Vídeos gravados por um novo ângulo, sob uma nova perspectiva, trazendo imagens de lugares antes inacessíveis com uma qualidade muito satisfatória A linha de minicâmeras filmadoras GoPro foi desenvolvida para fazer gravações mesmo em situações adversas como por exemplo exposição ao vento, água, sol e choques. Uma câmera desenvolvida para usuários comuns e interessados em esportes radicais para quem gosta de esportes radicais e aquáticos.
O surfista Nicholas Woodman estava insatisfeito com o resultado obtido pelas câmeras que tinha à disposição para filmagem de suas manobras. A insatisfação resultou na criação, ainda em 2004, da minicâmera batizada de GoPro. A diferença entre ela para as demais não está apenas no seu tamanho bastante portátil, mas também na série de configurações, recursos e acessórios que a transformaram no equipamento perfeito para os aventureiros.
Atividades como alpinismo, ciclismo, mergulho e outras configuram um território inédito para gravações que, agora, podem ser feitas em alta definição e com segurança e proteção ao aparelho. Além de registrar manobras e novos movimentos, a câmera permite vislumbrar cenários naturais e inspiradores onde esses esportes acontecem.
Aventureiro e cinegrafista profissional, sócio-fundador da Attitude Riders, empresa de produtos audiovisuais sediada no litoral de São Paulo, Dhigão personifica o público-alvo da câmera. Como especialista no assunto, ele conta que a GoPro “com toda sua compatibilidade é muito ágil. Ela nos permite fazer cenas que jamais faríamos com outra câmera qualquer. Qualidade e agilidade é o ponto principal dentro do audiovisual e acredito que o audiovisual é outro após a GoPro, principalmente em esporte radical.”
Em uma das viagens de Dhigão, a GoPro foi utilizada e aprovada: “ela sempre nos surpreende em experiências extremas, tais como montanhas, nevascas ou o próprio surf. Qualquer pessoa pode manuseá-la. Não é aconselhável apenas para uso noturno”, alerta o empresário. “A melhor experiência que tive com uma GoPro foi um vídeo que fizemos totalmente com a mesma num montanhismo no Rio de Janeiro. Uma viagem bastante cansativa, porém muito satisfatória.”
A análise da câmera, entretanto, não é só de elogios. Testes realizados por diversos usuários demonstraram fragilidades em alguns aspectos. Além das citadas filmagens durante a noite, o aúdio da filmadora também foi alvo da insatisfação daqueles que a utilizaram. Por seu tamanho compacto, o aparelho também não tem display – o que de certa forma limita o seu melhor aproveitamento.
Entretanto, o sucesso da minicâmera continuou e outras empresas como as japonesas Sony e Sanyo lançaram versões similares para concorrer no mercado. A primeira apresenta um substancial avanço nas filmagens noturnas e em câmera lenta. A segunda é a mais barata do setor e conta com uma bateria de longa duração. Ainda assim, a pioneira continua se destacando sobretudo pela sua gama de acessórios.
A câmera que pesa 167 gramas e tem dimensões de 4,2 x 6,0 x 3,0 cm vem com caixa de estanque à prova d’água (até 30 metros de pronfundidade) e anti-choque. Faz gravações em até cinco modos sendo um deles Full HD 1920×1080 pixels com 30 frames por segundo, através de uma lente de 170º, tudo isso por cerca de US$ 400.
Os acessórios de fixação, por sua vez, são divididos entre as categorias Surf, Helmet e MotorSport. São kits de agarra e traquitana que fixam a camerazinha tanto em bicicletas, carros, pranchas, skates e capacetes como em partes do corpo, fazendo tomadas em primeira pessoa. Tudo isso fez com que GoPro contribuísse para que os novos vídeos produzidos rompessem com o padrão estabelecido e estabelecessem uma nova linguagem audiovisual.
Por Breno França
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