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Copa América 2024 | Brasil em reconstrução e com jovens talentos

A Seleção Canarinho vai aos Estados Unidos e Canadá lutar por seu décimo título de Copa América

Por Matheus Ribeiro (matheus2004sa@usp.br)

A seleção com mais títulos de Copa do Mundo se prepara para disputar mais uma edição do torneio americano de seleções. Confira como vem ao torneio a equipe nacional mais tradicional do planeta.

O momento da Canarinho

Desde a eliminação na última Copa do Mundo para a Croácia, a Seleção Brasileira não vive o melhor de seus momentos. Baqueada pela desclassificação nas quartas de finais em 2022, a Amarelinha vem sofrendo com complicações dentro e fora de campo.

No âmbito esportivo, os compromissos da Seleção nesse meio tempo foram amistosos e as eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Nas duas ocasiões, a equipe apresentou desempenhos decepcionantes: perdeu de times fracos, como Senegal, por 4 a 2. Nas eliminatórias, engatou uma sequência de empates e derrotas que colocam em risco a presença do Brasil no próximo torneio mundial. Além de ter como desfalque seu principal jogador, Neymar, que saiu lesionado na derrota contra o Uruguai por 2 a 0, em 17 de outubro de 2023.

A previsão de retorno de Neymar aos campos é para setembro [Reprodução/X: @Goal_en_espanol]

Os bastidores também foram tão conturbados quanto o que foi apresentado dentro de campo. Desde o fim de 2022, a Seleção contou com duas demissões de técnicos interinos, Ramon Menezes e Fernando Diniz. Além de uma tentativa de golpe pelo poder da gestão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), órgão responsável por administrar o futebol no país, assim como a Seleção.

Mesmo com todo o caos, ainda há esperança em parte da torcida brasileira, que conta com o bom começo de trabalho do novo técnico, Dorival Júnior, responsável por coordenar a Amarelinha nos amistosos pré Copa América, nos quais o Brasil teve boas atuações e resultados contra adversários fortes, como Inglaterra e Espanha (1 a 0 e 3 a 3, respectivamente). Além de que, vários dos jogadores que compõem o elenco da Seleção atuam e são destaques nas principais ligas do globo, com atletas postulantes ao prêmio de melhor do mundo.

Estilo de jogo

O Brasil costuma jogar escalado em um 4-3-3, composto por uma linha defensiva com um lateral ofensivo e outro que recua junto à zaga; um meio campo com dois volantes e um “camisa 10” versátil, que consegue proteger a própria área, participar da criação e finalizar; um ataque geralmente com três jogadores de velocidade, sendo que um deles atua mais pela ponta direita, enquanto os outros flutuam entre as demais posições do último terço do campo.

Escalação usada na partida contra a Costa Rica, na estreia do Brasil na Copa América [Arte: Matheus Ribeiro/sharemytactics.com]

Durante as investidas brasileiras, seis dos quatros jogadores de linha da equipe vão ao campo de ataque. O lateral esquerdo sobe para auxiliar na criação de jogadas e para cobrir a ponta esquerda, onde realiza cruzamentos em direção dos atacantes e finaliza, papel semelhante ao do ponta direita. 

Um dos volantes é responsável por fazer a conexão da defesa com o restante do time, assim como proteger esse setor de eventuais contra-ataques e cobrir o espaço da lateral esquerda. O outro, por sua vez, possui uma postura ofensiva, servindo de opção de passe aos seus companheiros e também como elemento surpresa para chutar ao gol. O ”camisa 10”, mais participativo na criação, percorre todo o último terço do campo para participar da criação ofensiva do time.

O ataque é protagonizado por dois jogadores velozes que flutuam pelo campo adversário, isto é, alternam entre todas as posições no entorno área do oponente, dando espaço para imprevisibilidade.

Com sete jogadores no campo de ataque, a estratégia é manter a bola na posse brasileira o máximo de tempo possível [Arte: Matheus Ribeiro/sharemytactics.com]

Sem a bola, o time usa da agilidade para se recompor, sem ceder espaços para contra-ataques, e alterna entre o 4-3-3 e o 4-4-2, com a dupla de atacantes fazendo a primeira linha de combate. A defesa é organizada com uma marcação em bloco alto, usando da pressão em momentos que são necessários maior presença ofensiva.

[Arte: Matheus Ribeiro/sharemytactics.com]

Além dessas mudanças, o Brasil não costuma ter variações táticas, impondo esse estilo independente da forma na qual seus oponentes jogam, o que pode ser um problema, principalmente contra rivais mais defensivos. Nesses casos, costuma-se recorrer ao talento individual dos jogadores que, por meio de dribles e fintas, buscam espaços no meio da reatividade adversária.

Principais destaques

Vinícius Júnior – Malvadeza em busca de provação

Cria da base do Flamengo, titular incontestável do Real Madrid e com apenas 23 anos, Vinícius Júnior é o principal nome da atual seleção. Com 24 gols e nove assistências, Vini faz sua melhor temporada e é um dos principais nomes para ganhar o prêmio de melhor jogador do mundo. Entretanto, por mais que seja um craque pelo clube, o Malvadeza não conseguiu mostrar o mesmo desempenho com a camisa da Seleção Brasileira. Assim, a Copa América é a oportunidade de demonstrar sua habilidade com a Amarelinha e conquistar seu primeiro título pelo Brasil.

Vini foi eleito o melhor jogador da UEFA Champions League de 2023/24, edição em que foi campeão [Reprodução/X: @vinijr]

Rodrygo – O Rayo

Menino da vila (criado na base do Santos), peça importante dos Merengues espanhóis, camisa dez da atual seleção e com 23 anos, Rodrygo faz dupla com Vini no Real e na Seleção. É o principal jogador da Amarelinha nesta geração, atuando em diversas posições: ponta, meio campista e, sobretudo, no ataque. O atleta é a principal esperança dos torcedores para liderar a equipe nessa competição.

A Copa América 2024 será a segunda competição disputada por Rodrygo na Seleção Brasileira [Reprodução/X: @RodrygoGoes]

Endrick – O futuro

Jogador que chamava a atenção por sua habilidade desde as categorias de base, Endrick, vendido do Palmeiras ao Real Madrid, é o principal nome do Brasil na próxima geração. O jovem centroavante faz ótima temporada, até agora disputada somente pelo clube brasileiro, sendo uma das maiores promessas do futebol mundial. Seu potencial se estende também à Seleção, onde, nos últimos cinco jogos, marcou três gols. Por mais que não seja titular, a Copa América é uma oportunidade para que se firme na equipe e comece sua passagem nos Merengues com o pé direito.

No amistoso contra a Inglaterra, Endrick se tornou o jogador mais jovem a marcar com a camisa da Seleção [Reprodução/X: @CBF_Futebol]

Projeções para a Copa América

Com um time em ritmo de reconstrução, o Brasil ainda é um dos times favoritos para vencer a competição. Presente no grupo D, acompanhada por Colômbia, Costa Rica e Paraguai, a Seleção está praticamente classificada a fase mata-mata.

Após um empate frustrante contra a Costa Rica, por 0 a 0, a Amarelinha se recuperou ao aplicar uma goleada de 4 a 1 no Paraguai na segunda rodada, o suficiente para garantir pontos e saldo de gols que sacramentassem a passagem à próxima fase.

As únicas seleções que possuem mais títulos da Copa América do que o Brasil são a Argentina e o Uruguai, ambas com 15 conquistas  [Reprodução/X: @CBF_Futebol]

Foto de capa: [Reprodução/X: @copaamerica_POR]

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