por Juliana Lima
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O que surf, astronautas e família tem em comum? Todos estão envolvido na trama da mais nova animação da Paramount Pictures, No Mundo da Lua (Atrapa La Bandera, 2015) do diretor Enrique Gato. O filme conta a história de Mike, um surfista de 12 anos que embarca em uma aventura para unir sua família e ajudar os Estados Unidos.
Em 1969, plena corrida espacial da Guerra Fria, o astronauta Frank Goldwing (avô de Mike) foi escalado para ir à lua, mas algo o impede e muda completamente o homem. O drama do episódio atravessa gerações e acaba afetando toda a família.
Mike aprendeu de sua mãe o valor da família, não se pode desistir dela. Por isso, o garoto quer mudar a abalada relação de seu pai e avô. A grande oportunidade surge quando a NASA precisa urgentemente ir à Lua a fim de comprovar que o homem, de fato, visitou o satélite terrestre e salvar a reputação dos EUA.
O pai de Mike tem a chance de realizar o maior sonho de qualquer astronauta, ao ser convidado para tal missão e Frank, como veterano, é chamado para auxiliar. O garoto consegue fazer com que o avô, antes relutante, aceite a proposta, mas a relação da família ainda está longe de melhorar.
Perante uma série de extremidades, Mike se infiltra na viagem à Lua livrar a família de uma maldição que o garoto acredita estar sobre ela. Porém, ele acaba interferindo nos planos de Richard Carson, rico empresário que quer conquistar a lua e explorar suas riquezas energéticas e quem colocou a reputação da América em risco.
De nacionalidade espanhola, o filme reproduz alguns estereótipos, como o cidadão norte americano do interior e do litoral, sendo o primeiro colocado como o ganancioso vilão e o segundo como o mocinho. Também, o nacionalismo norte americano é colocado em pauta, e expressa muito bem a realidade desse sentimento, o que pode não produzir muito efeito no Brasil ou na Espanha, mas tocar o emocional de estadunidenses.
A ordem cronológica não é muito respeitada. A tecnologia futurística da animação parece ser muito avançada para a época retratada e a idade dos personagens não condiz com a lógica. Entretanto, esses detalhes passam quase despercebidos diante de várias cenas de tirar o fôlego.
O longa mescla muito bem momentos leves e divertidos com momentos carregados de fortes emoções, e tem potencial para cativar todo o público ao mostrar o combate entre unidade e individualidade em um maniqueísmo típico, porém muito apreciado em filmes do gênero.
Confira o trailer!