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A história reforça, discretamente, um dos mistérios dos milênios passados. A construção de uma estrutura desmesurada que aparentava não ter serventia imediata, e seu custo em vidas que se perderam tentando edificá-la, trouxe, com o passar do tempo, muitas hipóteses, mas nenhuma certeza. A Grande Muralha (The Great Wall, 2017) surge para colocar em jogo mais uma teoria – um pouco exorbitante e pretensiosa, mas que não deixa de ser divertida.
No filme, o mercenário inglês Willian Garin (Matt Damon) e seu companheiro Tovar (Pedro Pascal) vão à China em busca de um milagroso pó preto, que seria capaz de transformar ar em fogo (também conhecido como pólvora). Eles são capturados pelas tropas chinesas, a chamada Ordem Sem Nome, e só não são sacrificados por carregarem com eles uma pata enorme de um misterioso animal que havia tentado os atacar na noite anterior. Confusos, os dois amigos mal têm tempo de se recuperar quando presenciam, de cima da Muralha, uma tentativa de invasão em massa de um grupo desses seres nunca antes vistos.
São os Taotie: monstruosos répteis que chegaram à Terra junto a um meteoro, há 2000 anos. Desde então, a cada 60 anos, tentavam atacar o reino, mas sempre foram impedidos pelas tropas chinesas, que guardavam sua existência em segredo. Sem a Muralha, os alienígenas teriam acesso à população das cidades, e seu crescimento e multiplicação (ocasionados pelo consumo de humanos) seriam uma consequência capaz de dizimar a vida em nosso planeta. Caberá ao exército chinês, com a ajuda de seus dois prisioneiros estrangeiros, deter novamente os monstros, que vêm a mais um ataque, evoluídos como nunca.
Seguindo a (bem-vinda) onda dos filmes de ação com protagonistas femininas, a produção aposta na atriz chinesa Tian Jing, no papel da comandante Lin Mei. A personagem, líder da Ordem Sem Nome, representa com brilho os ideais de honra defendidos a todo o tempo no longa.
A Grande Muralha é o maior filme já feito inteiramente na China. Dirigido por Zhang Yimou, o longa não poupa efeitos, e seu maior feito é apostar na grandiosidade presente no imaginário dessa cultura. Tropas imensas e sincronizadas, batalhas intensas e coreografadas… não à toa, é considerado uma das produções chinesas com orçamento mais alto de todos os tempos.
Trailer legendado:
https://www.youtube.com/watch?v=gd2n92fKtvo%20
por Bianca Kirklewski
biancakirklewski@gmail.com