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42ª Mostra Internacional de SP: Conversa com Ele

Este filme faz parte da 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Para mais resenhas do festival, clique aqui. Hector Babenco foi um grande diretor brasileiro, reconhecido tanto por aqui aqui quanto internacionalmente e responsável por filmes como Carandiru (2003) e O Beijo da Mulher Aranha (1985). Após a sua morte, em 2016, sua …

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Este filme faz parte da 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Para mais resenhas do festival, clique aqui.

(Imagem: Divulgação)

Hector Babenco foi um grande diretor brasileiro, reconhecido tanto por aqui aqui quanto internacionalmente e responsável por filmes como Carandiru (2003) e O Beijo da Mulher Aranha (1985). Após a sua morte, em 2016, sua esposa, a atriz (e agora cineasta) Bárbara Paz, decidiu fazer um filme em sua homenagem.

O longa em questão ainda está em desenvolvimento, mas um pequeno vislumbre foi oferecido ao público de uma sessão especial da Mostra de SP ocorrida no último sábado. Conversa com Ele (2018) é um curta montado a partir de uma entrevista feita para o documentário sobre Babenco, e tem como personagem principal o escritor e médico Dráuzio Varella. Ele e a diretora estavam presentes na sessão para apresentar o projeto.

(Imagem: Divulgação)

Como explica Bárbara, o curta foi feito praticamente em um único take. Sua recomendação a Dráuzio foi que falasse com a câmera como se falasse com Babenco, o que resultou num momento de desabafo extremamente sincero.

Ao longo de 27 minutos, assistimos atentos à “conversa com ele” se desenrolar de um monólogo tímido para uma declaração profunda e de enorme sensibilidade. Dráuzio e Hector eram amigos desde meados dos anos 80. O cineasta passou boa parte da vida lutando contra o câncer, e Dráuzio era um dos médicos que atendia. Tendo o perigo da morte como pano de fundo, a amizade dos dois apenas se tornou mais forte no decorrer das décadas seguintes. No filme, Dráuzio fala sobre as coincidências que fez com que eles se juntassem, e como aquela relação evoluiu e se transformou com o tempo.

Conversa com ele tem um tom quase solene. A fotografia em preto e branco, com uma espécie de filtro que torna a imagem embaçada em alguns momentos, faz parecer que estamos vendo um sonho, ou de fato a visão do além que teria o próprio Hector, onde quer que esteja. É um ótimo trabalho de direção, e deixa ansiedade para o produto final que Bárbara Paz vem preparando.

Após o curta, foi exibida a cópia restaurada de Pixote: A Lei do Mais Fraco (1980), um dos grandes trabalhos de Babenco.

por Matheus Souza
souza.matheus@usp.br

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