Não há como negar que a dinâmica de interação proposta pelas redes sociais apresenta particularidades e novidades que, para muitos, exigem um tempo de assimilação. Curtir, compartilhar e publicar coisas na página de um amigo, por exemplo, são ações com propósitos claramente definidos. Obviamente, há aqueles que transgridem as normas e misturam ou subvertem os sentidos, sendo, muitas vezes, malvistos pelos outros participantes. Quem não se cansa daquelas pessoas que escrevem textos minúsculos e os postam 500 vezes ao dia, fazendo do Facebook um Twitter? Ou de quem, pelo contrário, publica textos enormes e muito pessoais, muitas vezes constrangendo toda a timeline?
Como vemos, apesar dos esforços de muitos sites para acumular funções e se tornar cada vez mais completos para seus usuários, as especificidades ainda são necessárias. Para os amantes de fotos ou para aqueles que preferem ver o mundo por imagens, existem inúmeras redes sociais que servem exclusivamente a esse propósito. Um aspecto interessante dessas redes é que elas acabam criando uma “identidade visual” para o usuário. Ver o perfil de alguém se torna algo como conhecê-lo além das palavras.
Diferente do Instagram, em que a maioria das fotos é tirada pelo próprio usuário, a ordem aqui é compartilhar imagens cuja autoria quase sempre é desconhecida. As redes também estão, é claro, interligadas a outras com diferentes finalidades, como o Google +, Facebook, Twitter e Tumblr. Confira alguns exemplos:
We heart it
Imagine sua timeline repleta de fotos de cupcakes e gatinhos fofos. Inspirador, não? Para “curtir” essas imagens e adicioná-las automaticamente à sua página, basta clicar num coração bem grande que aparece quando o cursor passa por cima delas. Essa é a lógica do We Heart It, site brasileiro (todo feito em inglês) que organiza os assuntos por tags, facilitando a busca específica dos usuários. A maioria dos integrantes é composta por adolescentes e as imagens mais compartilhadas são de itens de moda, comida e paisagens multicoloridas.
Formado pela junção das palavras pin (alfinetar, prender) e interest (interesse), o nome do site já nos dá uma noção de seu objetivo. O Pinterest foi criado em 2010 e se tornou muito famoso por permitir a criação de coleções (as pinboards) e possibilitar o compartilhamento de imagens dos mais diversos tipos, alocando pequenos comentários logo abaixo delas. No meio corporativo, por exemplo, é muito recomendado que empresas iniciantes em redes sociais possuam um perfil no Pinterest e o atualize com frequência.
Imgfave
“Seja você mesmo, expresse-se e sinta-se inspirado” é o slogan do Imgfav, site que apresenta imagens em tamanhos grandes e dispostas verticalmente, à semelhança do Tumblr (também existe a opção de visualizar em grade). Nele, é permitido o uso de gifs, fazendo com que cenas de filmes e momentos engraçados integrem a maioria dos compartilhamentos. É outro site que tem de tudo.
Pinsex
Com a proibição do compartilhamento de imagens com conteúdo pornográfico nas principais redes sociais, era de se esperar que surgisse uma só pra isso. Criado em 2013 por Christian Thorn, o “Pinterest do Sexo” conta com mais de 200 mil visitantes únicos por dia e é considerado o futuro do “porn social”. As imagens e os gifs são variados e agradam aos mais diversos gostos, tanto que o sucesso de público é não só masculino como feminino. Há, ainda, a função de curtir o perfil de estrelas pornô que também estão no site. [Aviso: o conteúdo é explícito e indicado para maiores de 18 anos].
Por Ariane Alves
arianecamilo.alves@gmail.com