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O dinheiro por trás do e-sport

Por Luis Eduardo Nogueira O mundo do esporte eletrônico vem cada vez mais ganhando seu espaço no cenário esportivo. Canais como Esporte Interativo e Sportv já transmitem algumas partidas de e-sports, e finais de campeonatos são realizadas em estádios de futebol de grande porte, como o  Allianz Parque e o Estádio Internacional de Yokohama. Consequentemente, …

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Por Luis Eduardo Nogueira

O mundo do esporte eletrônico vem cada vez mais ganhando seu espaço no cenário esportivo. Canais como Esporte Interativo e Sportv já transmitem algumas partidas de e-sports, e finais de campeonatos são realizadas em estádios de futebol de grande porte, como o  Allianz Parque e o Estádio Internacional de Yokohama.

Consequentemente, devido ao grande público interessado no esporte eletrônico (estima-se 90 milhões no mundo todo), grandes empresas ligadas à tecnologia tiveram interesse em fazer parte desse cenário. Isso elevou o setor financeiro do e-sports a um patamar tão alto, que chega a ser surpreendente para o público por fora desse mundo. Pensar em atletas com salários que ultrapassam as dezenas de milhares, em premiações milionárias e patrocínios de empresas multinacionais geralmente nos remete ao futebol, à NFL, NBA… Mas não. Esse é o mundo do esporte eletrônico.

O e-sport passou a envolver não só inúmeras pessoas, como muito dinheiro (Arte: Luís Eduardo Nogueira)
Os e-sports passaram a envolver não só inúmeras pessoas, como muito dinheiro (Arte: Luis Eduardo Nogueira)

Recentemente, no dia 3 de abril, a equipe Brasileira de “Counter Strike: Global Offensive” Luminosity Gaming conquistou o campeonato mundial, recebendo uma premiação de nada menos que 500 mil dólares, valor altíssimo, de fato. Porém, há outros campeonatos de outros jogos que fazem a premiação de 500 mil pareça pouco: o The International de 2015 (campeonato do jogo DOTA 2) contou com uma premiação total de espantosos US$18.429.613,05. Sim, quase 18 milhões e meio de dólares.

Tanto dinheiro vem não só das empresas de games (que lucram com quantidades enormes de jogadores ao redor do mundo), mas também das grandes empresas ligadas ao setor da tecnologia, que patrocinam os campeonatos e as equipes, como a Razer, Nvidia, Intel, Samsung, entre outras. Como retorno, as empresas têm a divulgação tanto de seus produtos (mouses, fones, placas de vídeo e PC’s, que são utilizados pelos cyber atletas), quanto de suas marcas, estampadas nas arenas dos campeonatos e nas transmissões ao vivo pela internet.

Outra movimentação de dinheiro importante que ocorre no mundo do e-sport é a folha de pagamento fixa dos cyber atletas, ou seja, além das premiações, os jogadores recebem salários. No Brasil, jogadores de League of Legends recebem por mês de 3 a 10 mil reais fixos, além de serem remunerados por transmissões ao vivo (live streams) que rendem até 10 mil reais mensais. Tendo-se que o cenário do e-sports no Brasil é muito menor que o dos EUA, Coreia do Sul e Europa, pode-se sugerir que os salários pagos nesses países sejam ainda maiores. No entanto, a vida de cyber atleta não é fácil, os jogadores têm que morar juntos nas chamadas gaming houses, muitos têm que se mudar de cidade e os treinos diários chegam a 14 horas.

Cada vez mais o mundo do esporte eletrônico se mostra importante em vários aspectos. Economicamente, por ser uma área muito visada para investimentos de empresas e patrocínios, movimentando milhões e milhões de dólares. No setor do entretenimento, pela quantidade absurdamente grande de fãs que torcem por suas equipes, assistem às transmissões ao vivo e vão às arenas para ver os campeonatos. E, finalmente, no setor esportivo, pela existência de campeonatos internacionais, atletas que dedicam suas vidas aos treinos e campeonatos, e uma estrutura complexa de suporte aos jogadores, incluindo treinadores e psicólogos. Com todos esses pontos semelhantes entre o e-sport e o esporte tradicional, a dúvida “Mas é esporte?”, no mínimo, tende a ter um “sim” como resposta.

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