Bruno Benevides
Pois é, Star Wars está de volta. A saga mais amada e odiada do cinema chega mais uma vez as telas. Mas calma, não se trata de um filme live action ou o início de mais uma trilogia. A animação The Clone Wars é uma história paralela para explicar melhor uma parte da história. Vamos esclarecer.
Depois de filmar O ataque dos clones (episódio 2), George Lucas resolveu buscar novos universos (sem trocadilho) para a saga. Daí nasceu a micro-série animada Guerras Clônicas (Clone Wars em inglês), com episódios de até cinco minutos que foram exibidos, entre 2003 e 2005, pelo Cartoon Network. Ela trouxe um pouco do que ocorre nas guerras clônicas que se iniciam no final do episódio 2 e se estendem até A vingança dos Sith (episódio 3). Lucas gostou do resultado e após finalizar a trilogia autorizou a criação de uma série animada longa, com episódios de meia hora, que focaria ainda mais nas tais guerras. Assim a série ganhou o nome de The Clone Wars (em inglês mesmo) e o filme que estréia agora marca o início desta.
Feita as devidas apresentações, vamos ao principal. O filme gira em torno do seqüestro do filho de Jabba, the Hutt. Obi-wan Kenobe, Anakin Skywalker e sua aprendiz, Ahsoka Tano, precisam resgatar a criança para conseguir a ajuda de Jabba na guerra. Exceção feita a Ahsoka, todo o resto já são velhos conhecidos. A direção ficou a cargo do desconhecido Dave Filoni, que vinha de passagens por Nickelodeon e Disney.
O filme é exatamente o que poderia se esperar, um desenho de televisão muito longo, esticado em uma tela muito grande para ele. O deleite visual e a narrativa clássica que marcaram Star Wars vão embora aqui. A animação é apenas correta, sem nenhuma criatividade. A história é fraca muito corrida para um filme. Em uma série de televisão, dividida em episódios, ela poderia extrair alguma tensão e assim funcionar, mas no cinema o resultado fica sem graça.
Ao sair do filme a sensação que fica é que ele era completamente descartável, poderia ter sido feito para a televisão. A escolha por lançar no cinema parece ter muito mais a ver com uma estratégia de marketing para divulgar a nova série e chamar a atenção para os bonecos e outros produtos que virão em seu rastro. Sinceramente prefiro esperar pela série na telinha.