Já não é novidade que a tecnologia chegou para ocupar espaço amplo em nosso cotidiano. Desde a forma pela qual nos relacionamos com as pessoas até a maneira que temos acesso aos acontecimentos do mundo, não são poucos os jeitos que a tecnologia se insere na nossa realidade. E o esporte não escapa disso. A Jornalismo Júnior em parceria com a Betway mostra para você alguns casos da atualidade.
O futebol, por exemplo, é um dos meios cujo uso da tecnologia atraiu mais debate nos últimos tempos. O recurso do árbitro de vídeo (VAR, da sigla em inglês) é um dos grandes exemplos da atualidade. Testado oficialmente pela primeira vez em 2016, a tecnologia que auxilia os árbitros da partida com a ferramenta de vídeo se espalhou rapidamente pelo globo. Hoje, as principais ligas contam com o uso do assistente de vídeo do árbitro, chegando até holofotes de Copas do Mundo – como aconteceu em 2018.
A tecnologia pode ser usada pela comissão de arbitragem em quatro situações no decorrer do jogo: verificação de infrações que podem ter ocorrido na jogada do gol; decisões de pênalti; uso direto do cartão vermelho e dúvida em relação à identidade de um jogador punido. Os defensores da ferramenta em vídeo lembram que ela amplia as chances de uma arbitragem mais imparcial, tendo em vista que a consulta “amplia” a visão do juiz com os variados ângulos de câmeras sobre uma mesma jogada.
Junto à ferramenta do árbitro de vídeo, outro recurso se mostrou de grande importância dentro das quatro linhas do futebol: o GLT. Do inglês a Goal-Line Technology (“tecnologia de linha de gol, em tradução livre), a técnica foi criada com intuito de checar gols em que a posição da bola encontra-se em posição duvidosa. Sua estreia se deu no Mundial de Clubes da Fifa em 2012, já sua intervenção oficial aconteceu no Campeonato Inglês, em 2013.
A tecnologia detecta quando a bola cruza a linha do gol e é monitorada por sete câmeras e chips instalados nas traves do gol. Assim, caso a bola tenha entrado, em sua totalidade, no gol, um relógio do árbitro vibra, validando a marcação. Atualmente, a ferramenta se mostra de grande importância para a definição de resultados de futebol no mundo todo. Para se ter uma ideia, na Inglaterra, as instalações do GLT já ocupam 45 estádios.
As ferramentas tecnológicas no esporte também aparecem para auxiliar os próprios atletas. No atletismo, por exemplo, o uso de vestimentas aprimoradas para o conforto do esportista é cada vez mais comum. As roupas e calçados especiais visam, entre vários fatores de ordem científica, garantir leveza e praticidade para o corredor, a fim de que sua performance seja melhorada.
Popularizada em 2008 – principalmente durante as Olimpíadas de Pequim – a utilização de acessórios especialmente customizados também buscava promover a absorção prática do suor durante os exercícios do atleta com tecidos de poliuterano. As condições fisiológicas daquele que pratica o esporte são assim mantidas quando a frequência cardíaca e o consumo de oxigênio são controlados. Estudos da marca Nike, para as Olimpíadas de Londres de 2012, mostraram que o tempo da prova de 100m do atleta pode durar 0,023 segundos a menos com o uso de vestimentas tecnológicas – tempo que pode ser decisivo para definir um vencedor.
Quando consideramos um esporte como o tênis, a tecnologia pode ser capaz de decidir partidas, campeonatos, mas em uma era como a nossa, até determinar quem é o melhor jogador da história. De acordo com matéria publicada pelo site de apostas online Betway Esportes, a rivalidade entre os tenistas Nadal, Federer e Djokovic é tão equilibrada, que tecnologias como o Hawk-Eye ou o FoxTenn podem ser um fator decisivo na hora de indicar quem será lembrado como o melhor. Durante suas carreiras, os três atletas foram afetados de alguma forma por revisões tecnológicas, tanto que o próprio Federer comentou que seria contra o uso do Hawk-Eye em 2006.
O sistema “olho de falcão” é utilizado em diversos esportes, tais como futebol, rúgbi, críquete e tênis. No tênis, ele não pode ser implementado em locais que utilizam o saibro, um dos tipos mais comuns de superfície desta modalidade. Esses tipos de quadras têm superfícies que sofrem variações com o decorrer das partidas, pois podem conter menos ou mais poeira. Devido a esse detalhe, a tecnologia citada anteriormente precisaria ser calibrada e recalibrada ao término de cada partida, tornando impraticável seu uso em um campeonato, por exemplo.
O FoxTenn chega para suprir essa necessidade, já que utiliza 40 câmeras de alta qualidade para conseguir analisar cada quique da bola. As lentes do equipamento conseguem registrar algo em torno de 2500 quadros por segundo, com dez lasers de alta velocidade. Com isso, esqueça a projeção computadorizada feita pelo concorrente Hawk-Eye; aqui, os árbitros conseguirão visualizar a imagem real do que está acontecendo, conferindo maior credibilidade ao saibro e ao tênis.
E quando uma modalidade depende de um equipamento externo? No ciclismo, a tecnologia ajuda tanto o atleta quanto seu principal instrumento: a bicicleta. Hoje em dia existem pneus que não furam e que não precisam de câmara de ar. O que muda aqui é o tamanho dos polímeros de silicone, que variam de 370 a 630 gramas. De acordo com a Canyon Crawler, empresa situada em Utah, as bicicletas equipadas com esses pneus podem rodar até oito mil quilômetros, e o melhor, sem precisar de manutenção.
A segurança do atleta também é um dado a ser considerado, principalmente em itens que ciclistas devem usar para se manterem protegidos. Que tal um capacete inteligente capaz de sinalizar direções de forma semelhante aos faróis de um carro? A Lumos Helmet é um capacete com 60 LEDs conectados a um controle que está localizado no guidão da bicicleta. Com luzes vermelhas e amarelas, ele é capaz de indicar sua presença, o momento que você freia e também para qual lado você está se movimentando.
Seja para aumentar a confiabilidade nas decisões de uma partida, para elevar a segurança de um atleta, ou para melhorar o aproveitamento em alguma modalidade, a tecnologia chegou e não tem hora para ir embora. O que os especialistas devem pensar agora é em como usufruir ao máximo os benefícios desses equipamentos, explorando o melhor de cada um, mas sem perder o charme característico e único de cada esporte.