No ano de 2013, a Apple registrou R$ 10 bilhões de vendas só em aplicativos. Um dos principais motivos que proporcionaram o sucesso dos apps foi o grande número de smartphones vendidos no último ano. Segundo a consultoria IDC, cerca de 10,4 milhões desses celulares saíram das lojas para as mãos do consumidor só entre julho e setembro de 2013. Em contrapartida, no mesmo ano, a venda dos “feature phones” (celulares comuns) caiu em 5%.
Os mais conhecidos
Os aplicativos mais populares do último período foram o Instagram (especialmente após ter sido liberado para a plataforma Android), Whatsapp, Candy Crush, Pou (um tipo de bichinho virtual), SnapChat, Tinder e Lulu. Repare que os mais utilizados geralmente possuem algum caráter de interação social ou são jogos.
O Lulu, em especial, deu o que falar. Ele disponibiliza perfis de homens e permite que as mulheres deem notas para cada um, além de fazer algumas considerações através de hashtags. O aplicativo levantou o tema do machismo até em veículos de grande porte, como a Folha de S. Paulo. Para os homens, serem julgados ia de encontro às críticas que as mulheres faziam por serem julgadas pelo público masculino. Para as mulheres, o Lulu representava apenas uma pequena parcela do assédio que elas sofrem diariamente. Em resposta ao Lulu, foi criado o Tubby, em que os homens deveriam dar notas às mulheres, mas o boato do app era fake.
Outras razões para o sucesso
Leonardo Leal, formado em Marketing e especializado em Social Media pela Universidade Metodista mostra outros motivos para a boa aceitação dos apps. “Os apps estão ganhando força por serem bem práticos e segmentados. Você baixa um aplicativo que fala ou oferece exatamente o que você quer naquele momento. Isso é bom, mas pode ser também uma febre passageira. Então cabe aos criadores buscarem novidades e quebrarem a cabeça para sempre oferecerem um serviço atual e que satisfaça as necessidades dos usuários”.
Uma das empreendedoras no negócio dos aplicativos é o Kekanto. O Kekanto é um guia local que permite que os usuários deem suas opiniões sobre os pontos da cidade em que estiveram. Segundo Bruno Yoshimura, co-fundador e CTO da empresa, o site do guia surgiu antes do aplicativo e houve motivos para isso. “Começamos pelo site, pois era mais fácil de desenvolver e, em 2010, o uso de aplicativos era muito limitado e feito apenas por uma pequena parcela da população que usava iOS. Já imaginávamos a migração para aplicativo, mas foi surpreendente o crescimento acelerado do uso de smartphones e tablets”. Números fornecidos pelo próprio CTO indicam que, dentro de 1 ou 2 anos, os acessos via mobile podem representar 50% dos acessos do aplicativo.
Com a tecnologia ao alcance de mais pessoas, hoje em dia é importante que as empresas se adequem a esse novo modo de vida para maior sucesso de suas companhias. “A vantagem competitiva de ter um aplicativo forte é que não dependemos de buscadores para nosso tráfego – pois o usuário tem instalado e abre diretamente o aplicativo”, diz Bruno. Ele também ressalta que esse tipo de plataforma é facilitadora para o usuário que busca atividades imediatas. “Essa característica de ter acesso de uma pessoa que está prestes a consumir algo gera muito valor na hora de monetizarmos a plataforma”.
Por William Nunes
willnunes94@gmail.com
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