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Judô: Brasil quebra jejum e sobe duas vezes ao pódio do Grand Slam de Paris

Após dois anos sem conseguir medalhas na competição, país conquista prata com Daniel Cargnin e bronze com Ellen Froner. Larissa Pimenta chega a disputar terceiro lugar, mas é desclassificada

Depois de duas edições sem conquistar medalhas no Grand Slam de Paris, o Brasil voltou a subir ao pódio de um dos maiores campeonatos do Circuito Mundial de judô. Daniel Cargnin, na categoria leve masculina (73kg), levou a medalha de prata após perder a final contra o georgiano Lasha Shavdatuashvili. Já Ellen Froner, em um de seus primeiros campeonatos após uma cirurgia no joelho, venceu a grega Elisavet Teltsidou e ficou com o bronze na categoria médio feminina (70kg).

Em relevância, o Grand Slam de Paris fica atrás somente do de Tóquio. Faltando pouco mais de um ano para os Jogos de Paris 2024, o torneio é importante para o acúmulo de pontos no ranking dos atletas. A judoca Larissa Pimenta também chegou a disputar uma medalha de bronze na categoria meio-leve (52kg), mas sofreu uma desclassificação e ficou em quinto lugar.

A Confederação Brasileira de Judô enviou 26 atletas para a competição. Além dos medalhistas, foram eles: Amanda Lima (48kg), Natasha Ferreira (48kg), Larissa Pimenta (52kg), Thayná Lemos (52kg), Jéssica Pereira (57kg), Rafaela Silva (57kg), Gabriella Mantena (63kg), Ketleyn Quadros (63kg), Aléxia Castilhos (70kg), Millena Silva (78kg), Samanta Soares (78kg), Giovanna Santos (+78kg), Matheus Takaki (60kg), Eric Takabatake (66kg), Phelipe Pelim (66kg), Michael Marcelino (73kg), Guilherme Schimidt (81kg), Eduardo Yudy Santos (81kg), Marcelo Gomes (90kg), Rafael Macedo (90kg), Eduardo Bettoni (100kg), Rafael Buzacarini (100kg), João Cesarino (+100kg) e Rafael Silva (+100kg).

Primeiro dia: Daniel é prata!

O primeiro dia de disputas, sábado (4), contou com a participação de atletas das categorias até 63kg no feminino e até 73kg no masculino. Novo na categoria leve masculina, Daniel Cargnin já havia vencido o World Masters e conquistado o bronze no Mundial no ano passado. Em seu primeiro torneio do Circuito Mundial em 2023, o judoca chegou muito perto de igualar os feitos de Mayra Aguiar, Edinanci Silva, João Derly e Leandro Guilheiro e entrar para o seleto grupo de brasileiros campeões do Grand Slam de Paris.

Em sua estreia, Cargnin enfrentou Kyprianos Andreou, atleta do Chipre, e venceu por um waza-ari de vantagem. Na segunda luta, contra o turco Umalt Demirel, dois waza-ari no terceiro minuto de combate foram necessários para dar a vitória ao brasileiro. Em seguida, o judoca da Mongólia Uranbayar Odgerel também foi derrotado por um waza-ari. Na semifinal, Daniel derrotou novamente por um waza-ari o canadense Arthur Margelidon.

O adversário de Cargnin na final não era fácil. Lasha Shavdatuashvili, da Geórgia, é o primeiro do ranking da categoria até 73kg e atual prata olímpica. Ainda assim, nas duas vezes em que o brasileiro e o georgiano se enfrentaram anteriormente, o resultado havia sido favorável para Daniel. O último confronto do leve iniciou equilibrado, com ambos os judocas se esforçando para conseguir uma boa pegada e aplicar seus golpes. No entanto, com pouco mais de um minuto de luta, Cargnin levou um ippon, ocasionado por um koshi-guruma do oponente, e ficou com a prata.

Pódio da categoria até 73kg com os judocas Daniel Cargnin, Lasha Shavdatuashvili, Daniyar Shamshayev e Uranbayar Odgerel [Imagem: Reprodução/Twitter @Judo]

No mesmo dia, Larissa Pimenta (52kg) quase conquistou uma medalha de bronze. Após ser derrotada por Reka Pupp, da Hungria, a brasileira disputou o terceiro lugar com a israelense Gefen Primo. Passado pouco tempo de luta, Larissa entrou um golpe considerado perigoso pela arbitragem — pois poderia colocar em risco a articulação do braço da adversária — e levou um hansokumake (uma desclassificação), permanecendo na quinta posição do torneio. Já Ketleyn Quadros (63kg) ficou em sétimo lugar.

Segundo dia: Ellen é bronze!

O último dia de confrontos, domingo (5), teve a presença de todos os atletas a partir dos 63kg no feminino e dos 73kg no masculino. Ellen Froner (70kg) foi a única brasileira a disputar uma medalha.

No mês passado, Ellen participou do Grand Prix de Portugal, uma de suas primeiras competições após passar por uma cirurgia no joelho, mas não conseguiu chegar ao pódio. Já no Grand Slam, a atleta bateu a australiana Aoife Coughlan e a holandesa Kim Polling, mas foi derrotada pela francesa Marie Eve Gahie.

Na disputa pelo bronze, Ellen lutou contra a judoca Elisavet Teltsidou. Logo no começo, aos 20 segundos, a primeira tentativa de projeção da brasileira resultou em um waza-ari. Quase um minuto depois, a grega levou um shido (uma punição) por sair da área delimitada para a luta, mas se recuperou e também conseguiu um waza-ari. Empatadas no placar, as duas atletas foram para o golden score, o ponto de ouro, em que qualquer pontuação — ainda que não seja um ippon (pontuação máxima do judô) — é o suficiente para vencer o combate. Atacando mais, Ellen fez com que sua adversária levasse mais um shido, dessa vez por falta de combatividade. Sete segundos depois, Froner também levou uma punição. Foi só depois de dois minutos e 40 segundos que Teltsidou novamente levou mais um shido por falta de combatividade. O terceiro shido, por regra, leva ao hansokumake. A grega foi desclassificada — levando o Brasil ao pódio da categoria.

Pódio da categoria até 70kg com as judocas Marie Eve Gahie, Ai Tsunoda Roustant, Ellen Froner e Kim Polling [Imagem: Reprodução/Twitter @Judo]

Domínio francês

Com quatro medalhas de ouro, três de prata e quatro de bronze, os franceses, donos da casa, figuram isolados no primeiro lugar do ranking por nações da competição. A Holanda aparece na segunda posição, com dois ouros e dois bronzes, seguida pela Geórgia — país do adversário de Cargnin —, com dois ouros e um bronze. O Japão, que costuma ter bons resultados em torneios de judô, aparece somente em décimo, com três medalhas de prata e um de bronze — e, surpreendentemente, nenhum atleta no degrau mais alto do pódio. Por sua vez, o Brasil surge na décima terceira posição, com uma prata e um bronze.

O próximo desafio da seleção brasileira de judô é o Grand Slam de Tel Aviv, que acontece entre os dias 16 e 18 de fevereiro.

*Imagem de capa: Divulgação/Federação Internacional de Judô

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