Em seu segundo jogo pela fase de classificação de grupos nos Jogos Olímpicos de Tóquio, as meninas da Seleção Brasileira de Handebol conseguiram sua primeira vitória na noite desta terça-feira (26). O confronto ocorreu no Estádio Nacional Yoyogi contra a Hungria e terminou com o placar de 33 a 27 para o Brasil.
O jogo foi dominado pelas brasileiras — embaladas após um importante empate contra o Comitê Olímpico Russo, atuais campeãs olímpicas — nos dois tempos. O time jogou organizado e forte, se impondo na defesa e se aproveitando no ataque dos espaços do campo defensivo hungaro.
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O jogo era visto com desconfiança, pois o Brasil havia sofrido duas derrotas contra a Hungria em amistosos antes de Tóquio 2020. Isso não pesou em nada para o time, sobretudo para Samara, camisa 22, e Ana Paula, camisa 9, que saíram como artilheiras com sete e seis gols, respectivamente.
Primeiro Tempo
A Hungria começou jogando forte no ataque e na defesa, próximo dos quatro minutos de partida já impunham um placar de 4 a 1 sobre o Brasil. O jogo pelas pontas era o ponto forte do time.
Não demorou muito para as brasileiras entenderem o jogo e irem buscar o placar. Aos oito minutos do primeiro tempo, conseguiram o empate marcando um 4 a 4. Aos poucos os espaços na defesa húngara iam ficando mais claros. Assim, as brasileiras passaram a comandar o placar. Apesar da Hungria jogar com a sua defesa bastante adiantada, o Brasil ainda conseguia achar os espaços.
O que fez a diferença do lado de lá foram as goleiras Blanka Biro, camisa 16, e Nadine Schatzl, camisa 6. Por várias vezes o Brasil passou pela defesa mas foi anulado.
A defesa brasileira não ficou atrás. Duda Amorim, camisa 18, comandou o sistema defensivo brasileiro e dificultou a vida das húngaras. Mesmo se elas entrassem pelos espaços, a goleira Babi conseguia ainda impedir a conversão dos chutes, pois estava em mais um jogo inspirado. De acordo com a transmissão do SporTV, ela teve 47% de aproveitamento nas defesas — a média de uma goleira no handebol é 30%.
O sistema ofensivo brasileiro ficou próximo do impecável. Os chutes mais distantes estavam sendo mais efetivos. A chegada por entre as armadoras húngaras se mostrava como o melhor caminho para os gols. Assim, nossa camisa 9 e companhia aumentaram o placar até fechar em 17 a 11 no primeiro tempo.
Segundo Tempo
Durante o segundo tempo o Brasil manteve sua dominância sobre a partida. Nossa camisa 18 abriu o placar da parcial fazendo um 18 a 11.
O time da Hungria se reencontrou no ataque durante a segunda metade do jogo e conseguiu diminuir um pouco a vantagem do Brasil, marcando 18 a 13. Mas essa vantagem de cinco ou seis gols se manteve até o final para as brasileiras.
Na metade do segundo tempo, duas jogadoras brasileiras foram penalizadas com dois minutos de suspensão da quadra ao mesmo tempo. Isso não foi o bastante para as húngaras se recuperarem no placar que marcava 21 a 16 para o Brasil naquela altura.
Apesar da vantagem, o Brasil seguiu querendo aumentar mais a diferença e continuou goleando. Samara, camisa 22, e Ana Paula, camisa 9, seguiram com boas atuações individuais e logo o time brasileiro chegou em 30 a 22, faltando 8 minutos para o fim.
As meninas seguiram dominando, mas tiveram um fim de partida mais ansioso. Alguns erros de defesa pesaram contra. A marcação da arbitragem estava no mínimo curiosa, já que faltas claras para o Brasil não foram marcadas.
Um lance preocupou. As húngaras roubaram a bola do ataque brasileiro e fizeram um lançamento para uma atacante mais adiantada no campo do Brasil e na tentativa de impedir o gol, Bárbara e Giulia se chocaram.
A partida terminou com o placar de 33 a 27 a favor do Brasil e marcou a força de uma seleção em busca de um título inédito em sua história.
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O próximo encontro das leoas — apelido que as meninas da seleção brasileira de handebol vem recebendo — será nesta quinta-feira (28) às 23h, contra a Espanha.
*Imagem de capa: Adriana Cardoso, ponta direita do ataque brasileiro de Handebol. [Reprodução/Facebook Time Brasil]