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WIBE: A tendência dos boygroups agora em solos brasileiros

O grupo WIBE, primeiro grupo masculino de Bpop do Brasil, lançou na tarde do dia 28 de setembro, seu segundo single “Fissurado”, junto com o clipe da música, na presença de vários fãs no hotel Ninety em São Paulo. O grupo é formado por Danny (vocal e líder do grupo), John (dancer), Rafael (vocal), Teddy …

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O grupo WIBE, primeiro grupo masculino de Bpop do Brasil, lançou na tarde do dia 28 de setembro, seu segundo single “Fissurado”, junto com o clipe da música, na presença de vários fãs no hotel Ninety em São Paulo.

O grupo é formado por Danny (vocal e líder do grupo), John (dancer), Rafael (vocal), Teddy (vocal), Iago (rapper e dancer) e André (rapper), e a primeira música deles, lançada em maio deste ano, “Alma Gêmea”, já possui mais de um milhão de visualizações no YouTube.

A força do grupo logo foi percebida pela quantidade de fãs que esperavam o início do evento na entrada do hotel. Contudo, ele começou com um atraso de quase uma hora por questões técnicas com a passagem de som e com a organização das etapas do evento. Isso, porém, não tirou a alegria dos fãs que formaram uma fila animada e barulhenta para a sessão de fotos com o grupo. Os meninos se mostraram bastante solícitos, o que rendeu fotos divertidas com o público, além de os abraçarem e receberem suas cartinhas.

Após a sessão de fotos, o grupo recebeu os jornalistas para entrevistas, enquanto o público curtia uma sequência de músicas dos grupos de Kpop, que são uma das referências para o trabalho do Wibe. A vibração dos fãs podia ser sentida pelos gritos agudos que eles davam a cada música que o dj colocava, singles de grupos como BTS, Exo, Monsta X e Got7.

Então, mais ou menos às 18 horas, os meninos voltaram ao palco para assistir ao clipe de “Fissurado” junto com os fãs. Segundo eles, metade do grupo também não havia assistido ao resultado final do vídeo, o que deu um clima de mistério ainda maior para o momento. O novo single do grupo seguiu a linha de “Alma Gêmea”, mostrando as referências globais de música que os meninos possuem, embalado pela dança claramente ligada aos modelos pop coreanos. Os fãs aprovaram a música e aprenderam rapidamente a letra, cantando junto com os meninos na hora do show. Além de performarem “Fissurado” ao vivo, o Wibe também cantou seu primeiro single, levando os fãs ao furor.

Para finalizar o evento, os meninos do Wibe abriram ao público a possibilidade de fazer perguntas a eles. Em tom de descontração, as adolescentes, que compunham a maioria dos fãs, fizeram questionamentos  ligados a beleza dos integrantes e também propuseram desafios aos meninos como um improviso de rap para Iago e André. Além disso, eles se desafiaram entre si, sendo que metade do grupo teve que replicar as coreografias de hits do Kpop enquanto a outra metade teve que cantar músicas pop norte-americanas.

O Wibe concedeu uma entrevista ao Sala 33 em que fala um pouco do estilo Bpop, revela suas referências musicais e explica as curiosidades do grupo.

Sala 33: O que é Bpop? Por que a escolha desse estilo?

Iago: O Bpop foi início de algo que não tem muito tempo, essa forma de falar, esse estilo. O que é o Bpop: é  poder aproveitar todos os estilos em cada música que a gente criar. Nossas músicas são bastante misturadas, tem R&B,  rap, tem o pop mesmo,   funk, reggaeton, a gente mistura tudo, esse é o Bpop que a gente está querendo criar hoje em dia. Junto com o Kpop, com esse poder da dança, com os bites das músicas, com o visual em si. É uma coisa que, eu acho, o Brasil não tem no momento.

Sala 33: Vocês tiveram alguma influência brasileira?

Danny: Sim, a gente escuta de tudo, todo tipo de música. Somos seis pessoas, então temos gostos parecidos e, ao mesmo tempo, variados. A gente tenta mesclar um pouco de tudo. Temos uma referência muito grande que é o Kpop, mas a gente gosta também de pop rock nacional e de grupos antigos de música pop nacional.

