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Euro 2024 | Espanha domina Itália na partida mais esperada da primeira fase da competição

Vitória espanhola contou com o brilhantismo de jovens jogadores.

Por Matheus Ribeiro (matheus2004sa@usp.br)

Na última quinta-feira (20), duas das seleções mais tradicionais do mundo se enfrentaram em partida válida pela segunda rodada da Eurocopa 2024. O jogo, realizado em Gelsenkirchen, na VELTINS-Arena, foi marcado pelo bom desempenho apresentado pelos espanhóis.

Escalações

A Espanha de Luis De La Fuente foi escalada em um 4-3-3, com o mesmo elenco posto para jogo na última partida. A grande aposta espanhola era em suas peças no meio de campo e nas pontas. 

O primeiro setor é composto por Pedri, Rodri e Fabián Ruiz, todos considerados “meio campistas modernos”, isto é, não se limitam a apenas marcar, criar ou atacar, mas fazem todas as funções. O segundo, com as jovens promessas, Lamine Yamal e Nico Williams, que têm como principais armas a imprevisibilidade de seus dribles e velocidade.

Yamal se tornou o jogador mais jovem a jogar uma Euro [Reprodução/X: @EURO2024]

A Itália, por sua vez, também disposta em um 4-3-3 com a mesma escalação de sua estreia contra a Albânia, apostou em uma tática reativa. Sabendo do estilo de jogo espanhol, baseado no domínio da posse de bola, a Azzurra se propôs a abrir mão de ficar com a bola, mas a ocupar todo o campo com sua marcação, para não ceder espaços aos seus oponentes.  

A Itália é a atual campeã da competição. [Reprodução/X: @EURO2024]

A partida

Primeiro tempo

O jogo começou frenético. Logo no início, aos 2’, surgiu a primeira chance clara da partida: em jogada de velocidade, Nico Williams, destaque da partida, vai até a linha de fundo e cruzou para Pedri na grande área, que, livre de marcação, subiu sozinho e cabeceou a bola ao gol. A finalização foi parada por Donnarumma em defesa de rápido reflexo.

A primeira oportunidade espanhola evidenciou a imposição de sua estratégia desde o primeiro minuto. O domínio quase que total da bola por parte da Espanha fez com que o jogo acontecesse todo no campo de defesa italiano, que foi ameaçado com nove finalizações apenas na primeira etapa.

A esperança da Azzurra estava em sua defesa que, durante o primeiro tempo, foi competente ao ponto de dificultar a conclusão das jogadas espanholas. Além disso, havia Donnarumma que, em uma atuação fantástica, protegeu a meta como último recurso italiano.

Porém, a intensidade de La Furia também se estendia à defesa. A Espanha marcava em bloco alto, pressionando o jogador que estivesse com a bola e impossibilitando o contra-ataque italiano. Dessa forma, as bolas que eram tiradas pela Itália em seu campo eram logo retomadas por seus oponentes.

A primeira finalização da Itália aconteceu somente nos acréscimos. Chiesa recebeu a bola na ponta direita, partiue para a entrada da área e chutou para fora. Praticamente o último lance do primeiro tempo, que se encerrou também com um cartão amarelo para Rodri após reclamação com o juiz, que o suspendeu da próxima partida.

Segundo tempo

Após o intervalo, a tônica do jogo permaneceu a mesma: pressão espanhola e reatividade italiana. Assim como no início do jogo, Pedri perdeu outra chance no início do segundo tempo, aos 52’, após receber cruzamento de Cucurella.

Aos 55’, em jogada individual de Williams, que se desvencilhou da marcação, a bola partiu da ponta esquerda até a linha de fundo e foi cruzada. Na tentativa de interceptar o passe, o zagueiro italiano Calafiori desviou a bola em direção ao próprio gol, abrindo o placar para a Espanha na VELTINS-Arena.

Por conta do cansaço decorrente de seu estilo de jogo, depois do gol, a Espanha deixou de pressionar após a perda, mas manteve sua presença no ataque.

Aos 70’, A Espanha teve a melhor chance de ampliar o placar: Williams recebeu a bola na ponta esquerda, driblou os dois defensores que estavam na marcação, cortou para dentro da área e bateu colocado. O chute foi bom o suficiente para tirar a bola de Donnarumma, mas foi parado pelo travessão.

A partir de então, a Furia recuou para preservar a energia de seus jogadores, o que deu mais espaço à criação da Azzurra. Mesmo com a oportunidade de ficar com a bola, a Itália não foi produtiva, sem criar nenhuma grande chance.

Embora houvesse outros ataques perigosos dos espanhóis, a reta final do jogo teve um clima morno. Assim, a partida foi finalizada pelo árbitro Slavko Vincic com o placar de 1 a 0.

Situação do grupo B

Com essa vitória, a Espanha garantiu tanto a classificação ao mata-mata, quanto a primeira colocação, que define que seu adversário nas oitavas de finais será o terceiro colocado do grupo F, posição que foi ocupada pela Geórgia. Além de se estabelecer como uma das favoritas ao título, após apresentar um desempenho capaz de dominar um adversário tão forte como é a Itália.

A Azzurra, por outro lado, saiu do confronto abalada por não ter oferecido nenhum perigo ao seu adversário.  Além de ter sido obrigada a conseguir ao menos um ponto contra a Croácia para conquistar a classificação ao mata-mata. Com a missão concluída no último lance da partida, a Itália assegurou sua vaga às oitavas de final, ocasião na qual enfrentará a Suíça. 

Destaques da partida

Lamine Yamal e Nico Williams

A dupla de jovens pontas espanhóis foi essencial não só ao ataque, mas também para que todo o esquema fosse imposto: a presença dos atletas causou preocupação na defesa italiana, fazendo com que dobrassem a marcação, impedindo a participação dos marcadores italianos nas jogadas de ataque.

Williams foi eleito o melhor jogador da partida pela UEFA. [Reprodução/X: @EURO2024]

Gianluigi Donnarumma

Único destaque positivo da equipe italiana, o goleiro foi o principal responsável por evitar uma goleada vexatória. Com oito defesas, o gigante italiano conseguiu impedir os ataques de seus adversários, sendo surpreendido apenas pela bola vinda de seu próprio companheiro.

Donnarumma estreou pela seleção há oito anos atrás, com apenas 17 anos. [Reprodução/X: @EURO2024]

Ficha técnica

Espanha 1 X 1 Itália

Data: 20/06/2024

Horário: 16 horas (de Brasília).

Espanha (4-3-3): Unai Simón; Carvajal, Le Normand, Laporte e Cucurella; Rodri, Pedri (Alex Baena) e Fabián Ruiz (Merino); Lamine Yamal (Ferran Torres), Nico Williams (Ayoze Perez) e Morata (Oyarzabal). Técnico: Luis De La Fuente.

Itália (4-3-3): Donnarumma; Di Lorenzo, Bastoni, Calafiori e Dimarco; Jorginho (Cristante), Barella e Frattesi (Cambiaso); Pellegrini (Raspadori), Chiesa (Zaccagni) e Scamacca (Retegui). Técnico: Luciano Spalletti.

Gols: Calafiori – Contra (55’)

Cartões amarelos: Rodri, Carvajal e Le Normand (ESP); Donnarumma, Cristante (ITA)

Árbitro: Slavko Vincic (Eslovênia) 

Foto da capa: [Reprodução/X: @EURO2024]

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