Jornalismo Júnior

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Então, isso é a Paulista

Bruna Buzzo Se cada cidade tem seus encantos, a Av. Paulista é um dos encantos de São Paulo. Nada mais paulistano que a correria de ternos e saltos altos pela manhã, no horário de almoço ou a calma com que tais ternos e saltos voltam para suas casas, cansados no final das tardes cinza-alaranjadas. Alguns …

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Bruna Buzzo

Se cada cidade tem seus encantos, a Av. Paulista é um dos encantos de São Paulo. Nada mais paulistano que a correria de ternos e saltos altos pela manhã, no horário de almoço ou a calma com que tais ternos e saltos voltam para suas casas, cansados no final das tardes cinza-alaranjadas. Alguns rostos procuram conforto (e consolo) nos cinemas que se espalham por este que já é um eixo típico (e manjado até, eu diria!) do circuito cultural paulistano.

0057-paulistaA Paulista já teve cinemas para todos os gostos, hoje anda mais “cult” (ou pseudo-cult, como diria um amigo meu). Vindo da Consolação, temos logo na esquina com a Paulista o HSBC Belas Artes, um cinema simpático, com uma programação que valoriza o cinema nacional e europeu, voltada principalmente aos avessos ao cinemão norte-americano. Ali é muito comum ver estudantes com roupas peculiares, um jeito esquisito e um rosto que pode ser familiar.

Quem já tiver visto todos os filmes em cartaz por aqui, pode se arriscar no Cine Bombril, pertinho, alguns quarteirões à frente, no Conjunto Nacional, ou no Espaço Unibanco, na R. Augusta. A programação destes três cinemas não difere muito e seu público é praticamente o mesmo, escolhido principalmente pelo bolso. Devido às simpáticas promoções, Belas Artes e Esp. Unibanco atraem muitos estudantes, que freqüentam o primeiro às segundas e quartas, por R$4 (meia), e o segundo às quintas por R$2,5. Os outros cinemas na Paulista são em geral mais caros, com ingressos chegam a R$19 (inteira) no final de semana.

Se o passeio à Paulista em busca de um filme não foi bem sucedido até aqui, não desista! Ainda restam a Reserva Cultural, o Gemini (lembra dele?) e o Shopping Paulista (sim, ele tem um cinema). A Reserva segue a mesma linha dos anteriores, com o agravante de que é o cinema mais caro (e o mais sofisticado) da Paulista, o único que não vende pipoca (sua bomboniere é muito mais refinada do que estas coisinhas barulhentas). No Gemini esta sua chance de ver na telona aquele filme que já saiu em dvd. Sua última chance. Não é a melhor opção, o estado deste que deve ser um dos últimos exemplares do antigos cinemas não é dos melhores nem o ingresso dos mais baratos. O preço é normal (R$12 a R$16), mas para o estado do cinema, abusivo.

Se você não gosta de filmes nerds, cults, odeia cinema europeu e aqueles filmes ditos “de arte”, sua única chance na região esta no Shopping Paulista, que em breve ganhará salas de cinema descentes, da rede Cinemark . Das antigas salas de cinema, atualmente apenas duas estão funcionando (já foram 4). Mesmo quando criança, esta repórter que vos fala nunca gostou de ver desenhos nas telas deste shopping, o som é muito ruim, e fica difícil entender o que os personagens falam. Aguardemos para ver o futuro complexo multiplex.

Todo ano, durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o vão livre do MASP também vira sala de cinema; os barulhos da avenida e as buzinas dos carros incomodam um pouco, mas a vista é impecável. Nosso cartão postal vale dois quilômetros de caminhada, mesmo para um paulistano cansado, que sempre se delicia com as luzes de natal da tão querida avenida.

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