por Bruna Nobrega
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No dia 24 de dezembro de 1975, a banda Queen foi convidada pela BBC britânica para realizar seu primeiro show transmitido ao vivo na televisão. O show contou com diversos efeitos de luz e fumaça e ainda com algumas mudanças de figurino que extasiaram o público da época e que, provavelmente, surtiriam o mesmo efeito sob os fãs do grupo atualmente. Seguindo esta linha, os produtores da banda se inspiraram para criar mais um documentário sobre o grupo.

Com 90 minutos de duração, a primeira meia hora de Queen: A Night in Bohemia (2016) – a parte documental – é recheada de entrevistas antigas e atuais com os membros da banda relembrando, desde sua formação até Bohemian Rhapsody, com grande enfoque na música, que compõe o título do documentário. Infelizmente, o documentário acaba no clímax. Quando sobe o letreiro indicando o final da primeira parte, a reação dos espectadores é “Mas já acabou?”.

Para a felicidade dos fãs da banda, a resposta é não. Ainda tem mais uma hora de filme apresentando o show de 1975 na íntegra, com uma imagem que, embora não completamente nítida, provavelmente é bem melhor do que a de uma TV na década de 1970, após um longo processo de restauração. O som é impecável e as performances e figurinos de Freddie Mercury na telona tornam o show ainda mais interessante e divertido.

No entanto, para quem não é fã ou não conhece tanto a banda, uma hora de show se torna um período longo e cansativo. Nesse sentido, o filme falha. A parte documental não é suficiente para fazer uma pessoa qualquer se interessar pela banda, a ponto de querer assistir ao show inteiro com músicas pouco conhecidas por ela. Não há nem uma apresentação completa da música que dá nome ao longa. Apenas um trecho é tocado, frustrando também quem queria ouvi-la completa após assistir todo seu processo de criação.

Apesar disso, o filme, que será exibido nos dias 05 e 10 de maio, ainda é imperdível para os fãs de Queen.

Confira o trailer