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Austrália e Nova Zelândia 2023 | Apesar do empate por 2 a 2 entre Argentina e África do Sul,  jogo termina em ‘derrota’ para ambas as seleções

Sul-africanas tiveram a vitória nas mãos, mas as argentinas correram atrás do placar; classificação fica difícil

A Copa do Mundo Feminina Austrália e Nova Zelândia 2023 começou há uma semana e a competição entre as seleções na fase de grupos segue a todo vapor. Nesta quinta-feira (27), às 21h no horário de Brasília, dois países do Grupo G se enfrentaram pela segunda rodada: a Argentina e a África do Sul. Na primeira rodada, a Argentina tinha perdido para a Itália, por 1 a 0, enquanto a África do Sul fora derrotada pela Suécia pelo placar de 2 a 1. 

A partida foi caracterizada por muitos erros técnicos. Apesar do esforço e da marcação de ambas as seleções, a falta de qualidade nos passes dificultou que os times marcassem gols. Se, por um lado, as jogadoras argentinas executavam excelentes trocas de passes, por outro, pecavam em deixar muito espaço para as adversárias circularem a bola. Em contrapartida, se a África do Sul tinha vantagem nos contra-ataques, a demora para levar a bola na direção das redes adversárias impedia que as jogadoras abrissem o placar.

Primeiro tempo: vitória para as sul-africanas

O primeiro tempo foi marcado pelas tentativas bem-sucedidas das africanas de chegarem à área das argentinas. Aos 9’, Magaia tentou fazer um gol. Embora não tenha tido êxito, o esforço da camisa oito só foi uma pequena amostra do trabalho que ela viria a dar para nossas hermanas.

Mas não só a camisa oito faria a seleção argentina suar para se defender — pelo menos no primeiro tempo. Kgatlana, camisa 11 da seleção sul-africana, ameaçou abrir o placar para seu time, o que só não aconteceu devido à rapidez da zagueira argentina, que correu a tempo de defender sua rede. Porém, não demorou muito para Kgatlana alcançar seu objetivo. 

Aos 30’, dessa vez com mais velocidade, a jogadora avançou com a bola para dentro da área inimiga e passou para Motlhalo, companheira que estava totalmente livre. Com a Argentina em menor número, a camisa dez aproveitou o espaço e chutou, sem nenhuma dificuldade, a bola direto para a rede, fazendo 1 a 0 para a seleção africana. 

Não demorou muito para a seleção argentina revidar. Aos 37’, as hermanas quase empataram o jogo com um belo chute, mas a bola acertou a trave. Ainda assim, a ameaça foi o suficiente para Kgatlana ir para cima com mais força. Faltando dois minutos para encerrar o primeiro tempo, a camisa 11 marcou o segundo gol, que logo foi cancelado pela árbitra. Magaia e Mothalo também atacaram nos últimos minutos da primeira etapa. Embora não tenham conseguido o gol, foram três tentativas das duas jogadoras de trazer o 2 a 0 para a seleção africana.  

Assim, o primeiro tempo terminou com a vitória para as africanas. Apesar da superioridade técnica das sul-americanas, as africanas souberam aproveitar melhor os espaços cedidos.

Segundo tempo: Argentina recupera o DNA do futebol

A vitória das sul-africanas no primeiro tempo foi o suficiente para que as hermanas despertassem para o jogo e voltassem para o campo determinadas a empatar a partida. Logo no início do segundo tempo, o técnico Gérman Portanova realizou a primeira troca: saiu Gramaglia e entrou Yamila Rodriguez. A substituição foi crucial para que a Argentina ganhasse força, esperança e campo. Além de rápida, Rodríguez motivava sua equipe a buscar o gol. 

No entanto, mesmo com a Argentina mais focada, a África do Sul não diminuía o ritmo. Pelo contrário, aos 15’, Magaia quase marcou o segundo gol, mas foi impedida pela goleira Correa. Rapidamente, a Argentina revidou: aos 17’, as hermanas brigaram na área adversária para acertar a bola na rede. Em contrapartida, a seleção sul-americana seguia perigosa nos contra-ataques. Se na primeira parte, a disputa estava sem emoção e com vários erros, na segunda, o cenário mudou. O desespero, tanto da seleção argentina para marcar ao menos um gol, quanto da seleção sul-africana para manter a vitória, prevaleceu. Aos 20’, o 2 a 0 veio para as sul-africanas. Kgatlana, que havia batalhado desde o começo do jogo, recebeu a bola da companheira no pequeno espaço da área inimiga e mandou direto para a rede.

A seleção sul-africana tinha a vitória nas mãos, mas tanto a torcida quanto as jogadoras argentinas faziam de tudo para que a seleção hermana recuperasse a vitalidade. 

Aos 28’, Sophía Braun fez um belo gol por meio de um chute alto e cruzado, fazendo os torcedores argentinos irem ao delírio. Foi um dos gols mais bonitos da Copa até então. Depois disso foram necessários apenas mais quatro minutos para que as  hermanas empatassem. Aos 32’, Nunez marcou o segundo gol. 

Nunez, camisa sete, e Rodríguez, camisa onze, comemorando o segundo gol [Imagem: Reprodução/Instagram FIFA Women’s World Cup]

O empate não serviu para as seleções, já que ambas haviam perdido na estreia. Dentro das circunstâncias, o resultado foi mais frustrante para as africanas, uma vez que, além da vitória nas mãos, a seleção teve mais chances de ampliar o placar. Para a Argentina, o empate foi um bom resultado pelo contexto do jogo, mas as chances de classificação às oitavas de final são muito mais baixas 

A seleção argentina persistiu até o fim com a raça que é uma marca de seu futebol. A seleção sul-africana, por sua vez, lutou bastante, provando que pode sonhar com a vaga.

As próximas disputas do Grupo G ocorrerão na próxima quarta-feira (02/08). Os jogos da Argentina contra a Suécia e da África do Sul contra a Itália serão simultâneos, às 4h no horário de Brasília. 

Com a Suécia garantida nas oitavas de final após vencer a Itália no outro jogo da rodada, tanto as hermanas quanto as africanas precisam vencer nas próximas partidas para sonhar com a classificação nas oitavas de final. Para a África do Sul, basta a sua vitória — e um tropeço ou vitória por menos número de gols da Argentina. Já as hermanas precisam vencer a Suécia — e ainda torcer por um tropeço das italianas diante das sul-africanas. Em caso de empate, as argentinas têm que ter um saldo de gols melhor que o da Itália (o que não deve ser difícil considerando a goleada por 5 a 0 sofrida pelas italianas contra as suecas), enquanto em caso de vitória sul-africana, nossas hermanas devem ter melhor saldo em relação à África do Sul. É, portanto, uma tarefa difícil, pois envolveria fazer um placar largo contra a melhor seleção do grupo, a Suécia.

*Imagem de Capa: Reprodução/Instagram @FIFA Women’s World Cup

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