Por Ana Carolina Mattos (a.carolinamattosn@usp.br) e Maria Luisa Lima (malulima21@usp.br)
Em 25 de setembro de 2005, Fernando Alonso, aos 24 anos de idade, alcançou o pódio no Grande Prêmio do Brasil. Apesar de não ter alcançado o primeiro lugar, foi nesse dia que Alonso garantiu o posto de Campeão Mundial de Fórmula 1.
Consagrado como um piloto habilidoso, inteligente e acima de tudo, corajoso, Alonso sempre fez o possível para se destacar e vencer. Ao cruzar a linha de chegada em terceiro lugar no GP do Brasil da Fórmula 1, o espanhol de apenas 24 anos, um mês e 27 dias de vida superou o recorde de Emerson Fittipaldi – que levou o prêmio para casa 19 meses mais velho– , tornando-se o piloto mais jovem a vencer a mais prestigiada competição automobilística do mundo.
Piloto habilidoso, inteligente e acima de tudo, corajoso, Fernando Alonso sempre fez o possível para se destacar e vencer. Ao cruzar a linha de chegada em terceiro lugar no GP do Brasil da Fórmula 1, em 25 de setembro de 2005, o espanhol de apenas 24 anos, um mês e 27 dias de vida superou o recorde de Emerson Fittipaldi – que levou o prêmio para casa 19 meses mais velho– , tornando-se o piloto mais jovem a vencer a mais prestigiada competição automobilística do mundo.
Paixão desde cedo pelas pistas

Alonso conseguiu uma licença oficial para pilotar do Governo Espanhol aos quatro anos de idade [Imagem: Reprodução/Instagram/@fernandoalo_oficial]
Nascido no norte da Espanha em 29 de julho de 1981, Alonso começou sua história com o automobilismo cedo, aos 3 anos de idade. Seu pai, José Luís Alonso, comprou um kart para sua filha mais velha, Lorena Alonso, que caiu nas graças do pequenino Fernando.A partir daí, o espanhol se apaixonou pelo esporte e começou a correr e participar de campeonatos de karting, onde se destacou desde o início.
Acumulando vitórias desde os 7 anos de idade –a primeira delas em 1988, no Campeonato Infantil de Karting – Alonso se estabeleceu como um piloto competente e talentoso precocemente. Com pódios em quase todos os campeonatos iniciais que participou, foi em 1996 que a oportunidade de outras competições no mundo do automobilismo começaram a surgir.

Primeiro Kart de Fernando Alonso exposto em seu museu em Oviedo, sua cidade natal [Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons]
Durante a corrida Malboro Masters em Barcelona, Alonso chamou atenção do ex-piloto espanhol de Fórmula 1 Adrián Campos, na época dono e investidor de uma equipe que atuava no Campeonato Euro Open by Nissan Fórmula Nissan. Campos se interessou pelo desempenho e habilidade do piloto espanhol, tornando-se o primeiro empresário de Alonso, antes de iniciar sua carreira na Fórmula 1.

