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A diferença na adesão à vacina nos Estados Unidos e no Brasil

Por que o país mais rico do mundo se vê estagnado na luta contra o Covid-19 e a maioria dos brasileiros correm para os postos de vacinação quando são chamados?

Declarada no dia 11 de março de 2020, a pandemia de Covid-19 transformou a realidade de toda a humanidade e levou medo às nações do globo. Uma doença contagiosa que, por meses, não tinha solução preventiva ou cura. Até novembro de 2021, foram mais de cinco milhões de mortes registradas em todo o planeta. No fim do ano anterior, enfim a substância mais aguardada apareceu: cientistas de diversos laboratórios começaram a concluir a criação de vacinas que previnem a doença. Órgãos internacionais e institutos de vigilâncias sanitárias nacionais checaram as eficácias e autorizaram imunizantes como os produzidos pela Pfizer, Astrazeneca, Johnson & Johnson ‘s, Moderna, Coronavac e outras. Entretanto, o líquido — que para a maior parte do mundo foi um alívio — foi rechaçado por grupos negacionistas que negam a ciência e ajudam a disseminar o vírus.

Nesta reportagem, vamos falar de dois países que possuem, respectivamente, — segundo relatório da ONU — a 3ª e a 6ª posição entre as maiores populações da Terra: os Estados Unidos e o Brasil. É fato que muitos fatores diferenciam essas duas repúblicas, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento econômico. Contudo, a pandemia deixou clara uma outra diferença gritante entre as duas nações: a adesão à vacinação. 

Com os brasileiros, a adesão chega a 94%, de acordo com pesquisa do Instituto Datafolha realizada em julho (dos entrevistados, 56% afirmaram que já tinham sido vacinados e 38%, que pretendiam se imunizar). Já entre os estadunidenses, a taxa de completamente vacinados estagnou, apesar dos esforços da administração Joe Biden para acelerar a imunização. Dados do meio de novembro afirmam que o Brasil ultrapassou os Estados Unidos na taxa de vacinação completa contra a Covid-19. A Our World in Data informou que enquanto o país sul-americano aparecia com 59,75% da população com esquema vacinal completo, os EUA tinham 57,62%. Para que se possa compreender esses comportamentos, é necessário analisar suas origens, elementos e consequências.

 

As vacinas contra a Covid-19 são seguras e as taxas de totalmente vacinados devem chegar a pelo menos 80% para que possamos vencer a pandemia. [Imagem: Reprodução/Freepik]

As origens do movimento antivacina

O fortalecimento do movimento antivacina no mundo data dos anos 1990. Em 1998, o médico britânico Andrew Wakefield publicou na prestigiadíssima revista científica “Lancet” um artigo que dizia que a vacina tríplice viral — que protege de sarampo, caxumba e rubéola — gerava autismo nas crianças. Os cientistas e o público em geral ficaram espantados com a publicação. Muitas famílias passaram a temer vacinar seus filhos. Entretanto, assim que Andrew foi desmascarado pela ciência, o texto foi retirado da revista e ele perdeu sua licença para exercer a medicina. Porém, a mentira continuou circulando entre grupos e o estrago já estava feito.

Segundo Glória Teixeira, epidemiologista e professora do Instituto de Saúde Pública da Universidade Federal da Bahia (UFBA), nessa época a internet não era tão disseminada como é hoje. Assim, esse artigo foi muito mais divulgado no mundo desenvolvido. Começaram, então, as campanhas antivacinas. Hoje, a Organização Mundial da Saúde (OMS) cunhou o termo “hesitação à vacina” — comportamento que faz retroceder progressos obtidos contra doenças já controladas.

 

Redes sociais como Whatsapp tentam criar mecanismos para frear as fake news, como limitação de encaminhamento de mensagens e do número de participantes de grupos. Contudo, ainda seguem sendo uma das principais ferramentas de difusão de inverdades. [Imagem: Reprodução/Freepik]


O papel das
fake news

O movimento antivacina encontrou no advento das redes sociais em massa uma ferramenta poderosa de propagação de notícias falsas. Para Gilmar Lopes — fundador do 1º site de combate às fake news no Brasil, o “e-farsas”, colunista e co-apresentador do “Fake em Nóis” — as fake news não são um fenômeno recente e o termo existe há mais de 130 anos. O pioneiro nos ajuda a entender os mecanismos dessas mentiras que viralizam: “Em alguns casos, o conteúdo é fabricado, você vê que todo o conteúdo da notícia é mentira. Outro tipo é quando a história é real, mas não é mais atual. Geralmente, as fake news usam o assunto do momento para conseguir mais engajamento. Os criadores de fake news aproveitam o momento e direcionam para algum assunto específico”. 

