Jornalismo Júnior

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Rio de Janeiro se torna uma das “Cidades do Amor”

por Breno Leoni Ebeling brenolebel@gmail.com Em 2006, quando foi lançado Paris, Eu Te Amo (Paris, Je T’aime), não havia a pretensão de que se tornasse uma série de filmes com relação a outras cidades. Porém, dado o grau de seu sucesso, a série se desenvolveu e o Rio de Janeiro foi incluído nas assim chamadas …

Rio de Janeiro se torna uma das “Cidades do Amor” Leia mais »

por Breno Leoni Ebeling
brenolebel@gmail.com

rio-eu-te-amo

Em 2006, quando foi lançado Paris, Eu Te Amo (Paris, Je T’aime), não havia a pretensão de que se tornasse uma série de filmes com relação a outras cidades. Porém, dado o grau de seu sucesso, a série se desenvolveu e o Rio de Janeiro foi incluído nas assim chamadas “Cidades do Amor”. Este filme é o terceiro da série “Eu Te Amo”. Os dois primeiros  tiveram como suas cidades-palco Paris e Nova York, e há previsão de lançamento de pelo menos mais dois, com Shangai e Jerusalém.

Inicialmente o objetivo era retratar o caráter romântico da cidade de Paris com pequenos curtas. Cada qual em estilo semi independente, ou seja, histórias de amor conectadas entre si, mas independentes no enredo e desenvolvimento interno.  Cada curta é de responsabilidade de um diretor conhecido convidado. O Rio será palco das olimpíadas em 2 anos. Então este trabalho é uma das ações do evento. Mas esse fenômeno de promoção é de mão-dupla, o filme promove o evento e vice-versa.

Veja aqui o trailer:

Há a escalação de diretores renomados. Atores são das mais variadas nacionalidades, e os curtas são tocantes. O primeiro conta com Fernanda Montenegro que está excepcional na pele de uma mendiga conhecida como Fulana. Sua relação com a cidade é de tocar o coração. Ela afirma que é mendiga por escolha, já que aparentemente tem um lugar para morar. No pequeno trecho em que aparece ela é encontrada pelo seu neto. Há duas cenas comoventes, que demonstram a genialidade dela como atriz: quando reconhece o neto e quando os dois tomam banho de cachoeira.

rio-eu-te-amo-fernanda-montenegro

Outro momento digno de nota é a conversa do personagem de Wagner Moura com o Cristo. Esta cena foi dirigida por José Padilha e sua tendência a críticas políticas ficam evidentes: o personagem de Moura joga na cara do Cristo a sua ausência nas ruas da cidade. É interessante notar que muito embora haja esse momento de raiva e ódio com relação ao descaso divino, é mostrado quase que em sequencia um ‘milagre’ de Jesus. Milagre entre aspas porque quem performa a entrega de uma bola de futebol a um menino-de-rua são dois estrangeiros.

“Para saber tudo e mais um pouco sobre Rio Eu Te Amo e os outros filmes da série “Cidades do Amor”, acesse:
http://cinefilos.jornalismojunior.com.br/amor-em-todos-os-idiomas/

O filme como um todo está bem balanceado e integrado. Ele cria um processo de ambientação na atmosfera carioca sem grandes solavancos. Até o sobrenatural é abordado com um toque carnavalesco. Vampiros aparecem dentro de uma estilística que remonta ao  sobrenatural de Erico Verissimo misturado com a sensualidade das obras de Jorge Amado. São muitas histórias marcantes.

Há uma sobre posição inter-histórias que deixa o filme fluido e quase como peças de quebra cabeça a inter relação entre os diversos personagens vão sendo pouco a pouco montadas. Em linhas gerais as histórias de personagens brasileiros aparentam uma integração mais natural e verossímil. A possibilidade de agradar a diversos gostos é forte, mas o mais notável deste longa é que não há pecados por excesso. Como são diversos diretores, as características de uns são diluídas e contrapostas a características de outros. Rio Eu Te Amo atende e supera expectativas.

O engraçado sobre o amor é que gostamos de falar sobre todos os seus aspectos. Sabores, dissabores. Mas nada se compara com a sua vivência. Recomendo que o espectador saboreie por si o Rio como Cidade do Amor. Com certeza haverão momentos memoráveis de sorrisos, angústias, desamparo e até desespero. O filme traz consigo muitos dos gostos que o amor pode trazer na vida real. Mas o toque do jeito brasileiro é o que dá o sabor de encantamento e confirma: o amor brasileiro é especial.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima