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Manifestação da arte urbana na construção do espaço

A importância da expressão artística nos centro urbanos a partir do ‘graffiti’

A expressão artística por meio dos graffitis é um movimento que contribuí para a democratização e ocupação de espaços públicos ao longo das últimas décadas. A prática surgiu nos centros de Nova York, em meados de 1970, e apresenta papel político e cultural até os dias atuais no que diz respeito a intervenções diretas nas cidades. O conteúdo da arte dos grafites, geralmente expostos em muros ou paredes, atua como uma expressão de críticas sociais e permite o estabelecimento de uma comunicação com os habitantes da cidade. O embelezamento do ambiente a partir das imagens desenhadas contribui com a construção de um espaço popular e mais inclusivo a todos.

Foto: Beatriz Haddad
Foto: Beatriz Haddad
Foto: Beatriz Haddad

A diferença entre o grafite e o “pixo”

Tanto o grafite como a pichação são produções culturais que se popularizaram no meio urbano. No entanto, existe uma distinção social que os diferencia entre “arte” e “vandalismo”. Para Pedro Malta, estudante de Jornalismo na USP e entusiasta da arte urbana, a principal diferença entre essas manifestações está na apropriação atribuída a elas – “querendo ou não, é mais caro você fazer um grafite do que pixar, são mais latas de spray, às vezes leva mais tempo. Agora no caso do pixo, basta um desodorante aerossol. Então acho que para classes mais ricas, grandes galerias de arte ou agências de publicidade, acabou sendo mais fácil tornar o grafite em algo comercializável.”

O grafite, por ser uma manifestação que consiste em desenhos ou imagens, tende a ser associado a um caráter mais artístico pelo público. Segundo a Prefeitura de São Paulo, a prática do grafite é reconhecida como uma manifestação artística cultural, e é feita com o objetivo de promover a valorização de patrimônios públicos ou privados. É geralmente autorizada por regulamentações estaduais e municipais, mas também existem inúmeras produções distribuídas pela cidade que não contam com esse aval, como é o caso da modalidade “vandal”.

Foto: Beatriz Haddad

A pichação, também chamada de “pixo”, é vista por alguns como um ato de vandalismo e desrespeito ao patrimônio público ou privado, principalmente por se tratar da grafia de palavras ou assinaturas fora de um padrão estético, feitas por grupos marginalizados socialmente. Pedro entende o pixo como “resultado de um vandalismo muito maior, que é a invisibilização”. Afirma, ainda, que “no fim das contas ninguém sobe um prédio até o último andar, de varanda em varanda e correndo risco de vida se não precisar muito ser visto […] é o povo das periferias fazendo quem fecha os olhos enxergá-los na marra”.

Foto: Beatriz Haddad
Foto: Beatriz Haddad

Beco do Batman como referência na arte urbana

O Beco do Batman, localizado na Vila Madalena em São Paulo, é um dos pontos turísticos e culturais de maior destaque da cidade, sendo uma referência ao graffiti paulistano há mais de 40 anos. Considerado uma “galeria a céu aberto”, o espaço conta com uma série de obras feitas nas paredes do beco, e os desenhos são frequentemente renovados pela comunidade de grafiteiros que se criou na região.

O local é um nítido exemplo de como a prática do grafite permitiu a transformação e ocupação do espaço urbano. Antigamente abandonado, o Beco passou a ser ocupado, em meados dos anos 80, por artistas que promoveram mudanças no espaço através da arte nos muros das ruas, possibilitando o diálogo e a harmonia entre paisagem e arte.

Foto: Beatriz Haddad
Foto: Beatriz Haddad
Foto: Beatriz Haddad

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