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Nesta temporada: Museu de Arte de São Paulo (MASP)

Uma visita ao MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) nunca é uma simples visita ao museu. No número 1578 da Avenida Paulista, é possível se imaginar em ateliê medieval ou a uma visita ao famoso museu do Louvre. No mesmo espaço em que estão dispostas descobertas arqueológicas de uma Roma Antiga, criações …

Nesta temporada: Museu de Arte de São Paulo (MASP) Leia mais »

Uma visita ao MASP (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) nunca é uma simples visita ao museu. No número 1578 da Avenida Paulista, é possível se imaginar em ateliê medieval ou a uma visita ao famoso museu do Louvre. No mesmo espaço em que estão dispostas descobertas arqueológicas de uma Roma Antiga, criações modernistas e contemporâneas clamam por atenção.

Desde 1968, este monumento se ergue no coração da cidade. Concebido pela arquiteta Lina Bo Bardi e realizado pelo engenheiro José Carlos de Figueiredo Ferraz, possui o maior acervo de arte europeia de todo o hemisfério sul, sem contar a extensa coleção de artistas brasileiros o que totaliza mais de oito mil peças distribuídas em seus dois andares e subsolo.

As Coleções de Sempre

Rosa e Azul, de Renoir. Reprodução

A Romantismo: A Arte do Entusiasmo foi inaugurada em 2010 e ainda não há previsão de encerramento. É nela que encontramos As Tentações de Santo Antão (1500, Bosch), Passeio ao Crepúsculo (1890, Van Gogh) e o famoso Rosa e Azul (1881, Renoir), obras tidas como as favoritas do autor que vos escreve). Nesta mostra acompanhamos as características românticas da arte em uma evolução temporal. São apresentados desde quadros anteriores ao século XIX, com seus mares revoltos, emoções afloradas, curvas e construções dionisíacas, até a contemporâneidade do trabalho de Tomie Ohtake, na sua Composição em Amarelo (1966).

Ainda outra exposição sem previsão de encerramento, a Deuses e Madonas – A Arte do Sagrado traz representações antigas, medievais e renascentistas – evidenciando por muitas vezes a imagem de Maria e Jesus menino. São inúmeras obras com esta mesma temática como a Virgem com o Menino e São João Batista Criança (1490, Botticelli) – com seu traço típico e formas já apropriadas de autores anteriores como o Virgem com Menino Jesus (1310 – 1320, Maestro di San Martino alla Palma). Outras representações do sagrado também compõem a exibição, como o grandioso e pagão – com fortes marcas renascentistas – Himeneu Travestido Assistindo a uma Dança em Honra a Príapo (1638, Nicolas Poussin).

 

Gravuras do Louvre e a Exibição de uma Obra

Mulher de Azul Lendo Uma Carta, de Vermeer. Reprodução

Nesta temporada que se encerra, o Museu preparou uma exposição especial com desenhos e gravuras do renascimento alemão com obras cedidas pelo Museu do Louvre, em Paris. Luzes do Norte traz imagens recolhidas desde antes de Dürer bem como as do próprio autor símbolo do renascimento nórdico. São inúmeras amostras produzidas com as técnicas de buril, água forte e xilogravura. Em evidência temos a famosa xilogravura O Rinoceronte (1515, Dürer) em que o artista optou por representar a pele do animal como uma armadura simbolizando sua composição real.

Como parte de uma mostra itinerante, o quadro Mulher de Azul Lendo Uma Carta (1665, Vermeer) visitou o museu em seu périplo por Xangai, Los Angeles e São Paulo antes de retornar ao Rijksmuseum, de Amsterdã. A obra recém inaugurada faz parte da apaixonante representação da vida cotidiana a qual o mestre de Delft se dedicou em vida a produzir. A mostra composta por um único quadro traz os bastidores da restauração em outras duas salas do andar. Imagens radiografadas e computadorizadas apresentam os métodos reservados para a recuperação desta obra.

Os Ganhadores do Prêmio MASP e as Formas

A Bailarina de Catorze Anos, Degas. Reprodução

No subsolo do museu se encontram duas exibições ganhadoras do Prêmio MASP de Artes Visuais 2012. A interativa de Anna Maria Maiolino pode causar certa estranheza aos desacostumados com a arte contemporânea. São vídeos e sons que podem ser conversas, poemas ou ruídos em um convite às sensações. O desconforto acompanha inclusive ao entrar em uma sala escura em que uma câmara negra, quase como uma cela, emite choros e lamentos de alguém.

Já em um espaço mais aberto, a mostra de Paulo Nazareth denuncia as situações que imigrantes e expatriados enfrentam todos os dias. São fotos, colagens e intervenções que nos fazem parar por alguns momentos e olhar os rostos dos invisíveis. Ainda neste subsolo, a exposição Obsessões da Forma traz esculturas que fazem parte do acervo oficial do MASP, em evidência está a obra A Bailarina de Catorze Anos(1881, Degas) entre outras que se misturam entre achados arqueológicos e montagens quase dadaístas recentes de uma sociedade pós-moderna.

O MASP fica aberto à visitação de terça à domingo das 10h às 18h, às quintas das 10h às 20h e não abre às segundas.

Por Fabio Manzano
frmanzano1@gmail.com

6 comentários em “Nesta temporada: Museu de Arte de São Paulo (MASP)”

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