Gilmar atribui o alarmante sucesso das fake news, em especial no Brasil, ao maior acesso à internet. Pessoas que nunca tinham tido esse contato antes, na maioria das vezes,  encontram o Whatsapp como porta de entrada e acreditam que o aplicativo é a internet e que as mensagens recebidas por ali seriam verdadeiras. Isso acontece principalmente quando uma informação vem de uma suposta autoridade ou de um indivíduo em que o usuário confia. O resultado dessa combinação é o repasse veloz e em enorme quantidade de notícias sem checagem, as quais tendem a ser inverdades. Cenários assim sempre são perigosos e ficam ainda mais quando entram na esfera da saúde pública. Em todo o mundo, grupos usam esses instrumentos para propagar mentiras sobre a vacinação contra o Coronavírus — que vão desde o medo da vacina implantar um chip até alterações de DNA.

 

A extrema-direita e o negacionismo

“Em vários países na Europa, por exemplo, e nos Estados Unidos, grupos negacionistas têm laços muito estreitos com esses partidos que a gente chama de populistas, extrema-direita ou extrema radical”, afirma Aline Burni, pesquisadora no Instituto Alemão de Desenvolvimento, membro do Observatório da Extrema Direita (OED) e doutora em ciência política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela reitera que vários estudos mostram a existência de uma ligação de partidos e movimentos populistas e anti-sistema com a oposição à vacinação. 

Os líderes desses grupos e seus seguidores tendem a não ter confiança na ciência, nos experts e nos intelectuais de uma forma geral. Desconfiam muito do governo e das instituições políticas. “O medo, a descrença e a hostilidade em relação à vacina passam pela descrença nessas instituições que são tipicamente alvo dos populistas, sendo taxadas como inimigas do povo”, explica Aline. Esses personagens enxergam a ciência como parte de um establishment, de um status quo que supostamente serviria à elite, e não ao homem comum. Toda essa nebulosa conspiração posta sobre a comunidade científica serve para legitimar posturas negacionistas que espalham a desinformação e o contágio de várias doenças — como a Covid-19.

Sobre os que recusam imunizantes a pesquisadora relata: “acho que o movimento antivacina não teria ficado tão expressivo se ele não tivesse sido mobilizado politicamente por alguns movimentos e partidos populistas e anti-sistema”. 

Analistas indicam que um dos principais motivos da derrota de Donald Trump nas eleições de 2020 foi sua má gestão da pandemia. [Imagem: Instagram/ realdonaldtrump]


No caso norte-americano, o mandato único de Donald Trump, que durou de 2017 a 2020, é um exemplo dessa aliança entre governos de extrema-direita e ideais negacionistas. No início da pandemia, o líder do país mais rico do mundo relativizou a doença e desestimulou medidas de prevenção — como uso de máscaras e o distanciamento social, indicados pela OMS — e evitou a cooperação internacional. De acordo com informações do jornal
The Washington Post, o Programa Federal de Proteção ao Salário dos Estados Unidos concedeu, durante a gestão de Trump, 850 mil dólares em empréstimos para, no mínimo, cinco organizações antivacinas do país. Em seus comícios eleitorais no segundo semestre de 2020, quando o país batia índices assustadores de casos e mortes, o republicano provocava grandes aglomerações, sem seguir normas de proteção. No último dia do bilionário no cargo, contavam-se 400 mil mortos pelo Coronavírus nos EUA. A revista Lancet afirma que o presidente poderia ter evitado em 40% os óbitos.

Trump foi derrotado pelo democrata Joe Biden, que assumiu o poder em janeiro deste ano. Mesmo com a gestão desastrosa da pandemia, o ex-presidente teve cerca de 74,2 milhões de votos, contra os 81,2 milhões do vencedor. Vale lembrar que nos Estados Unidos o voto não é obrigatório e o candidato é eleito com base no Colégio Eleitoral (no qual Biden ganhou por 306 a 232). Contudo, esses dados mostram que considerável parte dos estadunidenses acredita nas ideias trumpistas. Prova disso é que estados onde o republicano teve maioria de votos indicam maior resistência à vacinação contra o vírus. Entre eles, os do Sul — como Mississipi, Alabama e Louisiana. Em Wyoming, onde Trump teve 70% do eleitorado, a taxa de completamente vacinados não passa dos 45,3%. Em julho de 2021, a estagnação da imunização do país causou aumento de 121% nos casos.

Aline afirma que a tendência não é que esses movimentos na sociedade diminuam só porque a força eleitoral desses partidos foi reduzida. Segundo ela, as ideias disseminadas por eles já estão bem consolidadas em uma parte da população. “Não necessariamente porque o personagem ou o partido que mobilizou essas ideias saiu um pouco de cena que as ideias se enfraquecem. Pode ser, inclusive, que elas sejam retomadas por outros atores ainda mais radicais”, diz a doutora em ciência política.

