A história para esta semifinal
A laranja mecânica passou em terceiro lugar no grupo D que contava com Áustria, França e Polônia, a Holanda fez jogos abaixo do esperado, ao ter dificuldades para converter finalizações em gols contra uma fraca Polônia e perder contra Áustria que acabará sendo a primeira classificada, desbancando a França para o segundo lugar. Nas oitavas de final deram sorte ao pegar um adversário mais fraco, 3×0 contra Romênia em jogo tranquilo para os holandeses. Nas quartas de final enfrentaram uma das surpresas da competição, Turquia que abriu o placar e foi bem no primeiro tempo, porém no segundo tempo a Holanda virou aos 70´ e 76´.
Já a Inglaterra, no grupo C com Dinamarca, Eslovênia e Sérvia, passou em primeiro lugar, porém com um futebol pobre e sofrível que quase custou a vaga nas oitavas de final contra a Eslováquia em um jogo que apesar de ter tido mais controle, só conseguiu empatar aos 95´e virar no início da prorrogação que daí em diante só se defendeu. Nas quartas de final, enfrentou a difícil Suíça e em jogo bem equilibrado, os ingleses avançaram nas penalidades.
Entre as seleções & escalações.
Esta é a sexta vez que a Holanda chega a uma semifinal, porém em apenas uma delas avançou para a final, em 1988 na qual conquistou o título do torneio.
A Inglaterra até então havia chegado apenas a duas semifinais, 1996 na qual não avançou e 2020 que acabou vice-campeã.
O confronto direto entre as equipes é historicamente bem equilibrado, antes da partida, as equipes possuíam 22 confrontos com sete vitórias holandesas, seis vitórias inglesas e nove empates.
Para a partida decisiva, a Inglaterra repetiu a formação do jogo contra a Suíça, escalada em um 3421, com a entrada de Guéhi no lugar de Konsa. Apesar da mesma escalação, durante o jogo a equipe mostraria ter mudado pequenos pontos em relação ao jogo anterior, Saka com mais liberdade e alternando com Foden e Mainoo, Rice um pouco mais recuado e com isso Bellingham e Mainoo tiveram liberdade de flutuar e levar a bola até a intermediária ofensiva.
Escalação da Inglaterra para buscar apenas sua segunda final de Eurocopa na história e sair do jejum de título que vive desde 1966..
[Reprodução: X/@EURO2024]
A Holanda veio com seu recorrente 4231 com Xavi Simons à frente dos outros dois meias defensivos, para partida única alteração foi a entrada de Malen no lugar de Bergwijn na meia direita. A seleção holandesa mostrou ao longo da partida que quando necessário a formação acabava por alternando, geralmente, defensivamente entre um 433 (como da imagem) ou um 442 com Depay ou Malen ajudando Xavi Simons pelo setor central.
Escalação da Holanda para buscar a volta à final de uma competição de proporções continentais e mundiais.
[Reprodução: X/@EURO2024]
A partida
Primeiro tempo
O jogo começou equilibrado com ambos os lados propondo jogo, porém logo aos 7´, Xavi Simons rouba a bola de Rice na intermediária inglesa e marcou um golaço, Holanda na frente.
Xavi Simons finalizando para marcar seu primeiro gol na Eurocopa.
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Após o gol, a Inglaterra passa a dominar o jogo, volta a incomodar e domina o jogo com tentativas de longe e lances individuais, aos 17´ a pressão inglesa tem resultado, Dumfries comete pênalti em Harry Kane que converte em gol.
Desde o gol, a Inglaterra mostrou seu melhor tempo na competição, a formação com alas faz com que a Inglaterra tenha sempre espaços e jogadores livres nas laterais, pressionando a Holanda em sua defesa, através da posse de bola, passes rápidos, deixando de ser um time estático como apresentado nos outros jogos da competição e jogadores alternando bastante entre os espaços criados na defesa holandesa.
Aos 22´Dumfries se redime do pênalti e salva a Holanda parando bola em cima da linha após chute de Phil Foden.
