Jornalismo Júnior

logo da Jornalismo Júnior
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

42ª Mostra Internacional de SP: Na Estrada da Felicidade

Este filme faz parte da 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Para mais resenhas do festival, clique aqui. Hsin-Yin Sung dirigiu em 2013 um curta intitulado Na Estrada da Felicidade (On Happiness Road), que acabou originando o longa homônimo de 2017 que fez parte da 42º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O …

42ª Mostra Internacional de SP: Na Estrada da Felicidade Leia mais »

Este filme faz parte da 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Para mais resenhas do festival, clique aqui.

(Imagem: Divulgação)

Hsin-Yin Sung dirigiu em 2013 um curta intitulado Na Estrada da Felicidade (On Happiness Road), que acabou originando o longa homônimo de 2017 que fez parte da 42º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

O filme começa de forma um tanto confusa, os primeiros minutos mostram cenas desconexas e sem conclusão. Logo notamos que se trata de um sonho, o qual ganha caráter ainda mais fantasioso graças aos efeitos que a forma de desenho animado do filme permite.

Quando a história começa realmente a ser contada somos apresentados à Chi, uma menina que resolveu tentar a vida nos Estados Unidos depois do fim de seus estudos em Taiwan, mas que se questiona constantemente sobre o ponto em que sua vida chegou. Uma ligação de sua família comunicando a morte de sua avó muda completamente sua rotina, fazendo com que ela tenha que voltar à estrada da felicidade, endereço da família em sua cidade natal, onde é obrigada a encarar suas memórias e seus antigos sonhos.

Assim, a obra vai intercalando entre cenas que narram a vida atual de Chi e sua infância naquela cidade. Passa pela desconstrução da imagem dos pais, mostrando quase que uma inversão de papéis quando a menina percebe que seus antigos heróis agora precisam de maior atenção e cuidado. O filme ainda fala sobre amizades de um jeito muito natural e delicado, mostrando que às vezes as pessoas seguem caminhos diferentes que podem levar a um reencontro no futuro ou não, mas que essas despedidas fazem parte da vida.

(Imagem: Ablaze Image Ltd.)

A principal questão trabalhada pelo longa é a relação entre o que é nativo, cultural e o que vem de fora. Isso é colocado em vários momentos diferentes, como quando a avó que mora no interior vai visitar a família na cidade e seus costumes acabam sendo julgados selvagens de mais. Diante da situação, Chi começa a fantasiar e ter pesadelos onde a progenitora de sua mãe é um monstro, o engraçado disso é que os sonhos ruins só param de acontecer quando a avó faz um pequeno ritual, comum na parte rural do país, para acabar com eles.

Enquanto a questão do que é estrangeiro aparece, por exemplo, no desenho assistido pela menina quando pequena, em sua amizade mais próxima ser com a criança que veio de outro país, e até o chocolate que ela gosta tem a marca de outro lugar. Crescendo influenciada por tudo isso, seu maior sonho é sair do lugar onde vive e conquistar o mundo, mais especificamente, os Estados Unidos.

Assim ela cresce, estuda, viaja para o país que tanto almejava, consegue um emprego, se casa, e mesmo assim não se sente completamente feliz. A morte da avó, que era um dos poucos símbolos de pertencimento da garota, junto a uma crise no casamento e uma desilusão com o trabalho, fazem com que Chi pare para se questionar sobre quem é e o que realmente quer.

O nome do filme, por fim, acaba combinando muito bem com ele, mostrando que o sonho americano da menina lhe custou anos de algo que ela nem sabia que lhe faltava. A estrada da felicidade sempre a levou de volta para casa.

Confira o trailer:

por Maria Laura Lopez
laura_lopez.8@usp.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima