórias.

Foram as reivindicações desse movimento que despertaram o interesse do fotojornalista independente Sérgio Silva. Ele acabou pagando caro por isso quando, na manifestação de 13 de junho, foi cegado pela polícia após ela disparar uma bala de borracha contra ele. “Em 2011 eu tive a primeira notícia desse movimento [MPL] e desde essa época todas as mobilizações deles sempre sofreram repressão da Polícia Militar. Não eram manifestações tão bem vistas por parte da população e da classe política. Ainda havia o senso comum de que eles ‘atrapalhavam o trânsito’ ao fazer suas ações”, diz o fotógrafo. 

Ele contou sobre a sua antiga preocupação com a questão do transporte público, um problema principalmente para quem é pobre e tem que se deslocar da periferia para o centro das cidades. Como usuário, ele sabia desses problemas. Já, em 2013, quando eclodiram os três primeiros protestos contra o aumento – os do dia 6, 7 e 11 de junho –, todos terminando duramente reprimidos e com manifestantes presos, ele decidiu fazer a cobertura pessoalmente. 

Porém, o pedido era por mais repressão. “Todos os grandes jornais pediam por uma ação mais dura, inclusive uma matéria de capa da Folha de SP, que eu considero tão violenta quanto a ação da polícia, mostrava um policial armado em cima de um homem e chamava os manifestantes de vândalos.”

No dia 12 de junho, em sua coluna no Jornal Nacional, Arnaldo Jabor disse: “esses revoltosos de classe média são a caricatura violenta da caricatura de um socialismo dos anos 50 e eles não valem nem 20 centavos”. No dia 13 de junho, o Brasil Urgente, apresentado por José Luiz Datena, fez uma enquete para saber se o público apoiava “protestos com baderna” como os que, segundo ele, ocorriam. Mas o resultado final foi favorável, contrariando as expectativas do apresentador. Já os editoriais de Estado de São Paulo e Folha de S. Paulo deste mesmo dia chamavam os manifestantes de baderneiros e pediam “uma ação firme das autoridades” para “dar um basta nisso e retomar a [avenida] Paulista.”

Capa da Folha de São Paulo do dia 13 de junho de 2013. Antes da forte repressão policial que cegou Sérgio Silva. Na imagem da capa um policial, ferido por algum objeto jogado pelos manifestantes, imobiliza um homem com uma arma apontada para os espectadores. [Imagem: Reprodução / Folha de SP]

“A diferença é que em 2013 essa repressão foi deslocada das periferias para o centro da cidade.

E na periferia as balas nunca foram de borracha”

Sergio Silva, fotojornalista

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito Fernando Haddad estiveram em evento em Paris junto com o então vice-presidente Michel Temer e também criticaram os manifestantes. Alckmin disse: “É intolerável vândalos e baderneiros destruindo o patrimônio público e eles devem pagar por isso”. Foi esse clima que, segundo Sérgio Silva, provocou o ocorrido em 13 de junho, considerada a noite mais sangrenta da série de manifestações: “Tanto a alta cúpula da Polícia Militar, como os governantes e a grande imprensa estavam profundamente insatisfeitos com o que vinha acontecendo. Ainda mais que estávamos em um cenário próximo dos grandes eventos esportivos como a Copa das Confederações. Não era um cenário adequado e não era bom para eles que as pessoas ocupassem as ruas.”

No dia 13 de Junho, segundo Sérgio, o protesto corria pacífico quando a polícia montou uma barricada na rua da Consolação para impedir que os manifestantes descessem. A Guarda Civil da Prefeitura de São Paulo fez um bloqueio nas escadarias da Praça Roosevelt, com escudo e cacetete na mão, para impedir a permanência dos manifestantes. 

“Como eles não cumpriram essas ordens a Tropa de Choque chegou e jogou a primeira bomba. Alguns correram, mas as bombas e os tiros de bala de borracha continuaram. Foi aí que eu e outros profissionais de imprensa fomos atingidos. No meu caso, a bala destroçou o meu olho e parei de enxergar na hora.”. Ele conta que não teve nenhum socorro por parte da polícia nem dos serviços médicos e que o único que o ajudou foi um professor que participava da manifestação.

Sergio Silva ficou completamente cego de um olho, o que atrapalhou o seu ofício e o fez abandonar o trabalho de fotojornalista nas ruas. Hoje ele é produtor audiovisual e ainda luta por justiça. Em 2017, uma decisão judicial negou a indenização que seria dada pelo Estado pelos danos causados a ele, com a alegação de que era ele que estava errado por estar naquele momento fazendo a cobertura jornalística, não a polícia.

“Preferiram culpar os profissionais de imprensa por estarem fazendo apenas o seu trabalho. Nós temos uma Polícia Militar repressora, um resquício da Ditadura Militar no nosso país e o que aconteceu comigo não foi nenhuma novidade.” Sérgio complementa: “A diferença é que em 2013 essa repressão foi deslocada das periferias para o centro da cidade. E na periferia as balas nunca foram de borracha.”

