[Esposa de Mentirinha]
Estudos comprovam que rir faz bem à saúde. Claro, isso todo mundo já sabe. O que você quer mesmo saber é se “Esposa de Mentirinha” (Just Go With It) será eficaz para ter alguns minutos de bem-estar. E os críticos chatos – que não sabem rir – que me perdoem, mas o filme cumpre muito bem o seu papel. Experiência pessoal: saí da sala de projeção me sentindo a melhor pessoa do mundo.
Sem querer causar polêmica, mas esperem pelo dia 4 de março para comprovarem por si mesmos. O filme estreia nos cinemas do Brasil já com uma ótima aceitação no exterior. Nos EUA, em seu primeiro fim de semana, ficou à frente do documentário sobre a vida do jovem astro Justin Bieber, liderando as bilheterias.
O filme é estrelado por Jennifer Aniston, no papel de Katherine. Ela é assistente e amiga do bem-sucedido cirurgião plástico, Danny Maccabee, interpretado por Adam Sandler. O médico, com um passado de desilusões amorosas, descobre uma ótima saída para conquistar as mulheres. Passando-se por casado, ele mostra a sua aliança fajuta para as pretendentes, além de contar histórias tristes – e malucas – sobre seu casamento falso. Isso dá certo até o momento em que ele se envolve com a mulher “perfeita”. Jovem, bonita, professora de matemática de séries iniciais, Palmer (Brooklyn Decker) acaba fazendo com que ele tenha que incrementar a sua mentira. Katherine surge como sua “esposa de mentirinha” e a partir daí a história começa a ganhar proporções inimagináveis.
O interessante desse filme é que ele não é centralizado em Adam Sandler, como em Click. As situações engraçadas envolvendo os outros atores são muito bem distribuídas, o que faz com que o enredo seja mais rico e atraente. Resumindo: é impossível ficar sem dar risadas por mais de 2 minutos. Tente imaginar Nicole Kidman fazendo comédia (não vale se lembrar de A Feiticeira). A atriz, famosa por sua atuação em papéis dramáticos, surpreende o público como a fútil socialite Devlin Adams, amiga de Katherine nos tempos de escola, que a reencontra em uma divertida viagem ao Havaí. Só isso já valeria a visita ao cinema.
Com grandes atuações, esse filme consegue fugir de alguns clichês, apesar de ter um final um tanto óbvio para quem acompanha a história. Mas o que podemos dizer da obviedade do amor?
Por Carolina Vellei