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Catar 2022 | Em jogaço, Croácia e Bélgica empatam e Geração Belga é eliminada da Copa do Mundo do Catar

Placar de 0 a 0 não condiz com as chances criadas pelos croatas, que seguem na Copa, e pelos belgas, que falharam em definir suas jogadas, especialmente com Lukaku; Marrocos é o líder 

Croácia e Bélgica chegaram à Copa do Mundo do Catar como franco-favoritas à classificação no Grupo F (Bélgica, Croácia, Marrocos e Canadá). E não à toa: a Croácia foi vice-campeã da Copa do Mundo de 2018, enquanto a Bélgica ficou em terceiro lugar. As gerações de ambas as seleções são consideradas duas das melhores da história, apesar de já estarem envelhecidas para essa edição do Catar. Porém, os times tiveram mais dificuldades do que o previsto em seus jogos, e o confronto, que tinha tudo para definir o primeiro colocado, acabou por ganhar ares de tensão à medida que ambas as seleções viam sua classificação em risco a cada chance cedida ao adversário – e ainda mais com o resultado positivo do Marrocos sobre o Canadá. 

Pré-jogo: crise na Geração Belga!

Os dias que antecederam à partida mais esperada do Grupo F da Copa do Mundo foram de grande tensão nos bastidores da seleção belga. Após uma vitória pouco convincente na estreia, o craque Kevin De Bruyne disse que não acreditava em sua seleção como candidata ao título, classificando a famigerada geração como ‘velha”. Com a inesperada derrota por 2 a 0 diante dos marroquinos, De Bruyne foi rebatido pelo experiente zagueiro Jan Vertonghen, que, ao destacar a dificuldade criativa dos Diabos Vermelhos, associou essa questão ao fato de que o ataque da equipe – que inclui De Bruyne – também estaria envelhecido. 

Frente a esses fatos, o jornal L’Équipe, da França, noticiou que teria havido uma grande briga no vestiário belga após o jogo contra Marrocos. Vertonghen teria brigado com De Bruyne e Eden Hazard, sendo necessária a intervenção de Lukaku para apaziguar a situação. Isso explicaria as declarações de Vertonghen e a dificuldade da Bélgica em jogar coletivamente. O treinador Roberto Martínez se mostrou incomodado com a repercussão das notícias (as quais ele considerou falsas), disse que as tensões fazem parte do ambiente “familiar” estabelecido no grupo de jogadores e cobrou que os jogadores “se divirtam em campo”. O defensor Castagne também classificou a forma que a suposta discussão foi divulgada como um “exagero”.

Primeiro tempo: Croácia dominante, Bélgica ineficaz.

A Croácia começou tendo o domínio do jogo, repetindo a escalação da goleada por 4 a 1 contra o Canadá e tendo interessantes movimentações de seus atacantes. A Bélgica, por sua vez, após insistir em jogadores que não vinham bem, como o camisa 10 e capitão Eden Hazard, teve alterações: Thorgan Hazard, Eden Hazard e Batshuayi saíram para as entradas de Carrasco, Trossard e Mertens. As mudanças propiciaram que a equipe comandada por Roberto Martínez explorasse os contra-ataques no início da partida, tendo boas chances com Carrasco (11’) e Mertens (13’). Com 17’, a Croácia teve um pênalti marcado a seu favor. Após cobrança de falta de Modrić, Kramarić foi derrubado por Carrasco. Para a sorte dos belgas, o VAR (Árbitro Assistente de Vídeo) detectou impedimento milimétrico de Lovren, zagueiro da Croácia. O árbitro inglês Anthony Taylor interpretou que isso interferiu na jogada e anulou o pênalti.

 

O Time Xadrez seguiu atacando mais, e a Bélgica demonstrou dificuldade em se defender em uma linha de quatro – quando as escalações saíram, esperava-se uma linha de cinco, com três zagueiros.

Segundo tempo: que jogo!

Ambas as equipes retornaram para a segunda etapa cientes de que o Marrocos vencia o Canadá por 2 a 1 e que, portanto, a vitória era ainda mais necessária. Para a Croácia, o empate bastava para a classificação, mas não em primeiro lugar, enquanto para a Bélgica só a vitória interessava, independentemente da colocação. Por isso, Mertens saiu no intervalo para a entrada de Lukaku, principal referência ofensiva do time e que ficou no banco de reservas por não estar 100% recuperado da lesão. 

