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Florence: Além de cantora, uma lição de vida

por Lucas Almeida ameidalucas1206@gmail.com A vida de Florence Foster Jenkins foi definitivamente digna de um filme. E a produção Florence: Quem é Essa Mulher? (Florence Foster Jenkins, 2016), relembra a história marcante da socialite de Nova York, cujo sonho era ser cantora e se apresentar para grandes públicos. O grande problema era a sua voz …

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por Lucas Almeida
ameidalucas1206@gmail.com

A vida de Florence Foster Jenkins foi definitivamente digna de um filme. E a produção Florence: Quem é Essa Mulher? (Florence Foster Jenkins, 2016), relembra a história marcante da socialite de Nova York, cujo sonho era ser cantora e se apresentar para grandes públicos. O grande problema era a sua voz terrível, que lhe impedia de realizar tal fantasia. A ajuda do seu marido e ator, St. Clair Bayfield, e uma grande dose de autoconfiança levaram a mulher a um sucesso imprevisível.

Florence ficou conhecida como “a diva do grito” e o filme faz jus ao apelido. A personagem possui um lado excêntrico, expresso até em seu figurino, com coroas e roupas brilhantes, que ajudam nas cenas cômicas. Além disso, não acerta nenhuma nota musical, mas canta apenas canções de compositores renomados, como Mozart e Verdi.

A vasta filmografia de Meryl Streep já provou como a atriz consegue se entregar para cada papel e interpretar seus personagens de forma única. Após ter participado da biografia A Dama de Ferro (The Iron Laid, 2011), como Margaret Thatcher, a atriz dá vida a Florence Jenkis de forma brilhante. Cheia de gestos excêntricos e ao mesmo tempo cômicos, a protagonista consegue conquistar o espectador, com toda a sua sinceridade e personalidade única.

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Algo que impressiona no longa é a sua total liberdade de retratar, nos anos quarenta, assuntos que até hoje são considerados polêmicos. O pianista de Florence, Cosme McMoon (Simon Helberg, de The Big Ben Theorie), é representado como homossexual e não é recheado de clichês e esteriótipos. O filme também aborda temas como relacionamentos abertos, DSTs e até mesmo o conceito de família, sem preconceitos ou discriminações.

Florence possui uma doença e a ópera é um dos principais motivos para continuar a lutar pela sua saúde. Entretanto, sua força não vem da afinação ou de uma grande performance, mas puramente da paixão pelo que faz. A capacidade de entreter as pessoas, seja soldados que acabaram de voltar da guerra ou a elite de Manhattan, move a mulher e a ajuda a seguir em frente, mesmo com os problemas que precisa enfrentar.

O enredo, no entanto, se desenrola de forma previsível e sem grandes inovações. A história não possui nenhum momento de grande tensão ou suspense e segue linear na sucessão de cenas, se sustentado na boa atuação de todos os personagens, mesclando partes humorísticas com outras mais sentimentais.

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Florence: Quem é Essa Mulher? (Florence Foster Jenkis, 2016) não tem pretensão de ser um filme inovador ou extremamente tocante, mas consegue tratar de assuntos sérios de forma leve e esclarecida. Além de com muito bom humor, mostrar o que uma mulher conseguiu atingir quando decidiu seguir seus sonhos e acreditar em sua música. Para quem se interessou, a produção estreia dia 7 de julho no Brasil.

Confira o trailer:

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