Um filme, baseado num jogo, baseado num outro jogo (Sweet Home, do Japão), que tirou o enredo de um outro filme (em japonês, Suiito houmu). Resident Evil, com sua Umbrella Corporation e seus zumbis devoradores, faz sucesso no mundo inteiro e chega agora com o quarto longa da série (infinita?).
Depois de um terceiro filme que decepcionou muitos fãs, Paul Anderson chega em “Resident Evil 4 – Recomeço”, com a clara tentativa de se redimir. Logo no início do filme, o diretor encontra uma forma de desfazer boa parte dos possíveis erros que teria cometido nos filmes anteriores, como a quase-imortalidade da protagonista Alice (Milla Jovovich).
Também é possível perceber que o diretor busca utilizar mais elementos dos jogos, como os irmãos Claire e Chris; um dispositivo (no jogo, uma espécie de animal) que gruda nas pessoas e as envenena; e o zumbi gigante que carrega consigo um machado maior ainda. Além disso, o perigo se multiplica agora que zumbis comuns são mais espertos no ato de “caçar” humanos, e Wesker, o poderoso da Umbrella Corp., aparece finalmente como vilão principal.
Dessa vez, a maior parte do enredo acontece em Los Angeles, que teria sido invadida por quantidade absurda de zumbis em pouco tempo. Lá, Alice encontra outros sobreviventes do massacre, e juntos descobrem um local supostamente seguro, sem qualquer contaminação do vírus T.
Em algumas cenas do filme não é difícil se imaginar assistindo ao mais novo Matrix: a montagem usa e abusa de cenas em câmera lenta e outros efeitos eternizados pela trilogia dos Wachowskis. Ainda assim, os efeitos visuais em 3D são de tirar o fôlego, comparáveis aos utilizados no recente Avatar (James Cameron).
“Resident Evil 4 – Recomeço” (Resident Evil: Afterlife) chega às telonas do Brasil no dia 17. Fique atento no cinema: não é recomendado ir embora antes do final dos créditos, já que foi acrescentada uma cena extra que deixa em aberto a existência de um possível quinto filme.
Por Paula Zogbi