A necessidade mútua de atacar mais não tardou em dar frutos. Aos 49’, Lukaku recebeu cruzamento de De Bruyne e cabeceou para a defesa de Livaković. Logo depois, foi a vez de Courtois ser testado, após uma ótima finalização de Kovačić de fora da área. Com 54’, Brozović recebeu de fora da área, arriscou e Courtois espalmou. No lance seguinte, foi a vez de Modrić exigir a participação do goleiro belga.

Sofrendo uma pressão da equipe de Zlatko Dalić, Martínez decidiu colocar Thorgan Hazard no lugar de Trossard, aos 59’. Em seguida, De Bruyne encontrou Carrasco livre na área, o camisa 11 bateu e Livaković defendeu. No rebote, Lukaku acertou a trave com o gol aberto, perdendo a maior chance do jogo. O camisa nove ainda perdeu mais um gol sem goleiro aos 62’, mas como a bola saiu durante a jogada, o lance não valeria.

-incorporar: https://twitter.com/fifaworldcup_pt/status/1598354175343022085

Vendo o crescimento da Bélgica, Dalić sacou Kramarić e Livaja para as entradas de Pašalić e Petković, na intenção de segurar a bola no campo ofensivo. E assim como as alterações belgas deram efeito rapidamente, as croatas também: com 67’, Petković recebeu na linha de fundo, fez o giro e achou ótimo passe para Modrić, que dominou e finalizou, desequilibrado, para defesa segura de Courtois, seu companheiro de clube. 

Já aos 86’, Meunier tocou para o meio da área e Lukaku finalizou para fora. Com 90’, Doku (que entrou no lugar de Carrasco) fez boa jogada pelo meio e abriu para Thorgan Hazard, que cruzou para Lukaku, mais uma vez, perder um gol inacreditável. Ele escorou com a barriga e a defesa croata afastou. Depois, em mais um cruzamento, a bola sobrou para o camisa nove, que se jogou, mas não conseguiu acertar, graças à intervenção de Gvardiol, que fez uma partida brilhante. 

Frustrante. Definitivamente não era a noite de Romelu Lukaku, que saiu irritado e ainda quebrou o vidro do banco de reservas do Estádio em Ahmed Bin Ali. Restou a Thierry Henry, auxiliar técnico da seleção, consolá-lo após o jogo.. [Foto: Reprodução/Twitter @ESPNFC]

No 0 a 0 mais legal da Copa, a Croácia acabou classificada em segundo lugar, com cinco pontos, e a Bélgica eliminada, com três pontos, o que oficializou a saída de Roberto Martínez do comando técnico da seleção após mais de seis anos. Um fim lamentável para a geração belga, e um alerta para a Croácia. Marrocos se classificou em primeiro lugar com sete pontos, assim como fez em 1986, no México.

Próximos passos

[Foto: Reprodução/Twitter @fifaworldcup_pt]

A Bélgica vai pegar o caminho de volta para casa, mas a Croácia segue viva para enfrentar o Japão – primeiro colocado do Grupo E, em Al-Wakrah, ao meio-dia de segunda-feira (5). Marrocos enfrenta a Espanha – segunda colocada no Grupo E-, em Doha, ao meio-dia de terça-feira (6), reeditando o confronto da fase de grupos da Copa de 2018. Ambas as seleções se juntam a Holanda, Senegal, Inglaterra, Estados Unidos, Argentina, França, Polônia, Austrália, Japão, Espanha, Brasil, Coreia do Sul, Suíça e Portugal, para a disputa das oitavas de final.

*A programação está no Horário de Brasília (UTC/GMT – 03:00)

Ficha técnica:

Croácia (4-3-3): Livaković; Juranović, Lovren, Gvardiol, Sosa; Brozović, Kovačić (Majer, 90’+2), Modrić; Kramarić (Pašalić, 64’), Livaja (Petković, 64’) e Perišić. [Arte: Ricardo Thomé]

Bélgica (4-2-3-1): Courtois; Meunier (Eden Hazard, 87’), Alderweireld, Vertonghen, Castagne; Dendoncker (Tielemans, 72’), Witsel; De Bruyne, Trossard (Thorgan Hazard, 59’), Carrasco (Doku, 72’); Mertens (Lukaku, 46’). [Arte: Ricardo Thomé]

Cartão amarelo: Leander Dendoncker (66’) – BEL

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