Jornalismo Júnior

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Forte candidata a ser surpresa no Catar, a ‘Dinamáquina’ tem totais condições de chegar longe na Copa do Mundo

Com bons resultados recentes e uma geração experiente, a seleção da Dinamarca conta com estilo de jogo consistente que trará dificuldades a qualquer adversário

A seleção da Dinamarca chega ao Catar embalada pela campanha nas Eliminatórias europeias. O grupo não era dos mais difíceis, mas sem dar chance ao azar os dinamarqueses passaram em primeiro lugar, conquistando 27 pontos em 30 possíveis Foram nove vitórias, uma derrota, 30 gols marcados e apenas três sofridos. A única seleção europeia com o mesmo número de pontos foi a tetracampeã Alemanha, em um grupo relativamente mais fácil.

O bom momento não fica restrito apenas à classificação para a Copa do Mundo, já que também foi perceptível em outras competições com adversários mais fortes. Começando pelo último Mundial na Rússia, quando empatou na fase de grupos com a seleção francesa, que se sagraria campeã, e caiu nas oitavas de final para a vice-campeã Croácia em uma disputa de pênaltis muito acirrada.

Após boa campanha na Rússia, a Dinamarca se destacou na Euro 2020 — realizada em 2021 por conta da pandemia — chegando até às semifinais, quando foi eliminada pela Inglaterra na prorrogação. Na Liga das Nações 2022/23, venceu duas vezes a França, que não só é a atual campeã mundial, como também a atual campeã da Liga.

(Imagem 1 – jogador na Nations)

Grande defesa de Kasper Schmeichel na semifinal da Euro 2020 contra a Inglaterra. [Imagem: Reprodução/Twitter Uefa]

No Catar, a Dinamarca também irá se destacar pelos seus uniformes. A Hummel, fornecedora do material esportivo dinamarquês, destacou que o estilo monocromático das camisetas é um protesto contra as violações de direitos humanos que o país sede foi acusado.

A seleção dinamarquesa está no grupo D, ao lado de Tunísia, Austrália e a atual campeã França. As duas últimas são velhas conhecidas, já que também estiveram no mesmo grupo em 2018. Com tantos desfalques na seleção francesa causados por cortes de jogadores lesionados, a Dinamarca tem grandes chances de disputar a primeira posição do grupo.

Retrospecto Histórico

A primeira participação da seleção dinamarquesa em copas do mundo foi na edição de 1986, disputada no México. Embalada pela dupla Michael Laudrup e Elkjaer, além de excelente primeira fase vencendo os campeões Uruguai e Alemanha, fez nascer o apelido “Dinamáquina”, apesar de ter caído nas oitavas para a Espanha.

Nos anos 90, a forte geração dinamarquesa conquistou sua maior glória: a Euro 92. A competição foi disputada na Suécia e a única derrota da Dinamarca foi para os donos da casa, ainda na fase de grupos. No mata-mata, venceu nos pênaltis a Holanda, atual campeã à época, com defesa histórica do ídolo Peter Schmeichel na cobrança do craque Van Basten, e na final derrotou a então campeã do mundo, Alemanha.

A Seleção Dinamarquesa campeã da Euro 92. [Imagem: Reprodução/Twitter @Pschmeichel1]

Mesmo vivendo momentos de inconstância, ficando fora da Copa do Mundo de 1994, a Dinamarca voltou a levantar uma taça no ano seguinte, quando foi campeã da Copa das Confederações de 1995 em cima da Argentina. Em Mundias, os irmãos Brian e Michael Laudrup foram os destaques de uma bela campanha que culminou na eliminação para a seleção brasileira por 3×2 nas quartas de final de 1998

A volta por cima de Christian Eriksen e os principais destaques

Em uma partida entre Dinamarca e Finlândia pela Euro 2020, o mundo do futebol ficou aflito com o que aconteceu com o Christian Eriksen, um dos melhores jogadores da atual geração dinamarquesa. O meio campista de 30 anos teve uma parada cardíaca durante a partida e caiu desacordado no campo. Graças ao rápido apoio e atendimento dos colegas de campo e da equipe médica da competição, foi reanimado e transferido para um hospital.

O jogador ficou internado por seis dias, e precisou fazer uma cirurgia para o implante de um cardiodesfibrilador interno (CDI) no coração, que foi realizada com sucesso, mas até então pouco se sabia sobre a continuidade de sua carreira. Eriksen atuava pela Inter de Milão, e não pôde voltar a vestir a camisa da equipe devido a uma proibição no futebol italiano, sobre o dispositivo implantado em seu corpo.

Após oito meses de inatividade, Eriksen voltou a jogar pelo Brentford, da Premier League, onde terminou a temporada 2021/-22. Na temporada atual, assinou um contrato de três3 anos com o Manchester United, onde tem feito boas partidas sob o comando do técnico Erik Ten Hag.

Eriksen em campo pela Dinamarca após o incidente na Euro 2020. [Imagem: Reprodução/Twitter @ChrisEriksen8]

Nem só do craque Eriksen vive a “Dinamáquina”. A equipe tem sua maior qualidade na consistência dos dois lados do campo. Em um coletivo forte, nomes como os zagueiros Christensen e Kjaer, os meias Hojberg e Delaney e os atacantes Damsgaard, Dolberg e Olsen são as cerejas do bolo.

Os nomes de linha trazem esperanças ofensivas, mas a grande expectativa de consagrar a seleção dinamarquesa nos momentos difíceis estão depositadas no goleiro Kasper Schmeichel. Filho do maior ídolo da história do país no futebol e um exímio pegador de pênaltis como o pai, Schmeichel espera repetir as boas atuações que teve nas outras grandes competições disputadas pelo país.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima