Jornalismo Júnior

logo da Jornalismo Júnior
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Espanha, uma equipe jovem, mas que promete ir longe na Copa do Mundo

Uma das favoritas à taça, a seleção espanhola luta para afastar as campanhas ruins de 2014 e 2018 da memória

Uma das favoritas à taça, a seleção espanhola luta para afastar as campanhas ruins de 2014 e 2018 da memória

O Mundial do Catar começou no último domingo (20), mas a Espanha vai estrear às 13h desta quarta-feira, 23 de novembro, contra a Costa Rica. No grupo E, “A Fúria Vermelha” também enfrenta a Alemanha, às 16h, no domingo (27) e encerra a sua participação na fase de grupos contra o Japão, no dia 1º de dezembro, também às 16h. Os horários estão no Horário de Brasília.

A seleção

Reformulada, a Espanha chega ao Mundial do Catar com um time formado por jovens apostas e jogadores veteranos. A falta de alguns nomes, talvez, tenha sido o mais surpreendente. Contra expectativas, o técnico Luis Enrique não chamou três veteranos experientes: o goleiro David De Gea, do Manchester United e titular na Copa de 2018,  o meia Thiago Alcântara, do Liverpool considerado como um dos melhores da posição na atualidade, e o zagueiro Sergio Ramos, campeão da  Copa de 2010 e atualmente está no PSG.

Atacantes

O centroavante Álvaro Morata, o ponta esquerda Ferrán Torres e o ponta direita Pablo Sarabia, do PSG, formam o time principal de atacantes. 

Torres é um dos grandes nomes do futebol. O jogador do Barcelona já passou por outros times e soma 51 gols na carreira, sendo 13 destes pela seleção. Ao todo, foram 30 partidas pela Espanha.

A convocação de Morata foi amplamente criticada pela mídia espanhola. O atacante está passando por uma má fase com a camisa do Atlético de Madrid. Outra presença na Copa que dividiu opiniões foi a de Ansu Fati, do Barcelona. Seu talento é inegável, mas o jogador passou por algumas dificuldades físicas e não tem apresentado bom desempenho. A escolha por ele foi uma grande dor de cabeça, segundo Luis Enrique, que alimenta a esperança de recuperar o que o jovem tem de melhor para oferecer. 

Meio-campo

Os grandes destaques da Espanha deste ano são os jovens meio-campistas Pedri e Gavi, do Barcelona. a dupla já venceu o Golden Boy, prêmio tradicional do jornal italiano Tuttosport, e Pedri foi eleito o craque jovem da Euro em 2021. Ele, inclusive, é um dos favoritos ao prêmio de melhor jogador jovem da Copa do Mundo de 2022. 

Mais velho, o meia Sergio Busquets, também do Barcelona, é o único remanescente da seleção campeã do mundo em 2010. O veterano assumiu a posição de capitão e sua convocação não foi surpresa para ninguém. Rodri, do Manchester City, é o seu substituto.

Dezessete jogadores do Barcelona, time da Espanha, na Copa do Mundo foi celebrada pelo Twitter oficial do time.
A presença de dezessete jogadores do Barcelona na Copa do Mundo foi celebrada pelo Twitter oficial do time. [Imagem: Reprodução/Twitter]

Defesa

Pau Torres, Eric Garcia, Aymeric Laporte, Jordi Alba e Daniel Carvajal são nomes importantes na defesa da Espanha. Eles devem figurar no time central da equipe. 

A decisão de Luis Enrique de cortar o lateral esquerdo José Luis Gayà, do Valencia, foi divisora de opiniões. O jogador teve uma lesão que não é grave, mas foi substituído pelo lateral Alejandro Balde, do Barcelona, às vésperas do começo da Copa. De acordo com exames realizados pelos médicos do Valencia, Gayà teria condições de estar em campo já para o jogo de estreia da Espanha no mundial, o que causou questionamentos entre os torcedores e a mídia. Luis Enrique justificou a medida afirmando que prefere não arriscar. 

Goleiro 

O goleiro da Espanha será Unai Simón, do Athletic Bilbao, que participou de todos os jogos do Campeonato Europeu e foi titular na Liga das Nações de 2022. Como substitutos, o jogador conta com Robert Sanchez, do Brighton, e David Raya, do Brentford. 

Campanha para a Copa

A Espanha fez uma campanha tranquila para a Copa do Mundo de 2022. Nas eliminatórias da Uefa ), a equipe se classificou em primeiro lugar de seu grupo, com seis vitórias, uma derrota e um empate. Foram 15 gols marcados e cinco sofridos. Durante o período, a grande concorrente foi a Suécia, com quem brigou pela classificação durante quase todas as eliminatórias. A Espanha levou a melhor. No grupo também estavam Grécia, Geórgia e Kosovo.

Participação nas Copas

A Espanha fez um gol contra a Holanda na final e levantou a taça. [Imagem: Christophe Badoux/Wikimedia Commons]

O Mundial do Catar marca a 16ª participação da Espanha em Copas do Mundo, mas o destaque como potência do futebol veio a partir dos anos 2000. Em 2010, a seleção se sagrou campeã mundial ao vencer a Holanda por 1 a 0, com um gol de Iniesta na prorrogação. A mesma geração de ouro também levou para a casa duas Eurocopas, em 2008 e em 2012.

Após os tempos de glória, vieram os tempos obscuros. Os espanhóis ficaram marcados pela eliminação vexatória ainda na fase de grupos na edição de 2014, no Brasil. Quatro anos depois, caíram para a Rússia, dona da casa, nas oitavas de final.

Antes de conquistar o título, a melhor posição havia sido o quarto lugar na Copa do Mundo de 1950, no Brasil. A Espanha também acumulou quatro quartas de final e três oitavas, contando com a de 2018. 

Em quatro oportunidades (1954, 1958, 1970 e 1974), o país não se classificou para participar do mundial. Durante a Guerra Civil Espanhola e a Segunda Guerra Mundial, a seleção se manteve longe das disputas por dez anos. 

O país sediou a Copa do Mundo de 1982, vencida pela Itália. Nesta edição, a Espanha caiu na segunda fase do mundial e ficou apenas na 12ª colocação.

Expectativas para a Copa do Catar

Um estudo feito pela XP aponta a Espanha como um dos cinco times com maior probabilidade de chegar à final da Copa do Mundo de 2022. Caso realmente chegue no último estágio antes da taça, há 59% de chance de se consagrar bicampeã. Sites de apostas também colocam os espanhóis como favoritos. 

Nem todos os torcedores concordam. Os mais apegados à geração vitoriosa de 2010 acreditam que a seleção atual é mais fraca e não veem com tanto brilho e alegria essa Copa, marcada por uma verdadeira renovação da Espanha. Mas os jogadores prometem dar o seu melhor, mesmo com dificuldades de adaptação climáticas e imprevistos. 

No Grupo E, a seleção espanhola disputará a liderança com a Alemanha, mas não deve sentir dificuldades para avançar desta fase. O grande desafio virá depois, quando começar o mata-mata. Qualquer deslize desse time jovem pode custar o sonho de levar a taça para casa. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima