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Resenha: ‘Westworld’ – 3ª temporada cumpre expectativas

Entrando no seu terceiro ano, a série norte-americana Westworld, que conquistou a audiência em 2015 com plot twists e reflexões filosóficas associados à inteligência artificial, começa uma nova jornada após o fechamento de ciclo na temporada passada. Nessa nova fase, temas como o livre-arbítrio voltam, agora ligados à questão muito atual do controle de dados …

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Entrando no seu terceiro ano, a série norte-americana Westworld, que conquistou a audiência em 2015 com plot twists e reflexões filosóficas associados à inteligência artificial, começa uma nova jornada após o fechamento de ciclo na temporada passada. Nessa nova fase, temas como o livre-arbítrio voltam, agora ligados à questão muito atual do controle de dados e da privacidade, que já apareceram anteriormente. Além disso, o conflito entre os anfitriões — robôs super tecnológicos que atingiram a subjetividade — e humanos está mais forte do que nunca. 

Dolores Abernathy, interpretada por Evan Rachel Wood, está agora fora do parque, em uma empreitada de vingança, e busca pela dominação de sua raça sobre os humanos. Já no início da temporada, que exibiu três episódios até agora, discussões de cunho filosófico e referências religiosas permeiam a relação da personagem com os humanos e com os outros robôs. Além disso, ela se aproxima de um novo tema: a empresa fictícia Incite, que possui um supercomputador dotado de inteligência artificial que tem acesso à todas as informações das pessoas e controla as escolhas que elas tomam — invertendo a equação de domínio homem-máquina vista na primeira e na segunda temporada. 

Com boa parte da série se passando fora dos parques, os novos cenários e núcleos são uma novidade bem-vinda. O design de produção, que deixa o velho oeste de vez para mergulhar no futurismo de 2058, é o destaque deste início de temporada, assim como a fotografia. O roteiro, como sempre, desenvolvido pelos criadores Jonathan Nolan e Lisa Joy, não deixa a desejar em relação às temporadas passadas. Todo o jogo de informações bem colocadas e referências que incluem a Bíblia, a mitologia e o próprio mundo real vai dos detalhes nos nomes dos personagens à nova abertura. 

Dentre os novos personagens, se destaca Caleb, interpretado por Aaron Paul. Com um enredo que inicialmente se distancia muito do que conhecemos na série, o personagem apresenta novas camadas da sociedade retratada e acaba por se encontrar com personagens já bem conhecidos do público, prometendo ser um dos protagonistas da trama. Este plot dá uma vida nova à série, o que é muito bem-vindo, e Caleb traz um núcleo interessante para a história. Dentro dessas novas tramas, um tema antigo retorna: o que, nesse mundo “real”, é de fato real? Estão vivendo algum tipo de simulação? Isso, aplicado ao novo contexto, é ressignificado e cria diferentes leituras e conflitos. 

Bernard Lowe, outro personagem importante, interpretado por Jeffrey Wright, continua em sua saga de autoconhecimento e conflito consigo mesmo enquanto funciona como um antagonista para Dolores, buscando evitar a destruição que ela propõe. Porém, o homem, que agora está disfarçado, — SPOILER — levou a culpa pelo massacre ocorrido em Westworld, e agora, fora do parque, pretende voltar para ele em busca de aliados. 

Outros conhecidos da audiência também voltam no novo ano, como Maeve, interpretada por Thandie Newton, e Charlotte Hale — agora uma anfitriã, representada  pela atriz Tessa Thompson. Ambas, como sempre, personagens carismáticas representadas com maestria pelas atrizes. A temporada estreia como uma promessa para esse ano, e a série não costuma decepcionar, nem nas questões técnicas nem na trama. Aparentemente, é mais um acerto de Nolan e Joy pela HBO. 

A série é exibida aos domingos no canal de TV pago HBO, também está disponível no aplicativo on demand HBO GO

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