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Olimpíadas 2024 | Surfe começa a trazer as ondas do ouro para os atletas brasileiros

O surfe olímpico de Paris 2024, que acontece nas águas de Teahupo'o, no Taiti, teve sua primeira rodada neste sábado, 27 de julho
Por Alex Teruel (alexteruel@usp.br)

Com a maior delegação entre os 21 países que disputam a medalha de ouro no surfe, os seis atletas que representam o Brasil nas Olimpíadas de Paris participaram da primeira rodada da competição nas ondas de Taiti, ilha da Polinésia Francesa.

A quase 16 mil quilômetros de distância da cidade sede das olimpíadas, Teahupo’o é uma das praias consideradas mais perigosas do mundo para a prática do surfe, devido a uma combinação de fatores naturais. Os principais aspectos que fazem esse lugar, especialmente propício para pontuação nos tubos, ser também perigoso são o tamanho das ondas — que podem atingir os 10 metros de altura — a força da correnteza e o recife de coral raso e afiado na região em que as ondas quebram. A dificuldade imposta por essas ondas têm levado muitos atletas a usarem capacetes durante a competição.

Baterias brasileiras do surfe masculino

O show brasileiro começou na terceira bateria, com a presença do bicampeão mundial Filipe Toledo. Dividindo o mar com o peruano Alonso Correa e o japonês Kanoa Igarashi, Toledo acabou com a segunda maior nota final, 7.63 pontos — uma pontuação menor, principalmente por não ter conseguido completar o tubo nas primeiras ondas que pegou. Correa, que não está na elite do circuito mundial de surfe, surpreendeu e levou a melhor no mar e no placar, com 14.33, enquanto Igarashi, medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio, acabou com apenas 4.17.

Apesar de não ter se classificado para a terceira etapa automaticamente, o brasileiro ainda passará pela repescagem, assim como todos os outros atletas que não ficaram em primeiro em suas respectivas baterias.

Gabriel Medina surfando nas Olimpíadas de 2024, em Teahupo'o (Taiti)

Gabriel Medina é o maior surfista brasileiro em número de títulos mundiais de surfe, tendo acumulado três deles e se consagrando como o primeiro brasileiro a vencer um mundial [Reprodução/Instagram: @timebrasil]

Na quarta bateria, Gabriel Medina conseguiu emplacar duas ondas excelentes em seguida, marcando 13.50 pontos e colocando o brasileiro já nas oitavas da competição. Com essa nota, Medina conquistou a maior pontuação brasileira na modalidade no dia. O japonês Connor O’Leary e o salvadorenho Brian Perez ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

João Chianca também brilhou na quinta bateria, se classificando junto ao Medina para a terceira rodada. Com uma pontuação mais apertada, o segundo lugar ocupado pelo marroquino Ramzi Boukhiam ficou a apenas 31 décimos de tomar o lugar do brasileiro. Finalizando com a menor pontuação da bateria, o neozelandês Billy Stairmand também participará da repescagem na segunda rodada da competição, em um confronto contra Filipe Toledo.

Baterias brasileiras do surfe feminino 

A primeira rodada do surfe feminino teve em sua quarta bateria a brasileira Tatiana Weston-Webb, contra a australiana Molly Picklum e a estadunidense Caitlin Simmers, vencedora do último Mundial de Surfe feminino. Por volta dos dez minutos finais da bateria, Tati surfou uma onda longa que a levou até a parte mais rasa do mar e firmou seu primeiro lugar, ultrapassando Picklum. Apesar dessa onda e de uma nota impressionante, nos cinco minutos finais a estadunidense retomou a primeira colocação na bateria e jogou a brasileira para a repescagem.

Tatiana Weston-Webb surfando nas Olimpíadas de 2024, em Teahupo'o (Taiti)

Tatiana, que atualmente ocupa a sétima posição no Mundial de Surf, é destaque para o Time Brasil na modalidade [Reprodução/Instagram: @timebrasil]

A sexta bateria, que contava com as brasileiras Luana Silva e Tainá Hinckel, teve uma pontuação menor para todas as surfistas, já que as ondas não estavam favorecendo para melhores desempenhos. Ainda assim, a alemã Camilla Kemp, que dividia o mar com as atletas, ficou em último lugar na bateria, com Luana se classificando para a terceira rodada.

Outros destaques

John John Florence, bicampeão mundial, venceu sua bateria com a maior nota do dia, 17.33, contra Andy Cleland Quinonez e Andy Criere. Griffin Colapinto e Ethan Ewing, também favoritos, conseguiram passar sem grandes problemas para a terceira rodada. A surpresa foi com o australiano Jack Robinson, também favorito ao título, que perdeu em sua estreia para o francês Joan Duru por uma diferença de 48 décimos.

No lado feminino, Caroline Marks, campeã do mundial de 2023, e Carissa Moore, medalhista de ouro na primeira edição do surfe nas olimpíadas de Tóquio 2020, também se classificaram para a terceira rodada. A surfista francesa Johanne Defay sofreu um pequeno acidente nas águas durante a quinta bateria, caindo de cabeça nos corais. A atleta teve apenas um corte superficial na testa, foi resgatada e voltou de capacete para a bateria, na qual acabou em segundo lugar.

Foto de capa: [Reprodução/Instagram: @timebrasil]

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