Iago: A gente pode até citar o Br’oz mesmo…

Danny: Exato! Nossos padrinhos. E é engraçado porque é uma grande referência, então tentamos mesclar. Como nossos fãs, em  sua maioria nesse momento, é bastante voltado para o Kpop, a galera meio que fala “ah, eles são do Bpop e tal”, mas eu sempre penso que o mais legal é não se rotular com nada e ter abertura para fazer qualquer tipo de coisa e ser livre. Acho que isso é a melhor coisa, fazer o que gosta. Nós estamos fazendo o que gostamos! Todas as músicas que estamos produzindo e escrevendo são composições nossas. Ao mesmo tempo em que parece que é uma salada, é um estilo que a gente está conceituando e meio que arriscando, mas é o que queremos fazer.

Sala 33: O nome do fandom do Wibe é “Flow”. De onde surgiu esse nome?

Iago: A “wibe” é a vibe que você está no momento e o “flow” é como flui a sua vibe. Então a vibe sem o flow não é uma vibe, porque não tem uma fluidez. Os dois juntos se tornam uma coisa só.

Sala 33: Vocês são de diferentes estados. Vocês pretendem expandir a cultura Kpop para outros estados? Como pretendem fazer isso?

Iago: Na verdade, já saiu muito desse eixo de São Paulo e Rio, agora está muito forte no Nordeste, todos os shows estão indo para lá, para Fortaleza principalmente. Nós fizemos um show lá que estava surreal. Na verdade, hoje em dia o Kpop está muito bem divulgado. O que estamos fazendo é tentar divulgar uma coisa nova para esse público, ver algo nacional desse estilo.

Danny: Porque a maioria da galera gosta muito de BTS, como nós gostamos, EXO, BIGBANG, todos esses grupos  incríveis de Kpop. Mas, muitas das pessoas que escutam, não sabem o que a letra está dizendo e tem dificuldade de cantar, essas pessoas estão se sentindo representadas com a gente, porque elas conseguem cantar nossas músicas, dançar, se veem familiarizados com nosso visual. Tem fã nosso que nem conhece kpop, mas gosta de Manu Gavassi, de Projota e de outros artistas, e  dizem “Nossa, que legal! Um grupo que canta e dança, um grupo diferente!”. Essa é a ideia do Wibe, fazer uma coisa única.

Sala 33: Falem um pouco sobre a entrada do Teddy (novo integrante do grupo). Por que vocês decidiram inserir um novo integrante?

Danny: O Teddy está desde o começo. Esse projeto tem mais ou menos uns dois anos e meio, eu estava já vendo que tinha algum tipo de abertura para esse novo conceito que tínhamos colocado no Wibe, e o Teddy fazia parte. Daí, tivemos algumas coisas dele com a escola, porque ele ainda está na escola [Teddy é o integrante mais novo, possui 17 anos atualmente], então ele não estava conseguindo acompanhar nossas agendas de ensaio, de apresentação e tudo mais. Resolvemos, então, que ele desse prioridade para os estudos dele. Íamos ficar nós cinco, mas a intenção do Wibe é trazer coisas novas, nunca teve um grupo de seis pessoas no Brasil e então eu chamei um amigo meu para o grupo. E, infelizmente, acabou acontecendo a mesma coisa, a agenda dele não batia com a nossa e a música já tinha saído, o clipe já tinha rolado também e começou a dar esses conflitos. Ele achou que talvez não era muito a dele ser cantor, que ele acabou indo mais no momento, e aí a gente pensou “Vamos ver como o Teddy está?”, e ele falou “Agora estou super tranquilo”, “Então, bora voltar?”. E aí fechou a família que estava desde o começo para ser mesmo.

Sala 33: Vocês pretendem gravar um álbum?

Danny: Nós já gravamos, na verdade. Ainda  faltam algumas músicas, estamos selecionando. Praticamente gravamos quase todas e também a parte de mixagem, masterização, essas coisas. Já tem bastante música pronta. Em breve teremos boas novidades!

O novo single do WIBE, “Fissurado”, já está disponível no youtube e nas principais plataformas de streaming.

Por Bruna Diseró
bubsoresid@usp.br

Colaboração Ingrid Luisa
ingridluisaas@gmail.com

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