Por Camilla Freitas
A maior competição de automobilismo no mundo, a Fórmula 1, atrai o público, na maior parte dos casos, não por seus atletas, os pilotos, mas pelos seus carros. Há quem diga que, numa corrida, piloto e carro são uma coisa só, e que, acima deles, só a ordem da equipe – que, corriqueiramente, acaba favorecendo apenas um de seus esportistas. Mas o que importa é que, desde que a modalidade foi criada, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 9 de Setembro de 1945, a modernidade e a dinamicidade dos carros chama cada vez mais a atenção dos torcedores.
Em 13 de maio de 1950, no Circuito de Silverstone, na Inglaterra, iniciava-se a primeira Fórmula 1 da história, que teve como vencedor o italiano Giuseppe (Nino) Farina, que disputou com o Alfa Romeo 158. Mesmo mostrando uma tecnologia e um estudo de física avançados nos carros, estes ainda eram denominados automóveis “pré-guerra”. Isso porque foi muito complicado para as equipes investirem nos veículos durante a crise de seus países no pós-guerra, uma vez que as principais encontravam-se na destruída Europa Ocidental.
Contudo, conforme os europeus se recuperavam dos desastres da guerra e garantiam, com ajuda financeira dos Estados Unidos, o melhoramento de sua economia, as equipes iam se modernizando e investindo cada vez mais em motores mais sofisticados. Com motor de 4,5 litros, a Ferrari passa a dominar completamente a competição nos anos de 1952 e 1953, deixando para trás as Alfettas (da Alfa Romeo) que mesmo tendo apresentado uma evolução do 158, agora com duas etapas de compressores no Alfa 159, não teve seu motor de 1,5 litros pário para os seus conterrâneos italianos. Em 1954, porém, os motores potentes da Ferrari não garantem mais o título de campeão. Um motor de 2,5 litros da Mercedes-Benz em um carro menor torna a equipe bicampeã, mas um acidente trágico afasta mais uma equipe da Fórmula 1.
No vídeo abaixo, algumas imagens do acidente de 1955. Considerado o maior da história do automobilismo, ele matou 84 espectadores que assistiam a corrida, além do piloto francês da Mercedes, Pierre Levegh. O próprio acidente fez com que a equipe se retirasse da Fórmula 1 e só voltasse em 1989.
Durante a primeira década da competição, período este em que os carros não exibiam o logo de nenhum patrocinador, a identificação das nacionalidades das equipes era feita através da coloração dos veículos.
Cada nacionalidade recebia uma cor como padrão, mas esse marco do design desses carros foi se perdendo ao longo da década de 1960 uma vez que os patrocinadores passaram a fazer parte da anatomia dos mesmos. O Lotus 49, além de ser o primeiro carro a utilizar o motor Ford Cosworth, cuja importância e competitividade se estendeu até os anos de 1980, também foi o primeiro carro a mudar seu design externo devido a um patrocinador, os cigarros Gold Leaf, criando até uma parceria que levaria o nome de Gold Leaf Lotus. O tradicional verde britânico foi mudado e trocado pelo dourado, branco e laranja, as cores da empresa de cigarros.
Além dessa mudança, os anos 60 trariam para a Fórmula 1 o vigor e a “cara” que ela possui até hoje. Foram os anos dourados para as equipes que passaram a fabricar carros menores (beneficiados cada vez mais pela aerodinâmica), com o moderno e inovador motor traseiro, com pneus mais grossos, suspensões mais sofisticadas e a tecnologia de 4 válvulas por cilindro. Isso acompanhou os carros da competição até os dias atuais. O que vem acontecendo com o tempo é a mudança, significativa, do design externo, os carros tornaram-se muito mais dinâmicos em sua aparência, o que é demonstrado pela frente dos carros mais achatadas e suas traseiras mais planas. Tudo isso alinhado com a tecnologia da informática e da cibernética que são responsáveis por fazer com que esses automóveis sejam cada vez mais rápidos e tenham a influência cada vez menor do piloto e mais da equipe como um todo.
Durante a primeira década da competição, período este em que os carros não exibiam o logo de nenhum patrocinador, a identificação das nacionalidades das equipes era feita através da coloração dos veículos.
Cada nacionalidade recebia uma cor como padrão, mas esse marco do design desses carros foi se perdendo ao longo da década de 1960 uma vez que os patrocinadores passaram a fazer parte da anatomia dos mesmos. O Lotus 49, além de ser o primeiro carro a utilizar o motor Ford Cosworth, cuja importância e competitividade se estendeu até os anos de 1980, também foi o primeiro carro a mudar seu design externo devido a um patrocinador, os cigarros Gold Leaf , criando até uma parceria que levaria o nome de Gold Leaf Lotus. O tradicional verde britânico foi mudado e trocado pelo dourado, branco e laranja, as cores da empresa de cigarros.
Além dessa mudança, os anos 60 trariam para a Fórmula 1 o vigor e a “cara” que ela possui até hoje. Foram os anos dourados para as equipes que passaram a fabricar carros menores (beneficiados cada vez mais pela aerodinâmica), com o moderno e inovador motor traseiro, com pneus mais grossos, suspensões mais sofisticadas e a tecnologia de 4 válvulas por cilindro. Isso acompanhou os carros da competição até os dias atuais. O que vem acontecendo com o tempo é a mudança, significativa, do design externo, os carros tornaram-se muito mais dinâmicos em sua aparência, o que é demonstrado pela frente dos carros mais achatadas e suas traseiras mais planas. Tudo isso alinhado com a tecnologia da informática e da cibernética que são responsáveis por fazer com que esses automóveis sejam cada vez mais rápidos e tenham a influência cada vez menor do piloto e mais da equipe como um todo.