A equipe holandesa demonstra muitas dificuldades em trocar passe quando está com a bola e força muitas bolas longas criando aos 28´ uma das melhores chances da Holanda após gol, Depay acha Malen entre ingleses mas a finalização é travada por Walker e Guéhi.
Aos 29´Dumfries cabeceia na trave após escanteio assustando a Holanda e em seguida aos 31´Foden devolve o susto acertando a trave de Verbruggen.
Substituição na Holanda aos 34´, Depay sai machucado para entrada de Veerman e muda a estrutura da equipe com a entrada de um meio campista a mais segurando o resultado até o fim do primeiro tempo.
Harry Kane comemorando seu gol, que empatou a partida.
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Segundo Tempo
Ronald Koeman promove mais uma substituição antes do início do segundo tempo, Weghorst entra e a Holanda sai de um 4231 e passa para uma espécie de 433 por conta de Veerman com Reijnders e Schouten pelo meio, Xavi Simons passar quase que para a ponta direita, Gakpo pela ponta esquerda e Weghorst de centroavante. Inglaterra tem a entrada de Luke Shaw no lugar de trippier mas nada muda no esquema de 3421
Jogo volta mais burocrático e sem grandes chances para ambas equipes até os 64´onde Van Dijk finaliza em cruzamento e Pickford faz boa defesa.
Pickford salva a Inglaterra após Van Dijk tomar a frente de Walker e finalizar.
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Inglaterra busca a fechar mais as laterais para evitar cruzamentos em sua área que buscavam Weghorst, essa preocupação faz com que os ingleses não se arrisquem tanto para roubar bolas quanto no primeiro tempo, com isso a Holanda passou a comandar mais as ações ofensivas durante o meio do segundo tempo, tendo mais posse e subindo as linhas, apenas Van Dijk mais recuado e praticamente sem participação na criação de jogo.
Xavi Simons tem boa chance aos 77´ após cruzamento e bola desviada de cabeça sobrar em seu pé, a joia holandesa chuta mascado e fica fácil para Pickford fazer a defesa. Em seguida Inglaterra marca com infiltração de Saka na defesa holandesa em cruzamento de Walker, que estava em posição irregular. Gol anulado
Aos 80´Southgate tira Kane e Foden para a entrada de Watkins e Cole Palmer. Dez minutos depois a estrela do treinador brilharia quando aos 90´ em jogada de Cole Palmer, Watkins recebe de costas, gira pra cima de De Vrij e chuta forte sem chances para Verbruggen. Virada Inglesa para garantir a vaga na final graças a um “herói improvável” narrou Luiz Felipe Freitas na transmissão da Cazé TV
Southgate comemora classificação para sua segunda final de Eurocopa.
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Destaques da Semifinal
Denzel Dumfries
O lateral direito holandes foi destaque na partida tanto por bons momentos quanto pelos ruins. Ao cometer o pênalti que trouxe o empate ainda minutos depois do gol da Holanda, ao salvar a equipe de tomar a virada e ainda quase marcar em escanteios, sendo uma finalização na trave.
Dumfries salva a Holanda de tomar o segundo gol ainda no primeiro tempo em lance de Phil Foden.
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Kobbie Mainoo
O jovem inglês conquistou a posição durante a Eurocopa e parece estar na equipe há diversos jogos, desde se comunicando bem com os companheiros até tomando conta do meio inglês, criando chances, desarmando e fazendo a ligação até os meias ofensivos.
Kobbie Mainoo, uma das grandes surpresas desta Eurocopa, titular desde as oitavas na seleção inglesa.
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Phil Foden
Muito criticado e com razão desde o começo da competição, Foden era cobrado por bons desempenhos igual tem com o Man. City mas até então estava aquém do esperado. Neste jogo criou chances, quase marcou, acertou a trave e teve boas trocas com Saka no meio e na lateral ofensiva.
Foden finaliza de perna esquerda, chute que acertou a trave aos 31 minutos.
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Ollie Watkins
O atacante responsável pelo gol da classificação saiu com o troféu de melhor em campo, apesar dos poucos minutos, marcou um gol difícil na única chance que teve. Decisivo.
Ollie Watkins com o troféu de melhor jogador da partida.
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