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Die Mannschaft: uma Alemanha renovada em busca do pentacampeonato 

Com a chegada de Hans Flick, a seleção alemã aposta nas jovens promessas e nas grandes lendas do futebol para conquistar seu quinto título mundial

A Alemanha chega ao Catar como uma das favoritas ao título. Após quinze anos à frente do comando técnico da seleção alemã, Joachim Löw deixou o cargo para a assunção de Hans-Dieter Flick, ex-técnico do Bayern de Munique. A mudança, ocorrida após o fim da Eurocopa de 2021, marcou o início de uma renovação na equipe germânica. 

Sempre perigosos, os alemães têm um elenco recheado de grandes nomes do futebol mundial, como Manuel Neuer e Thomas Müller, mas também apostam no futebol surpreendente da nova geração.

A história de uma gigante europeia

A seleção alemã é uma das duas equipes mais vitoriosas da Europa. Atrás apenas do Brasil e da Itália, os alemães já conquistaram quatro Copas do Mundo. Das vinte edições disputadas, os tetracampeões conquistaram o mundo nos anos de 1954 (edição do Milagre de Berna), 1974, 1990 e 2014. Não participaram das edições de 1930, quando não se inscreveram para o torneio por falta de interesse, e de 1950, quando foram punidos pela FIFA após o fim da Segunda Guerra Mundial.

  A Alemanha é também detentora de vários recordes da história das Copas. O maior artilheiro de todos os tempos é Miroslav Klose, com 16 gols. O alemão disputou 28 jogos em 4 edições do torneio (2002, 2006, 2010 e 2014). Ele superou o antigo recorde de Ronaldo Fenômeno, com 15 gols, no jogo em que a seleção venceu o Brasil por 7 a 1, em 2014. A terceira posição do ranking também é de um alemão: Gerd Müller marcou incríveis 14 gols em 13 jogos — uma média de 1,03 gols por partida.

Alemães celebram o título mundial em 2014 [Reprodução/Wikimedia Commons]

Além disso, Lothar Matthäus é recordista de participação em edições (ao lado de Antônio Carabajal) e em jogos da Copa. São 25 partidas em 5 Copas do Mundo disputadas. A pior campanha da Alemanha foi em 2018, quando ficou em último lugar no grupo F e não avançou às oitavas de final. Das três partidas, venceu apenas uma: uma virada de 2 a 1 contra a Suécia. Perdeu para o México por 1 a 0 e para a Coreia do Sul por 2 a 0. No ranking geral, terminou na 22ª posição.

Na primeira edição da Nations League, realizada durante a temporada 2018/19, a Alemanha foi rebaixada, ficando na lanterna de seu grupo. Porém, foram salvos pela Uefa, que mudou o regulamento da competição para a temporada seguinte e passou a abranger 16 seleções, em substituição ao modelo anterior de 12.

A temporada 2020/21 da Nations também não foi muito satisfatória. Venceu apenas a Ucrânia, por 3 a 1 e 2 a 1, e empatou duas vezes com a Suíça. O adversário mais difícil foi a Espanha, de quem tomou uma goleada, por 6×0, e empatou o segundo o jogo

A Federação Alemã de Futebol percebeu a crise que enfrentava o comando técnico de Löw. Em reunião, o próprio tomou a decisão de adiantar o fim de seu ciclo à frente da seleção, que terminaria no final de 2022. Após a Eurocopa de 2021, um novo técnico assumiria o cargo. 

 O cargo acabou nas mãos de alguém bem próximo a Löw e dos jogadores alemães. Hans Dieter Flick foi auxiliar técnico de Joachim durante o título mundial conquistado em 2014 e era atual técnico do Bayern de Munique, clube pelo qual ganhou a Champions League e a Bundesliga logo em sua temporada de estreia. 

Classificatórias e um recomeço

 A Seleção alemã fez uma boa campanha durante as Eliminatórias Europeias para a Copa do Catar. No Grupo J, ganhou 9 das 10 partidas disputadas, contabilizando 27 pontos. 

