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Sala 33 entrevista uma das organizadoras da ReVirada Feminista

Nesta quinta feira, dia 26 de novembro, a ECA receberá o evento ReVirada Feminista. Serão 24 horas de compartilhamento e integração de manifestações artísticas diversas, com exposições, palestras e oficinas. A programação da ReVirada está disponível no evento do Facebook, que já alcançou mais de 6 mil convidados. O Sala 33 entrevistou uma das organizadoras …

Sala 33 entrevista uma das organizadoras da ReVirada Feminista Leia mais »

Nesta quinta feira, dia 26 de novembro, a ECA receberá o evento ReVirada Feminista. Serão 24 horas de compartilhamento e integração de manifestações artísticas diversas, com exposições, palestras e oficinas. A programação da ReVirada está disponível no evento do Facebook, que já alcançou mais de 6 mil convidados.

O Sala 33 entrevistou uma das organizadoras da ReVirada, Pamela Camarano, que nos contou mais sobre a organização e os objetivos desse evento que promete ser muito bom!

Como surgiu a ideia de fazer a ReVirada Feminista?

A ideia da criação de um festival feminista surgiu a partir das plenárias realizadas com a participação das mulheres da USP. Essas plenárias se tornaram de grande importância, pois sucederam o estupro de uma aluna da FEA na Praça do Relógio que ocorreu no mês de julho, e que infelizmente, não foi o primeiro caso envolvendo a USP ou suas alunas. Sentimos uma imensa necessidade de discutir a segurança das mulheres da USP, reivindicar mais segurança e lutar por isso. Da primeira plenária, a principal deliberação foi a de fazer um ato na USP, cujo qual reuniu por volta de 300 mulheres, e fechamos a Av. Alvarenga por 15 minutos, sozinhas. Após o ato, realizamos a segunda plenária, organizamos um segundo ato e também fechamos algumas comissões, entre elas, a do festival. Nos reunimos em setembro e decidimos realizar o evento em novembro, num formato parecido com o de uma virada cultural.

Qual é a proposta maior do evento?

Há dois principais nortes para a realização deste evento, que caminham de mãos dadas: A ocupação do espaço da universidade, que está sendo cada vez mais esvaziado, tornando-se mais inseguro para xs alunxs, principalmente, para as mulheres. Acreditamos e temos comprovado por meio de nossa vivência que uma universidade mais ocupada, é mais segura e mais democrática. Por outro lado, ocupar a universidade com expressões artísticas de mulheres é gritar pelo reconhecimento e protagonismo destas, que quase sempre recebem papéis secundários no mundo das artes e da comunicação.

Como foi o processo de organização?

Como eu disse, nossa primeira reunião foi em setembro, nos arriscamos em organizar todo o evento em um pouco mais de dois meses. Cogitamos postergar o evento para 2016 mas decidimos que não poderíamos perder o timing de todo esse “fervo” que está tendo agora na USP, contra a repressão, principalmente. Além disso, a cada dia a situação na universidade se torna mais incerta, em diversos sentidos, então preferimos correr com isso e se possível, depois realizar segundas, terceiras ou “n” edições. Abrimos inscrições na página do Coletivo da ECA e compartilhamos em diversos grupos de mulheres no Facebook. Recebemos quase 50 inscrições, foi muito satisfatório. Selecionamos os processos que tínhamos mais viabilidade de realizar (tempo, espaço, equipamento, pertinência ao tema do evento, etc) e fomos alinhando com as participantes. Entre as organizadoras somos aproximadamente 15 meninas, cuidando de processos como busca de apoio de entidades, divulgação, comunicação com inscritas e convidadas especiais, organizadoras da festa, entre muitos outros pequenos detalhes.

Como a programação do evento foi pensada?

A programação foi pensada de um jeito a criar “blocos” de atrações, ou seja, temos um bloco de filmes, um bloco de teatro, um de oficinas, os debates e a programação noturna. Como já dito, aceitamos as inscrições que era viáveis baseadas em “n” motivos. Decidimos abrir colocar o debate primeiro, para também ter um processo simbolico de abertura, e também finalizar a programação da tarde com ele.Dividimos os espaço que tínhamos, tentamos não colocar muitas atrações concomitantes… enfim, foram vários pequenos processos.

É a primeira edição da ReVirada? Vocês planejam dar continuidade ao evento?

Sim, é a primeira edição e queremos sim fazer outra edição em 2016. Mas precisamos de mais meninas no processo. Foi bem desgastante organizar tudo em tão poucas meninas e em 2 meses. Algumas vezes achamos que não daria certo, mas vai dar! É o nosso desejo que o processo continue e que na próxima edição possamos ajustar tudo que saiu meio desajeitado dessa vez.

Qual o público que vocês esperam atrair para o evento?

Um público bem variado. Com exceção de uma oficina, todas as atividades são abertas para homens e mulheres. Nosso foco são pessoas jovens e adultas, de dentro ou de fora da universidade. Só não queremos de forma alguma, machistas, racistas, homofóbicos, transfóbicos ou pessoas com qualquer outro tipo de preconceito que possa ferir ou ofender algum participante do evento. Estes não serão bem vindos e haverá seguranças na festa para expulsar essas pessoas caso causem algum dano ou incomodo a alguém. Mas espero que tenha ficado claro no nosso evento e divulgação que esse espaço não é bem vindo pra eles.

Por Natália Belizário

nabelizarios@gmail.com

 

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