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‘Transformers: O Início’ traz nova abordagem e visual para a franquia

Em animação, novo filme conta sobre a amizade e origem de Optimus Prime e Megatron antes da rivalidade
Por Bernardo Carabolante (bernardocm0411@usp.br)

Desde 2007 nas telas de cinema como live-action, desta vez as produtoras Paramount, Hasbro Entertainment e New Republic Pictures trouxeram uma animação, Transformers: O Início (Transformers: One, 2024), que mostra maturidade ao apresentar uma amizade se tornar ódio e mantém o padrão com cenas de ótimas cenas ação.

A obra apresenta o passado dos personagens já familiares ao grande público, antes de se tornarem importantes dentro de Cybertron, planeta onde habitam. No prequel, isto é, trama de origem dos robôs, Optimus Prime ainda é Orion Pax (Mauro Horta), Megatron é D-16 (Romulo Estrela) e Bumblebee, B-127 (Marcus Eni). 

Transformers: O Início (2024) é o primeiro filme animado da franquia, 38 anos após o original, Transformers: O Filme (1986) [Imagem: Divulgação/YouTube]

Com essa possibilidade de conhecermos mais sobre o passado dos personagens, vemos Orion Pax e D-16 idolatrarem seus ídolos e se protegerem a cada momento, realçando a amizade já estabelecida. No desenrolar da história, somos apresentados a Elita-1 (Camila Queiroz) que faz o papel de durona, B-127 não demora a se juntar, porém, diferente de outros filmes, o personagem consegue falar (até demais, em alguns momentos) e Sentinel Prime (Klebber Toledo), o líder de IACON, cidade  que se passa a história. 

A trama é focada na busca por encontrar seu espaço dentro de uma sociedade segregada entre os autobots que podem se transformar em veículos e os que ainda não conseguem, que é o caso do quarteto, Orion Pax, D-16, Elita-1 e B-127, e trazendo alguns bons plot-twists, apesar de poderem ser batidos para alguns fãs.

O quarteto principal do filme mostra que suas diferenças completam lacunas entre eles [Imagem: Reprodução/IMDb]

Orion Pax e D-16 inevitavelmente se tornarão inimigos e o trailer já retrata isso, porém a cada cena entre eles a amizade é tão bem mostrada fazendo com que o espectador se importe com eles mesmo sabendo que fim terá. E ao longo dos 104 minutos, passamos a entender as motivações e perceber como cada personagem realmente é (principalmente ao receberem poder e mostrarem facetas antes não vistas) e como aquilo desencadeará uma das maiores rivalidades do entretenimento, assim como o diretor Josh Cooley contou em entrevista ao site Omelete: “Eu queria que o público se apaixonasse por eles como amigos para que haja aquele sentimento de ‘ah, eu sei que isso vai dar errado’”.

D-16 fica para trás para que Megatron passe a existir [Imagem: Reprodução/IMDb]

“A linha entre amigos e inimigos não é tão clara”

Optimus Prime

Como nunca falta em Transformers, as cenas de batalha são excepcionais, mas apesar de um filme de ação, a obra consegue mesclar muito bem em seu roteiro as quebras de expectativa, seja com reviravoltas, por vezes até que previsíveis mas que funciona bem na proposta do filme, ou em outros momentos a funcionando para o humor, o que encaixa bem com alguns cortes bruscos de cena, porém o humor exagera ao tornar outros personagens bobos.

Além disso, durante diversos momentos presenciamos diálogos entre os principais personagens em ambientes novos, que os tira do conforto da cidade que estão habituados e essas conversas fazem com que o espectador se importe minimamente com eles, essas dinâmicas que conectam o espectador na relação entre os personagens e mostram a cada cena a diferença de personalidade entre eles.

A animação conta com a volta de Steven Spielberg e Michael Bay como produtores [Imagem: Reprodução/IMDb]

O que  diferencia este filme dos outros capítulos da franquia no cinema é o foco maior nos transformers (bots), sem nenhum humano e que dessa vez, sendo uma animação, torna ainda mais legal de acompanhar as transformações, batalhas, fugas e ficar imerso em tudo que nos é apresentado sobre o planeta Cybertron. No entanto, a obra não busca revolucionar a indústria das animações (apesar dos gráficos excepcionais e que passam a sensação de grandeza ou vazio dos ambientes retratados).

Outro ponto forte do filme é de amarrar bem conexões, trazendo elementos que são apresentados com um significado para trama, mesmo que seja rápido e porém possa parecer uma solução de roteiro fácil, o que ocorre em mais de um momento, mas que em nada afeta a experiência, apenas aquele sentimento de “ele não podia ter feito isso antes?”.

No filme temos a oportunidade de conhecer mais sobre a superfície do planeta Cybertron [Imagem: Divulgação/YouTube]

Ao terminar o filme a sensação é de uma grata surpresa, que ao contar o início de tudo aprendemos mais sobre as motivações dos personagens sem deixar de contar uma boa história, entregando ótimas cenas de ação e um respiro para as histórias tanto de Transformers quanto de cinema, sendo um filme muito bom no que se propõem a ser. Mas caso busque algo mais profundo ou não goste deste tipo de filme, pode não ser a melhor opção.

O filme deixa precedentes para uma continuação animada, uma vez que apenas uma das questões e problemas em Cybertron é abordada ao final do filme. Mas, antes, assista Transformers: O Início, já nos cinemas.

Confira o trailer

*Imagem da capa: Reprodução/IMDb

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