  O começo foi bom: 3 a 0 contra a Islândia e 1 a 0 contra a Romênia. A grande “zebra” foi contra a Macedônia do Norte. Jogando em casa, despedindo-se do técnico Joachim Löw após 15 anos, os alemães perderam para os macedônios por 2 a 1. Os outro sete jogos foram tranquilos para a Alemanha, que chegou a aplicar quatro goleadas: 2 a 0 e 9 a 0 contra Liechtenstein, 6 a 0 e 4 a 1 contra a Armênia, 4 a 0 contra a Islândia, 2 a 1 contra a Romênia e 4 a 0 contra a Macedônia do Norte. Os artilheiros foram Gnabry, Timo Werner e Gundogan, todos com cinco gols marcados. 

  Os placares fizeram da Alemanha a primeira seleção classificada para a Copa do Catar. O otimismo e a confiança voltaram a fazer parte do elenco e da torcida germânica, que pretende voltar do Oriente Médio com mais uma estrela em seu brasão.

Convocação: joias e lendas, surpresas e desfalques

Goleiros: Manuel Neuer (Bayern de Munique), Marc-André ter Stegen (Barcelona), Kevin Trapp (Eintracht Frankfurt)

Defensores: Armel Bella Kotchap (Southampton), Matthias Ginter (Freiburg), Christian Günter (Freiburg), Thilo Kehrer (West Ham), Lukas Klostermann (RB Leipzig), David Raum (RB Leipzig), Antonio Rüdiger (Real Madrid), Niklas Süle (Borussia Dortmund), Nico Schlotterbeck (Borussia Dortmund)

Meio-campistas: Leon Goretzka (Bayern de Munique), Julian Brandt (Borussia Dortmund), Joshua Kimmich (Bayern de Munique), Ilkay Gündogan (Manchester City), Jonas Hofmann (Borussia Mönchengladbach), Jamal Musiala (Bayern de Munique), Mario Götze (Eintracht Frankfurt)

Atacantes:  Karim Adeyemi (Borussia Dortmund), Serge Gnabry (Bayern de Munique), Leroy Sané (Bayern de Munique), Thomas Müller (Bayern de Munique), Kai Havertz (Chelsea), Niclas Füllkrug (Werder Bremen), Youssoufa Moukoko (Borussia Dortmund)

  A maior surpresa da convocação é Youssoufa Moukoko, nascido em Camarões e nacionalizado alemão. Com 17 anos, é atacante do Borussia Dortmund e o mais jovem jogador a atuar por uma partida na Bundesliga. Na temporada 22/23 do campeonato alemão, atuou em 14 partidas (por 766 minutos), tendo marcado 6 gols e feito 4 assistências. Será sua estreia pela Seleção alemã. 

https://www.instagram.com/p/Ckx1R1WMJEs/

Além de Moukoko, também será a estreia de Niclas Fullkrug, do Werder Bremen, que substitui Timo Werner, lesionado às vésperas da convocação. Marco Reus e Matt Hummels, ambos do Borussia Dortmund, também ficarão de fora da competição. Reus, assim como em 2014, está lesionado, já Hummels não integra o elenco por opção do técnico Hansi Flick.

Outro jovem promissor é o zagueiro Armel Bella-Kotchap, cidadão camaronês e alemão (apesar de nascido na França). Ele joga pelo Southampton, da Inglaterra, e estreou pela seleção alemã em setembro de 2022.

Bayern de Munique e Borussia Dortmund lideram o ranking dos clubes com maior número de jogadores convocados. São sete do elenco bávaro e cinco da Muralha Amarela. Em seguida, aparecem Freiburg, Frankfurt e RB Leipzig com dois jogadores cada e Barcelona, Real Madrid, West Ham, Chelsea, Manchester City e Southampton com um jogador cada.

Alguns nomes clássicos surpreendem pela constante e elevada qualidade , ainda que velhos para os padrões do futebol: Manuel Neuer (36), Thomas Müller (33) e İlkay Gundogan (32) são titulares absolutos na equipe.

A maior polêmica se deu pela volta à seleção de Mario Götze, autor do gol que sagrou a Alemanha campeã em 2014. Sua última convocação foi em 2017. O meio-campista não teve números tão satisfatórios no Campeonato Holândes na temporada 21/22. Pelo PSV Eindhoven, marcou quatro gols e deu quatro assistências em 29 jogos. Atualmente, tem um desempenho razoável pelo Eintracht Frankfurt. 

Catar 2022

A Alemanha estreia contra o Japão na quarta-feira 23/11, às 10h00. Pelo grupo E, também enfrentará a Espanha, em 27/11, às 16h00, e a Costa Rica, em 1° de dezembro, às 16h00.

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