Os desdobramentos de 13 de junho

Após a grande violência no dia 13, uma quinta-feira, novas manifestações foram convocadas para segunda, dia 17 de junho. Só que agora, a partir de mobilizações na internet e vídeos divulgando a violência dos dias anteriores, os protestos atraíram milhares de pessoas. Para a professora Tathiana Chicarino, mestra em ciências sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), foi exatamente esse fator das redes sociais que diferenciou os protestos de 2013 dos que ocorriam anteriormente no Brasil e aproximou-os das demais revoltas mundiais do período, como a Occupy Wall Street. 

“Movimentos como o Passe Livre vem em uma esteira de um ativismo diferente do tradicional, não necessariamente ligado à partidos políticos e à institucionalidade. Eram mais autônomos e até com algumas influências anarquistas em alguns grupos”, afirma Tathiana. Para ela, as lideranças políticas não souberam responder muito bem a essas novas formas de se organizar: “Um sociólogo chamado Manuel Castells, que estuda muito os movimentos sociais na era digital, afirmou que em alguns momentos há um acúmulo de descontentamentos vindos de elementos estruturais, o que faz com que uma centelha de indignação já seja suficiente para algo pontual tomar enorme proporção.”

Marcos Nobre, cientista político e autor do recém lançado livro Limites da Democracia: de Junho de 2013 ao Governo Bolsonaro, também acredita que as redes sociais foram justamente o diferencial das manifestações de junho, comparado com o modelo de mobilização tradicional: “É muito interessante analisar o que foram estes protestos a partir dos diversos cartazes que estavam presentes nas ruas. Havia muito mais uma dinâmica da timeline com vários cartazes individuais dos mais variados temas, escritos pelas próprias pessoas.”

Região da Consolação na Avenida Paulista, tomada por manifestantes [Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons]

Eram manifestações que começavam pacíficas, mas que acabavam em fortes confrontos e algumas vezes com a ação de black blocs. No Rio de Janeiro, o fim do protesto do dia 17 ficou conhecido como Batalha da Alerj, quando houve uma tentativa de ocupar as escadarias da Assembleia Legislativa, que foi retalhada pela PM com balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Já no dia 18, em São Paulo, a prefeitura quase foi invadida e em Brasília manifestantes tomaram conta do Congresso Nacional, rompendo os bloqueios impostos pela polícia. 

Ações como essa e outras que ocorreram durante as Jornadas eram, em sua maioria, reivindicadas pelos chamados Black Blocs. Não se trata de um movimento organizado, mas sim de uma tática de ação direta, utilizada por alguns grupos identificados com determinadas vertentes do anarquismo. Essa estratégia surgiu na Alemanha nos anos 80 para defender os squats (ocupações) dos ataques frequentes de grupos neonazistas. 

A partir daí, passou a estar presente em protestos no mundo todo, com destaque para o encontro da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Seattle no ano de 1999. Sempre consistindo na destruição de símbolos do capitalismo e do Estado, como agências bancárias e bases policiais. No Brasil, eles estiveram presentes em 2013 e se mantiveram até 2014 nos protestos contra a realização da Copa do Mundo, quando deixaram de estar tão ativos após a prisão da maioria de seus integrantes

Protestos pelo Passe Livre em Salvador, antes e depois da repressão policial [Imagem: Reprodução / Wikimedia Commons]

Em diversas cidades toda a repercussão e adesão às manifestações surtiu efeito. No caso paulista, o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin se reuniram no dia 19 de Junho para anunciar a revogação do aumento da tarifa. Porém, mesmo assim, os protestos continuaram acontecendo em São Paulo e em todo o Brasil. As pautas, a partir daí, passaram a não focar tanto nas passagens em si, se diversificando ainda mais, de acordo também com as realidades locais de cada cidade e os diferentes grupos envolvidos.

Marcos Nobre diz que não é correto julgar as Jornadas de Junho a partir de episódios específicos ou a partir da visão do que ocorreu em uma só cidade. Para ele é preciso ter uma visão ampla do que esse evento significou: “Eu costumo dizer que as revoltas ocorridas em 2013 não são nem o ponto de partida, nem o ponto de chegada de nada, mas sim o ponto de referência. Algo fundamental para entender as novas dinâmicas políticas. E sem enxergar isso não conseguiremos vencer a extrema direita.”

O cientista político afirma que havia uma expectativa grande de que durante a Nova República pudesse haver uma “democratização da democracia”. Mas para ele o sistema de alianças e coalizões entre governos, congresso e as instituições da República, o que ele chama de “pemedebismo”, formavam uma barreira conservadora para qualquer mudança estrutural. “O ‘partido digital bolsonarista’ soube como usar a seu favor, ao longo dos anos, esse sentimento de revolta com as instituições tradicionais e de falta de representação política. Sempre no espaço das redes sociais.”

Tathiana Chicarino vai na mesma linha de pensamento e ressalta que Junho de 2013 não abriu portas apenas para grupos ultraconservadores, mas também para coletivos e atores políticos que até então eram subalternizados. “Nunca houve uma discussão racial e de gênero tão grande como vamos tendo desde então.”

