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7 motivos para ler “Cadê você, Bernadette?”

Bee é uma garota de 15 anos com boletim impecável. Depois de se formar com louvor em Galer Street, uma escola da elite de Seattle, a garota ganha de presente dos pais o direito de realizar um sonho: conhecer a Antártida. Elgin, seu pai, é um super nerd que trabalha na Microsoft e tem a …

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Bee é uma garota de 15 anos com boletim impecável. Depois de se formar com louvor em Galer Street, uma escola da elite de Seattle, a garota ganha de presente dos pais o direito de realizar um sonho: conhecer a Antártida.

Elgin, seu pai, é um super nerd que trabalha na Microsoft e tem a quarta palestra mais vista no TED. Por isso, ele é muito requisitado e está trabalhando cada vez mais no que pode ser o projeto da sua vida: o Samantha 2. Sendo assim, Elgin tem se tornado cada vez mais ausente na vida da filha e ainda menos conectado com sua esposa, Bernadette.

Quando o assunto é a mãe da família, os fatos não são nem um pouco convencionais. Considerada uma gênia da arquitetura, Bernadette parou de atuar na área há muitos anos, por motivos que ninguém entendeu direito. Além de ter problemas com o convívio social, Bernadette Fox é uma pessoa singular no meio em que vive.

O ápice do livro ocorre quando, poucos dias antes da viagem para a Antártida, a mãe de Bee desaparece. Isso mesmo, some do mapa! Agora Bee vai mergulhar em uma profunda viagem para conhecer quem, de fato, é essa mulher que ela admira tanto.

Pensando em tudo isso, o Sala 33 elencou abaixo alguns motivos que fazem a leitura dessa história misteriosa, leve e, acima de tudo, engraçadíssima.

1. A autora

Publicado em 2012, Cadê você, Bernadette? foi escrito pela norte-americana Maria Semple, que sempre sonhou em se tornar escritora. Ela começou escrevendo para séries de televisão, como Beverly Hills, 90210, Mad About You e Arrested Development. Em certo ponto da carreira, Semple escreveu até mesmo para o Saturday Night Live e para o programa Ellen.

Mas, por que a autora é tão importante? Além dos motivos óbvios, a experiência de Maria Semple em escrever para programas cômicos fez com que o humor dentro do livro fluísse de forma natural e inteligente. As piadas e a pitada de ironia evidenciam ainda mais o caráter cômico da norte-americana.

Mesmo assim, vale lembrar que o livro não é um “besteirol”: Maria Semple consegue criar uma narrativa fluida e empolgante, que faz os leitores, literamente, devorarem o livro.

2. Linguagem (literalmente, a forma que o livro foi escrito)

A técnica utilizada por Maria Semple é notável. A história, em sua maior parte, não é contada por narração direta, mas por outros tipos de escrita. Como assim? Bom, pra falar a verdade a narrativa ocorre por meio de e-mails, artigos de revista, cartas e até mesmo relatórios policiais. Esse modo de escrita dá aquela “pitadinha final” de humor, e consagra Semple como ótima comediante.

Mesmo assim, o livro ainda apresenta partes com narrativa direta. Nelas, a história é contada pela própria Bee, e possibilita termos uma noção maior do que a menina pensa sobre toda a situação confusa pela qual está vivendo.

3. Audrey Griffin

Audrey Griffin é uma das personagens coadjuvantes mais divertidas que já conheci. Nela, se apresentam características típicas de uma “fofoqueira de bairro”, o a torna muito engraçada.

Griffin é um tanto quanto intrometida, fofoqueira e até um pouco hipócrita, mas mesmo assim não tenho medo de afirmar que todos nós conhecemos (ou ainda conheceremos) alguém igual a ela em nossas vidas. Afinal, quem nunca se deparou com aquela pessoa que fala mal do bairro inteiro? Ou até mesmo com alguém que fala dos outros, mas não olha pro próprio umbigo? A graça da personagem mora exatamente aí! Em muitos momentos durante a leitura do livro você para e pensa “nossa, mas a fulaninha me lembra muito a Sra. Griffin!”.