Fernando Alonso e seu empresário, Adrián Campos [Imagem:Reprodução/@fernandoalo_oficial]
Em 1999, Alonso concorreu e venceu o Euro Open by Nissan com a Campos Racing, equipe de seu então empresário. Depois de um desempenho impressionante, o piloto recebeu a primeira oportunidade de dirigir um carro de Fórmula 1, no famoso Circuito de Jerez, na Espanha. No ano seguinte, Alonso correu na Fórmula 3000, atual Fórmula 2, pela equipe Astromega. Apesar de ter terminado em quarto lugar, com apenas uma pole-position, o espanhol se destacou e, no ano seguinte, ingressou na Fórmula 1 pela histórica equipe Minardi.
Carreira na Fórmula 1
Em 4 de março de 2001, Alonso participou de sua primeira corrida de Fórmula 1, no Grande Prêmio da Austrália.O atleta terminou em 19° lugar, três posições acima de seu companheiro de equipe e já corredor da Fórmula 1, o brasileiro Tarso Marques.
No decorrer do ano, Alonso continuou a se destacar e mostrava consistência, controle e maturidade para alguém tão jovem, chegando a sair da 19° à 11° posição no Circuito de Suzuka. Com um desempenho promissor, Flavio Briatore, empresário do piloto à época, conseguiu tornar o espanhol piloto de teste da recém formada Renault, antiga Benetton, em 2002.
No ano seguinte, a Renault promoveu Alonso a piloto da equipe. A aposta ousada se concretizou com o atleta alcançando a sua primeira pole position na Fórmula 1, no Grande Prêmio da Malásia, em 23 de março, apenas sua segunda corrida pela Renault. Em seu primeiro ano com a equipe, o piloto terminou o campeonato em sexto lugar, com 55 pontos, 22 à frente de seu companheiro de equipe à época, Jarno Trulli.
Em 2004, a situação esfriou um pouco para Alonso, que não teve tanto destaque na temporada. Apesar de ter melhorado suas habilidades como piloto, teve apenas uma pole position, poucos pódios e encerrou a temporada sem nenhuma vitória. Naquele ano, havia pouco espaço para competição contra a hegemonia da Ferrari e de Michael Schumacher, que venceu o campeonato de pilotos e se tornou o primeiro heptacampeão da história da Fórmula 1, depois de cinco campeonatos vencidos consecutivamente. Mesmo assim, Alonso terminou a temporada em quarto lugar, atrás de Schumacher, do brasileiro Rubens Barrichello, também da Ferrari, e Jenson Button.
A temporada de 2005
Na temporada seguinte, o espanhol já tinha reputação de piloto promissor, com experiência consistente, mas ainda não tinha vencido um campeonato. Contudo, nesse ano, tudo convergiu para a vitória de Alonso pela Renault. A chave para mudar o cenário foi combinar um carro competitivo, estratégia, disciplina e constância, além de tirar proveito de fragilidades dos adversários.
A disputa foi intensa: seus principais adversários eram Kimi Räikkönen e Juan Pablo Montoya, da McLaren, e Michael Schumacher, da Ferrari. Porém, naquele ano a equipe italiana não exerceu o mesmo domínio de anos anteriores, o que abriu espaço para a Renault aproveitar a janela. Em entrevista ao Arquibancada, Guilherme Longo, repórter do site de notícias de automobilismo Motorsport, afirmou: “A Ferrari tinha errado muito no carro daquele ano e não representava nem a segunda força. A disputa do título do Alonso naquele ano era com o Raikkonen e a McLaren”.
O carro Renault R25, utilizado em 2005, provou-se um veículo muito bem projetado, com boa performance, confiabilidade, bons pneus, decisivos em diversas pistas, e uma equipe técnica bem organizada. Alonso iniciou a temporada muito bem: subiu ao pódio logo nas primeiras corridas, o que deu ritmo e confiança, além de construir uma vantagem pontual importante.
A vitória no GP da França, em Magny-Cours, foi marcante para a campanha. Alonso liderou todas as voltas e dominou a corrida, o que ampliou sua liderança no campeonato. Foi também a primeira vitória de um carro totalmente construído pela Renault no país europeu em décadas.O piloto espanhol venceu sete GPs em 2005: Malásia, Bahrein, San Marino, Europa, França, Alemanha e a última corrida da temporada, na China. O desempenho, então, garantiu 15 pódios ao longo da temporada.
Alonso chegou no GP de Interlagos, antepenúltima etapa antes do fim da temporada, precisando apenas garantir o terceiro lugar para levar a taça para a Espanha pela primeira vez, independente do resultado de seu rival da McLaren, Kimi Raikkonen.
Após conquistar a pole position, ele selou o título mundial de pilotos ao terminar em terceiro lugar em Interlagos, colocação suficiente para torná-lo campeão da temporada. Ao longo do ano, ele tinha acumulado uma vantagem de pontos que não poderia ser superada por seus rivais. Por mais que Kimi Raikkonen, da McLaren, fosse mais rápido na fase final da temporada, a Renault era mais confiável. “Ele [Raikkonen] perdeu muito ponto por falta de confiabilidade do carro”, comenta Guilherme.

