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“Antologia da Literatura Fantástica”: um convite à fantasia

[Imagem: Pausa Para um Café] A antologia é uma coleção de trabalhos agrupados de acordo com alguma linha, uma característica que permita a seleção e ordenamento. O livro Antologia da Literatura Fantástica, escrito por Silvina Ocampo, Adolfo Bioy Casares e Jorge Luis Borges, portanto, trata-se de uma. Ousa reunir – e o faz bem – …

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[Imagem: Pausa Para um Café]

A antologia é uma coleção de trabalhos agrupados de acordo com alguma linha, uma característica que permita a seleção e ordenamento. O livro Antologia da Literatura Fantástica, escrito por Silvina Ocampo, Adolfo Bioy Casares e Jorge Luis Borges, portanto, trata-se de uma. Ousa reunir – e o faz bem – grandes contos de uma literatura que definem ser “antiga como o medo” e “anterior às letras”.

Logo nas primeiras páginas, depois de um breve repasse sobre as características mais frequentes do gênero, os autores se explicam: “Não procuramos nem desprezamos os nomes célebres. Este volume é, simplesmente, a reunião dos textos da literatura fantástica que nos parecem melhores”. 

A frase fala muito da edição, que os organizadores mesmo assumem que pode parecer desconectada caso analisada a partir de critérios como história, temporalidade ou geografia. Porém, a qualidade dos textos e as reflexões sobre eles garantem unidade à obra, que pode ser considerada uma reunião de contos propícia aos novos leitores do gênero e ainda profunda aos seus mais antigos amantes.

Lançado inicialmente pela extinta editora Cosac Naify, Antologia da Literatura Fantástica foi republicado pela Cia das Letras em 2019, com direito à capa dura e uma imagem curiosa. A capa, em si, remete à abertura de possibilidades presente no fantástico. O personagem sem rosto possibilita o encaixe de qualquer rosto possível – humano ou inventado – ou rosto nenhum. A literatura fantástica não limita-se ao concreto.

A coleção conta com 75 histórias, entre contos e fragmentos de romances. Não se restringe à Europa e América, incluindo nomes da literatura oriental – o que é essencial, já que as primeiras experiências do gênero vêm da China. 

A escolha de autores é ampla, vale citar a presença de Júlio Cortázar (Casa Tomada), Franz Kafka (Josefina, a cantora, ou O povo dos ratos e Diante da Lei), Edgar Allan Poe (A verdade sobre o caso de M. Valdemar) e Tsao Hsue-Kin (O espelho de vento-e-lua e O sonho infinito de Pao Yu). Muitos outros nomes e histórias prestigiados também estão presentes.

O livro é uma boa escolha para quem quer se aventurar no gênero e buscar inspirações a partir de grandes e variados escritores. Os organizadores e autores da antologia são notáveis, demonstram muita credibilidade e conhecimento em suas escolhas. A obra é longa mas, por contar com inúmeros contos, pode ser lida à revelia. Cabe ao leitor escolher mergulhar por completo no mundo da fantasia ou saborear aos poucos a visão e escrita de cada um dos autores individualmente – como um porta de entrada para um futuro aprofundamento naqueles com os quais mais se identificarem.

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