Também vale lembrar que a personagem tem seus méritos próprios. A sequência singular de fatos que ocorre com a “mexeriqueira” do bairro é engraçadíssima, e nos gera boas risadas.

Além disso, também vale a pena acompanhar a jornada de Audrey Griffin durante o livro. No final, o leitor se apegada a ela e até mesmo torce pela mulher, que tem um destino um tanto quanto inesperado.

4. Esse é um livro reflexivo (ou não)

Por mais cômico que seja, Cadê você, Bernadette? pode ser considerado um livro reflexivo. O estilo de vida levado pela família, o contato superficial entre Elgin e Bee e os problemas psicológicos de Bernadette possibilitam reflexões para o leitor, tal como a superficialidade dos relacionamentos atuais e a atenção que damos aos que amamos.

Ao mesmo tempo, Cadê você, Bernadette? também pode ser considerado um “livro de fim de semana”. Isso porque, por mais que traga algumas reflexõezinhas durante a narrativa, a história é leve e é contada de forma fácil de entender.

Sendo assim, o leitor só torna o livro “filosófico” até certo ponto (e só se quiser), porque a própria história não possibilita muito mais que isso.

5. Antártida

Após ter se formado com um boletim impecável, Bee ganha o direito de pedir qualquer coisa para os pais. Sendo a “típica adolescente” que é, a garota pede uma viagem com a família inteira para a Antártida. Por isso, outro dos pontos positivos do livro que não poderia ficar fora dessa lista, é o retrato super realista do Continente Branco.

A viagem é relatada por Bee de forma impecável, possibilitando ao leitor uma nova visão do que é a “Antártida turística”. Isto é: a história nos leva ao conhecimento mais profundo do que é o Continente, dos animais que lá habitam e até mesmo da vida daqueles que moram nesse lugar tão gelado.

Por isso, dá pra afirmar que Cadê você, Bernadette? também traz alguma forma de conhecimento para quem o lê (o que é um ponto a mais para o livro).

6. Bernadette Fox é uma personagem real

Bernadette Fox, a mãe de Bee, é apresentada como uma mulher singular. Além de ter fobia de lugares cheios, a senhora Fox não tem amigos, é muito frustrada em relação a sua vida profissional e detesta qualquer tipo de convívio social. Apesar (e por causa) de tudo isso, posso dizer que Bernadette é uma personagem muito real.

Por ter todas essas fobias, ser ansiosa e até um pouco depressiva, a mulher pode ser considera um retrato exagerado (ou não) de muitas pessoas que vivem em nossa sociedade. Assim como Audrey Griffin, Bernadette também retrata um perfil recorrente no mundo de hoje: uma pessoa acelerada, com problemas de relacionamento e que detesta a vida que vive, não parece tão distante da realidade de algumas pessoas.

Por esses motivos, a leitura do livro possibilita que percebamos o que de fato ocorre com algumas pessoas que conhecemos (e até mesmo notar os problemas psicológicos delas). Não minto quando digo, pensando mais a fundo, que o livro me possibilitou uma nova visão desses problemas psicológicos e me despertou o interesse para descobrir o que, realmente, se passa com quem tem esses problemas.

7. Uma leitura descontraída

Pensando em tudo que foi dito até agora, ressaltando a sinopse interessante e a graça sempre presente no livro, posso afirmar que Cadê você, Bernadette?  é  uma ótima leitura descontraída.

Esse é o tipo de livro que recomendo para finais de semana, férias ou até mesmo para uma longa viagem de carro, na qual você não quer fazer nada além de relaxar. Além disso, a história é agradável para homens e mulheres, adolescentes e adultos, trazendo uma leitura confortável para quem quer que seja.

Isso significa que, se você quer ler algo despretensioso, rápido, que resulte em ótimas gargalhadas e reflexões (ou não), Cadê você, Bernadette? é uma ótima pedida.

Por Giuliana Viggiano
viggiano.giuliana@gmail.com

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