Torcida espanhola marcou presença no GP do Brasil em setembro de 2005, na expectativa do título de Alonso [Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons]
Além do título de Alonso, a Renault também conquistou o Campeonato de Construtores naquele ano, já que seu colega de equipe, o italiano Giancarlo Fisichella, também obteve resultados positivos. A equipe terminou o campeonato com 191 pontos, ou seja: foi um double absoluto — pilotos + construtores.
“A vitória do Alonso significou uma mudança de paradigma, ele era o talento do futuro.”
Guilherme Longo
O impacto desse título
O troféu trouxe o reconhecimento definitivo para Alonso. Ele interrompeu o domínio de Michael Schumacher e da Ferrari, que vinham sendo referência absoluta nos anos anteriores. A vitória deu a ele liberdade para continuar explorando seu estilo de pilotagem, pressionar adversários, negociar papéis nas equipes e valorizar sua imagem globalmente.
Em 2006, o espanhol travou uma batalha intensa pelo título contra Schumacher, com cada um vencendo sete corridas. E novamente no GP do Brasil. se consagrou como bicampeão mais jovem da história e quebrava o recorde do próprio rival; feito que seria superado por Sebastian Vettel em 2011. O então heptacampeão mundial Michael Schumacher se aposentou ao final dessa temporada, terminando em segundo lugar, 13 pontos atrás do espanhol.

O título de 2005 deixou claro que Alonso não era mais apenas promessa, mas sim uma realidade entre os grandes da Fórmula 1 [Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons]
Mesmo em temporadas que o carro ou a equipe não estiveram no nível ideal, Alonso mostrou resiliência, mantendo-se competitivo. Isso contribuiu para uma carreira longa, marcada por reviravoltas, mas com espaço para reerguimento.
A vitória também influenciou o modo que as equipes olham para jovens talentos: Alonso era jovem, mas já tinha experiência. A conquista mostrou que investir em jovens pilotos, com bom suporte técnico, pode trazer resultados positivos.
A dobradinha de Alonso em 2005/2006 reafirmou sua capacidade técnica e estratégica para a Renault, além de confirmar a força da marca. O carro R25 entrou para a história, e muita gente considera aquela temporada como uma das mais equilibradas e bem executadas pela equipe. A competição entre construtores voltou a ter disputa clara: a Renault não só ganhou, como comprometeu uma dinâmica de menos concorrência no topo.
A quebra da hegemonia de Michael Schumacher e da Ferrari abriu uma nova fase.Essa mudança trouxe incerteza em relação a possíveis vencedores, o que trouxe mais competitividade à competição. “Foi uma mudança de geração, porque até então a gente tinha cinco anos consecutivos de Schumacher. Representou a passagem de bastão para essa nova geração, que depois seguiu com o Hamilton, e com o Vettel”, afirma Guilherme.
A valorização da consistência também foi um fator importante da temporada de 2005. Alonso não precisou vencer todas as corridas, mas foi constante, com poucos erros, evitando abandonos, erros grosseiros e falhas de estratégia. Isso mostrou que numa temporada longa, quem gerencia melhor os recursos – clima, pneus, confiabilidade do carro – sai na frente. Os times viram que não basta ter um piloto bom: precisa de equipe, de engenharia, de execução.
“É o início de uma carreira das mais brilhantes, um dos grandes pilotos da história da Fórmula 1”
Guilherme Longo
Alonso se consolidou como uma das grandes estrelas da F1, atraindo atenção de patrocinadores, da mídia e dos fãs. Além disso, a Espanha ganhou um novo herói esportivo global, o que gerou interesse pela Fórmula 1 no país, promovendo patrocínios e engajamento popular.
Alonso pós Campeão: o Anti-herói

