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Presente em todas as copas desde 2006, Suíça quer se consolidar entre as principais coadjuvantes do futebol mundial

Novamente no grupo do Brasil, a qualidade da seleção suíça não é mais surpresa: vence grandes equipes e vende muito caro suas derrotas

Conhecida pela solidez defensiva e por vender caro suas derrotas, a Suíça espera repetir feito de quatro anos atrás na Copa do Mundo da Rússia, quando se classificou invicta em um grupo com Brasil e Sérvia. No caminho até o Catar, os suíços passaram pelas eliminatórias da Europa na primeira colocação do grupo, despachando a tetracampeã mundial e atual campeã europeia Itália para a repescagem, onde foram derrotados pela Macedônia do Norte e não conseguiram a vaga para o Mundial pela segunda vez consecutiva.

Os números da campanha nas Eliminatórias mostram a consistência da equipe: em oito jogos, foram cinco vitórias, três empates e nenhuma derrota. 15 gols marcados e apenas dois gols sofridos. Sob o comando do novo treinador, Murat Yakin, a Suíça sofreu apenas um gol, justamente para a Itália em um empate na penúltima rodada.

Apesar da boa campanha, o feito mais marcante da seleção suíça no ciclo de 2018 para 2022 sem dúvidas aconteceu na Euro 2020 — disputada em 2021 por conta da pandemia da covid-19 —, quando os suíços eliminaram a França nas oitavas de final da competição. A partida chegou a estar 3 a 1 para os franceses, mas foram surpreendidos nos minutos finais por dois gols da Suíça, que venceu nos pênaltis. Nas quartas de final levou novamente a adversária, agora a Espanha, a uma disputa de pênaltis, na qual saiu derrotada. Foi a melhor campanha da história da Suíça no torneio.

Após a Euro, veio a troca de comando com a saída de Vladimir Petkovic, que treinava a seleção desde o fim da Copa do Mundo de 2014. Apesar de contar com muitos jogadores remanescentes do elenco que foi à Rússia quatro anos antes, a equipe de Murat Yakin não é a mesma. Dos jogadores que entraram em campo na estreia do mundial anterior contra o Brasil, apenas cinco — menos da metade da equipe — fizeram parte da escalação inicial no Catar: o goleiro Sommer; os defensores Rodríguez e Akanji; e os meias Xhaka e Shaqiri, as principais esperanças da equipe.

Convocados da seleção suíça. [Imagem: Reprodução/Twitter]

A Suíça está no grupo G com Brasil, Sérvia e Camarões, e estreou na competição contra os camaroneses. Depois de um duro primeiro tempo, onde não conseguiu trabalhar a bola com efetividade e sofreu ameaças de gol da seleção camaronesa, os suíços retornaram para o segundo tempo com uma melhora na organização defensiva e na construção dos rápidos contra-ataques. Em um deles, Shaqiri serviu Breel Embolo,que balançou as redes mas não comemorou. O atacante é nascido em Camarões, mas se naturalizou suiço. 

O confronto contra a seleção brasileira é no dia 28, às 13 horas, e a Suíça deve se comportar de forma defensiva, com pressão na saída de bola, execução de faltas, e tentativas de contra-ataques rápidos.

Retrospecto Histórico

O retrospecto da Suíça não está na relação de qualidades da equipe. A seleção nunca ultrapassou o estágio das quartas de final, onde esteve pela última vez em 1954. Desde então, o melhor desempenho do esquadrão da cruz vermelha em grandes competições foi justamente a campanha na Euro 2020, também até as quartas de final. Caminhando para a primeira partida na sua 12ª edição de Copa do Mundo, os suíços se motivam pelos bons resultados nas últimas três estreias em copas anteriores: Em 2010, venceram por 1 a 0 a seleção espanhola, que não só era favorita, como também veio a se sagrar campeã do mundo naquele ano; Em 2014, no estádio Mané Garrincha, venceu por 2 a 1 a seleção equatoriana; Na Rússia, em 2018, não venceu, mas conseguiu empatar por 1 a 1 com o Brasil, um dos favoritos na competição.

Olho neles!

Xherdan Shaqiri: Nascido no Kosovo, com pais albaneses que imigraram para a Suíça, Shaqiri já foi chamado de “Messi dos alpes”, devido à baixa estatura e à habilidade com a bola, principalmente na perna canhota. Foi o grande craque da seleção suíça nas duas últimas copas do mundo: Em 2014, no Brasil, fez um hat-trick na fase de grupos e foi um dos líderes da equipe que caiu para a vice-campeã Argentina nas oitavas de final; na Rússia, fez o gol que sacramentou a virada contra a rival Sérvia e garantiu a vaga de sua equipe no mata-mata. Com 31 anos, já não está mais no auge e nem atuando nos grandes clubes europeus — jogou no Bayern de Munique e no Liverpool. Atualmente defende o Chicago Fire na Major League Soccer, pelo qual  já marcou nove gols e deu nove assistências na temporada.

Granit Xhaka: Companheiro de Gabriel Jesus e Martinelli, capitão do Arsenal — atual líder da Premier League — e da seleção suíça, Xhaka é “o cara” do time. No gigante inglês desde 2016, o jogador faz uma bela temporada com três gols, três assistências e muita contribuição para o meio campo da equipe neste ano. Discreto na estreia, pode ser muito perigoso se tiver liberdade para trabalhar a bola ou finalizar de longa distância. Em 2018, fez o gol que empatou o jogo decisivo contra a Sérvia e que ajudou a classificar a seleção às oitavas.

Goleiro Yann Sommer com o prêmio de melhor jogador da partida. [Imagem: Reprodução/Twitter @nati_sfv_asf]

Vale uma menção honrosa para o goleiro Yann Sommer, do Borussia Mönchengladbach, um dos destaques na partida contra Camarões, e para o atacante Breel Embolo do Mônaco, autor do gol da vitória na estreia da Suíça na Copa do Mundo.

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