“Quando nós estamos imersos dentro do processo histórico, nós não conseguimos ter uma visão de qual é o real significado disso”

O ator Vinícius Fragoso foi um dos jovens que estiveram à frente dos acampamentos de protesto na frente do prédio no Leblon onde, na época, morava o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. As demandas das manifestações de Junho na capital carioca envolviam não só a suspensão do aumento da tarifa dos transportes, mas também outras questões sociais que marcavam o período. Entre elas, estavam a cobrança por justiça no caso do pedreiro Amarildo, assassinado por agentes da recém criada Unidade de Polícia Pacificadora (UPP); o questionamento dos gastos abusivos nas obras da Copa do Mundo e Olimpíadas; e das desapropriações indevidas que essas obras envolviam, principalmente em comunidades pobres, como foi o caso da expulsão dos moradores da Vila Autódromo para a construção do parque Olímpico. 

Foi nesse contexto que Vinícius, na época estudante de Design, se engajou na luta das ruas. “Eu estava na manifestação perto da casa do Cabral, encontrei um amigo que também era ator, e nós nos lembramos do Occupy Wall Street. E nós perguntamos: por que a gente não faz algo parecido aqui? Por que a gente não cria o Ocupa Cabral?”, conta Vinícius. 

Eles, junto com os companheiros do protesto, pegaram algumas barracas e ficaram nos dias posteriores. “Tomávamos banho no chuveiro público do Posto 12 e comíamos com a ajuda da solidariedade de alguns restaurantes e moradores da região. Muitas pessoas também vieram se juntar a nós, como grupos que desceram da Rocinha e do Vidigal.”

Faixas durante protestos contra a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil [Imagem: Reprodução/ Wikimedia Commons]

No total, eles ficaram dez dias em frente a casa de Sérgio Cabral. Queriam marcar uma reunião na sede do governo para apresentar suas demandas. Até que uma noite, Vinícius conta que foi para sua casa para buscar algumas coisas e quando voltou a Polícia Militar entrou e desmontou as barracas. “Nós tínhamos recebido muitos documentos importantes, entre eles um dossiê preparado por um jornalista, que, segundo ele, não pôde ser publicado na grande imprensa e que expunha esquemas de lavagem de dinheiro no governo estadual, envolvendo joalherias”, denuncia o estudante. “A primeira coisa que a polícia fez quando invadiu o acampamento foi tomar esses documentos.” 

Vinicius relata que depois disso ele até tentou continuar no movimento, mas por conta das ameaças frequentes que ele e seus familiares, assim como muitos dos seus companheiros, recebiam por telefone, decidiu deixar o Rio de Janeiro e se afastar. “Nós éramos acusados até de ser black blocs, sendo que nós nunca tivemos nada a ver com isso. Eu, como jovem, tinha uma enorme necessidade de lutar por uma mudança e de participar de um movimento.” 

Quando perguntado sobre aquilo que ele acredita ter sido o significado das Jornadas de Junho na história recente, ele diz: “Quando nós estamos no meio do processo histórico, nós não conseguimos ter uma visão de qual o real significado do que estamos fazendo. Hoje, por exemplo, quando eu vejo o documentário de Petra Costa (Democracia em Vertigem), eu tenho uma visão muito mais ampla sobre os desdobramentos daqueles movimentos de 2013.”

Segundo Vinícius, na época, eles lutavam por algo que acreditavam e por melhorias e não acha que essa é uma ação que pode ser condenada. “Tinha toda aquela explosão da internet, da Primavera Árabe e de diferentes revoltas. Mas o que eu percebi é que nós [brasileiros] fomos nos perdendo desde então.”

Junho de 2013 gerou inúmeros frutos e expôs diversas contradições das instituições políticas e da democracia tal como ela é oferecida para a população. E a partir disso o processo de crise foi se aprofundando cada vez mais, ao mesmo tempo em que os brasileiros não saíram mais das ruas. 

De um lado, houve as mobilizações contra a Copa do Mundo de 2014, que envolveu prisões e restrições na liberdade de ocupar as ruas durante aquele período, com um “estado de exceção” e com a promulgação da Lei Antiterrorismo. Também houve a greve dos garis do Rio de Janeiro, ocorrida no mesmo ano; a chamada primavera feminista de 2015, que mostrou a renovação dos movimentos de gênero no pós 2013; e a prolongada ocupação nas escolas paulistanas em 2016.

De outro lado, os movimentos de direita se tornaram organizados, tendo à sua frente, a partir de 2014, organizações como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Endireita Brasil. Já no contexto da Operação Lava Jato, em 2015, as manifestações organizadas por esses grupos se tornaram massivas, derrubando a então presidente Dilma Rousseff.

A partir disso, sempre tendo o verde e amarelo como parte da simbologia, esses novos atores que entraram na cena política passaram a ser chamados de “nova direita”. Eles cresceram, se transformaram e se tornaram cada vez mais extremados até resultar no ambiente que elegeu Jair Bolsonaro em 2018, com as ameaças de golpe militar e questionamentos contra as vacinas e o processo eleitoral que vieram em seguida.  

*Imagem de Capa: [Reprodução/ Youtube / Estadão]

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