Alonso e Hamilton no pódio, pela McLaren, e Kimi Räikkönen, em 2007 [Imagem:Reprodução/Wikimedia Commons]
Fernando Alonso é uma das figuras mais controversas do atual Grid da Fórmula 1. Por mais que sua postura tenha mudado nos últimos anos, o piloto esteve envolvido em alguns dos maiores escândalos da Fórmula 1 nos últimos 20 anos, desde brigas com seu colegas de equipe na McLaren, como Lewis Hamilton, que afetaram o campeonato de ambos em 2007, até escândalos de espionagem e o controverso crashgate.
Em 2007, o britânico e futuro heptacampeão Lewis Hamilton chegou na Fórmula 1 e já tinha Alonso, bicampeão mundial, como seu companheiro de equipe na histórica McLaren. Naquele ano, Hamilton já se destacava e mostrava a que veio, enquanto Alonso, apesar de manter seu rendimento, encontrava problemas com o novo regulamento, novos pneus e, acima de tudo, a equipe, que priorizava Hamilton e seu carro, chegando a descrevê-lo como um “carro anti-Fernando”.
Mas a situação alcançou seu estopim durante o final de semana do Grande Prêmio da Hungria. No sábado, segundo dia do GP, Alonso deveria liderar o treino mas no meio do processo, Hamilton o ultrapassou e se negou a devolver a posição, alegando que se o fizesse, o finlandês Kimi Räikkönen poderia ser beneficiado. Em retaliação a toda tensão e com essa “última gota”, Alonso resolveu agir nos momentos finais do Q3.
Alonso foi para o box e, em seguida, seria a vez de Hamilton, que liderava o tempo até então. Com 1 minuto e 48 segundos restante para o fim do Q3, o tempo era suficiente para que ambos pilotos da McLaren completassem a qualificação. Quando Alonso foi liberado, o espanhol não se moveu por 10 segundos. Depois de muitos conflitos e confusões por parte da equipe, Alonso finalmente se moveu, mas a última volta de Hamilton na qualificação já estava prejudicada pois não teria mais tempo de realizá-la.
Apesar de ter alcançado a pole na qualificação, Alonso sofreu uma penalidade de cinco posições no grid, enquanto Hamilton passou de segunda posição para pole, e acabou vencendo a corrida. Ao final do ano, Alonso e Hamilton terminaram empatados com 109 pontos, e alguns acreditam que a pungente rivalidade entre eles tenha custado o campeonato para ambos, que naquele ano, acabou nas mãos de Räikkönen.
No mesmo conturbado ano de 2007, um escândalo de espionagem da McLaren surgiu na Fórmula 1, o chamado Spygate. A equipe inglesa foi acusada de deter dados e informações confidenciais sobre o carro da Ferrari, que foram passados pelo então mecânico chefe do time italiano, Nigel Stepney, a engenheiros e funcionários da equipe britânica, incluindo o engenheiro chefe da equipe, Mike Coughlan. O caso foi abordado com grande seriedade pela justiça italiana, que indiciou todos os envolvidos por espionagem industrial.
O envolvimento de Fernando Alonso nesse assunto é um tanto quanto obscuro. Apesar de nenhuma ligação direta com o caso, de acordo com investigações da Federação Internacional Automobilística (FIA), Alonso é considerado por muitos fãs do esporte como o responsável pela explosão do escândalo. Supostamente, o espanhol enviou e-mails a instituição, que indicavam que o CEO da McLaren, Ron Dennis, sabia do esquema de espionagem e troca de informações. Mesmo sem saber ao certo se foi Alonso que de fato levou essas informações, foi o piloto que levou a culpa pelas novas descobertas da FIA. A situação toda levou a equipe britânica a pagar a maior multa da história da Fórmula 1, no valor de US$100 milhões e a desclassificação da equipe do campeonato de construtores de 2007.
Em 2009, outro grande escândalo explodiu: o Crashgate. O termo faz referência ao Grande Prêmio de Singapura de 28 de setembro de 2008. O caso envolveu diretamente a equipe Renault, cujos pilotos à época eram o estreante Nelson Piquet Júnior, filho do brasileiro tricampeão mundial Nelson Piquet, e Fernando Alonso, saído de sua polêmica e traumatizante temporada anterior.
Até o evento, a Renault não ia bem como era esperado, com nenhuma pole até então. Na 14ª volta da corrida, porém, o rookie Piquet Júnior bateu. O acidente acionou o safety car, que numa particularidade da época beneficiou diretamente Alonso, que pode subir de posição aos poucos durante a corrida e acabou vencendo o GP.

