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Hebe — A Estrela do Brasil: mais do que nostálgico, político

São Paulo, anos 1980. O Brasil vive uma de suas piores crises e a abertura política. É nesse contexto que o filme Hebe — A Estrela do Brasil (2019) se passa. O longa conta apenas um pouco da extensa história de Hebe Camargo (Andréa Beltrão), a famosa cantora e apresentadora brasileira, conhecida como “rainha da …

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São Paulo, anos 1980. O Brasil vive uma de suas piores crises e a abertura política. É nesse contexto que o filme Hebe — A Estrela do Brasil (2019) se passa. O longa conta apenas um pouco da extensa história de Hebe Camargo (Andréa Beltrão), a famosa cantora e apresentadora brasileira, conhecida como “rainha da televisão brasileira”.

Mais do que a carreira de Hebe e sua migração da Bandeirantes para o SBT, o filme retrata suas intimidades, sua relação com o marido e com o filho e seu consumo excessivo de álcool, o que não dá para saber se era exatamente daquele jeito. 

Todo o machismo, a censura que ela enfrentou também aparecem. 

Hebe levava homossexuais e transsexuais para seu programa, falava sobre preconceito e sobre política. A veracidade desse lado de Hebe já pode ser melhor atestada por quem assistia seus programas. Tanto que, muitas falas do filme, como: “Eu não defendo só as bichas, não. Eu defendo as bichas, os travestis, os aposentados, os desempregados. Eu defendo as mães solteiras. Eu defendo quem eu sinto que precisa. Eu defendo o que eu acho certo” e “A Hebe não é de direita, a Hebe não é de esquerda, a Hebe é direta”, foram retiradas de declarações da própria apresentadora.

O filme busca retratar essa luta de Hebe contra a censura ainda existente no período de transição do regime militar para a democracia. Por esse motivo, o filme é político. Ele mostra a apresentadora como desafiadora da ditadura, enfrentadora dos padrões da década de 1980. 

Andréa Beltrão como Hebe em cena que fala sobre política em seu  programa [Imagem: Reprodução]

Ao mostrar essa sua luta contra a censura ― não tão distante da atualidade ― , o longa nos convida a pensar sobre a liberdade de expressão e a repressão, além de ressaltar o lado ativista de Hebe. 

Além disso, a veracidade da produção também está na caracterização de Andréa Beltrão como Hebe. Mérito não só da atriz, que incorporou muito bem a apresentadora, seu jeitinho de falar e sua linguagem corporal, mas também de toda a equipe, que a ajudou a fazê-lo: maquiadora, cabeleireira, professora de prosódia, etc. 

O figurino extravagante de Hebe também foi representado fielmente no filme. Para tal, suas próprias roupas, sapatos e jóias foram utilizados na produção.

Com cenas que trazem seu lado irônico e fazem o espectador rir, além da utilização ângulos de câmera fora dos comuns, o longa conseguiu passar a extravagância, a exuberância, mas também as intimidades e as convicções de Hebe. 

Para quem não era nem nascido quando sua carreira na televisão se encerrou, o filme é uma bela oportunidade de conhecer um pouquinho dessa grande figura. E para quem a acompanhou, de lembrar o que tinha de tão especial na rainha da televisão brasileira. 

O longa tem estreia prevista para o dia 26 de setembro. Confira o trailer:

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