Carro de Nelson Piquet Júnior após a batida na 14º volta [Imagem: Reprodução/WikiMedia Commons]
“O primeiro pódio e a primeira vitória dessa temporada e estou extremamente feliz. Eu não consigo acreditar, acho que preciso de alguns dias para compreender que ganhamos uma corrida”
Fernando Alonso
O acidente foi uma grande e milagrosa surpresa para a Renault. Entretanto, tal surpresa foi desmascarada no ano seguinte. Depois de uma fraca temporada, Piquet Júnior deixou a Renault e revelou que o acidente foi, na verdade, arquitetado pela própria equipe, visando beneficiar Alonso.
Segundo depoimentos do brasileiro e investigações conduzidas pela FIA, Flavio Briatore, chefe da Renault à época, pediu para que Piquet Júnior batesse o carro. A equipe foi suspensa da Fórmula 1 por dois anos, e Briatore e Pat Symonds, engenheiro da equipe, foram indiciados e suspensos do esporte até 2013.
Nelson Piquet Júnior e Fernando Alonso foram inocentados no caso. Apesar disso, Felipe Massa, o principal afetado por toda a questão e futuro colega de equipe do piloto espanhol durante seu também conturbado período na Ferrari, acredita que Alonso sabia da situação. Atualmente, Massa move uma ação judicial contra a FIA em busca de uma possível retaliação sobre o título de 2008.
Os dias atuais

Alonso após o prêmio das 24 horas de Le Mans, em 2019 [Imagem: Reprodução/Instagram/@fernandoalo_oficial]
Em 2025, Alonso completou 400 entradas em Grandes Prêmios, apesar de um pequeno momento fora da categoria, entre 2019 e 2020, procurando novos desafios no automobilismo. Nesse meio tempo, venceu duas vezes as 24 horas de Le Mans e uma vez as 24 horas de Daytona, além de participações na Indy 500.
Depois disso, Fernando retornou à Fórmula 1 em 2021 pela equipe Alpine, e desde 2023, corre pela Aston Martin, do empresário Lawrence Stroll. O bicampeão foi uma das grandes apostas da equipe, que vem crescendo nos últimos anos e visa se tornar mais competitiva e dominante na categoria.
Com 44 anos, Alonso é o piloto mais velho do grid atual e ainda se mantém como um dos pilotos mais aclamados do esporte. Em entrevista ao Arquibancada, Lívia Veiga, repórter do Motorsport, afirma que o espanhol ainda entrega muito mais do que é esperado na sua idade. “Ele já tem 44 e ainda luta por pontos, ainda está ali como referência. É alguém em que a Aston Martin sabe que pode confiar, com tanta informação e conhecimento que se torna uma peça chave para qualquer desenvolvimento”, aponta a jornalista.

Alonso e seu companheiro de equipe, Lance Stroll [Imagem: Reprodução/fernandoalo_oficial]
Veiga reforça que, apesar da idade, Alonso se mantém consistente. “Depois das corridas, ele deixa o carro visivelmente cansado e mais abatido que os outros pilotos, mas era de se esperar que um cara da idade dele tivesse problemas para lidar com a agenda apertadíssima, a força G e todas as exigências do mundo do automobilismo”. A jornalista ainda completa: “acredito que é isso que faz ele ser tão respeitado – o fato dele ser tão apaixonado pelo esporte e praticamente fazer da Fórmula 1 o único objetivo de vida dele”.
Atualmente, Alonso também tem ganhado grande destaque por sua atuação como empresário. A empresa de assessoria do piloto, a A14, agencia nomes como Gabriel Bortoleto, a nova promessa brasileira dentro da Fórmula 1, e que integra a equipe da Sauber. Veiga afirma que “é interessante ver como o Fernando consegue encontrar os talentos e selecionar para os colocar ‘debaixo do braço’. Tantos anos vendo pilotos indo e vindo, traz esse conhecimento de só bater o olho e saber se dá para confiar ou não.”Alonso atua não só como um empresário, já que Bortoleto também revelou que Alonso serve quase como um guru nas pistas, dando conselhos sobre corrida e foco para o novato.
“Ver como o Gabriel cresceu e virou o centro das atenções também mostra o sucesso que o Alonso tem em apadrinhar as pessoas certas”
Lívia Veiga

Alonso e Bortoleto no Grid de 2025 [Imagem: Reprodução/Instagram/@gabrielbortoleto_]
Imagem de capa:[Reprodução/Wikimedia Commons]