 

Trump se aglomerando com apoiadores em comícios eleitorais durante momentos críticos da pandemia nos Estados Unidos. [Imagem: Instagram/ realdonaldtrump]


Tropeços do próprio sucesso

São múltiplos os fatores que motivam uma resistência mais robusta à imunização nos EUA. Agora, cabe ressaltar outros elementos que corroboram com o distanciamento entre o país e o Brasil nesse contexto. Segundo Aline Burni, “é diferente a resistência da vacina em países desenvolvidos, onde o acesso a ela é muito fácil — como na Europa e nos EUA —, e em países ainda em desenvolvimento, onde a oferta é muito mais difícil e as pessoas estão confrontadas com uma realidade onde o vírus fez muito estrago”. Para ela, ainda podemos salientar que a falta de um sistema público de saúde — como o Sistema Único de Saúde (SUS) — nos Estados Unidos faz com que as pessoas tenham dificuldade de ter acesso a um serviço de saúde adequado e acessível e, dessa forma, têm menos confiança no sistema de saúde do próprio país.

 

Aproximadamente 61% da população brasileira está totalmente vacinada – dados de 25 de novembro de 2021. [Imagem: Reprodução/Pixabay]


De acordo com Glória Teixeira, o fato dos países desenvolvidos terem controlado doenças há mais tempo que os em desenvolvimento cria uma ilusão de que as doenças não existem mais ou não podem mais retornar. “É como se fosse um efeito colateral do próprio sucesso”, classifica a epidemiologista. Assim, quando não se vê mais a patologia, o que mais aparece são os efeitos colaterais — dado que todos os produtos farmacêuticos os possuem, inclusive os imunizantes.

A professora destaca também que mesmo que os norte-americanos não possuam a capilaridade e cultura de vacinação que o SUS proporciona para o Brasil, eles dispõem de recursos muito maiores que os nossos. O governo, inclusive, oferece prêmios para quem se vacinar e ainda assim há pessoas que se recusam. “Tem uma questão realmente cultural, porque não foi construído — como no nosso SUS que tem 30 anos — essa valorização da prevenção. Achavam que estavam livres dessa doença, mas se nós não nos vacinarmos, vamos ter Covid”, afirma.

 

Entendendo a cultura da vacinação no Brasil

O programa nacional de imunizações começou na década de 1970, com o surto de meningite meningocócica. Eram tempos de ditadura e, segundo Glória, depois de muito esconder a epidemia, os militares adquiriram vacinas e aplicaram na população, controlando o surto que estava vitimando muitos brasileiros. A partir daí, o país começou a organizar seu programa e no início dos anos de 1980 passou a promover campanhas de vacinação contra a poliomielite — a gotinha. 

Não havia estrutura para realizar a prevenção contra o sarampo, que era intramuscular, pois o SUS ainda não existia. Na metade da década, foi criado o famoso personagem Zé Gotinha, que encanta até hoje as crianças e transforma o dia da vacinação em um dia de alegria, esperado por muitas delas. A memória dessas campanhas desde essa época até — principalmente — os anos 2000 e os dias de hoje reforça a importância da vacina para a prevenção. O apreço do brasileiro pelo momento de vacinar é tanto que a foto recebendo com orgulho e emoção a dose contra o Coronavírus se popularizou nas redes sociais.

 

Personagem Zé Gotinha criado para campanhas de vacinação
O Zé Gotinha foi criado em 1986 pelo artista plástico Darlan Rosa. [Imagem: Divulgação/SAÚDE é Vital]


A professora da UFBA ressalta que “esse sucesso do programa de imunização do Brasil fez com que nós eliminássemos a poliomielite, o sarampo, a difteria, a coqueluche e o tétano”. Ela também sinaliza que a capilaridade do SUS é um fator chave em nossa cultura: “Nós temos salas de vacinação em todos os municípios brasileiros. O SUS montou uma estrutura que vacina de barco, leva vacina de avião, chega às populações ribeirinhas e às populações mais distantes. Os vacinadores são recebidos de braços abertos. Se nas grandes capitais têm um pouco mais de resistência, nós temos que continuar quebrando essa resistência. Temos que bater palma para o SUS, conseguimos vacinar mais de três milhões de pessoas em um dia, isso é um feito reconhecido mundialmente e é possível por causa do SUS”. 

Glória ainda pontua que “a vacina é dada de graça — claro que estamos pagando como contribuintes —, mas chega para todos, isso é incrível em nosso país” e assegura: “Precisamos lembrar que saúde é um direito de todos e dever do estado, está inscrito na nossa Constituição”.

 

Poucos, barulhentos e poderosos

Infelizmente, apesar do alto índice de adesão ao imunizante que protege do Coronavírus, há um grupo pequeno, porém barulhento, que segue espalhando desinformação e negacionismo no Brasil. O que mais preocupa é que essas pessoas encontram reverberação em autoridades, como o próprio presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. 

A autoridade máxima do país já protagonizou inúmeras situações de descaso com a pandemia e suas vítimas. Desde o início, desestimula uso de máscaras, promove aglomerações, foi contra medidas de isolamento social, não ofereceu auxílio emergencial em quantia ou período suficiente, pressionou o uso de medicamentos sem qualquer comprovação científica para a Covid-19, ironizou denúncias de genocídio contra ele, ignorou e-mails de fabricantes de vacinas — atrasando a imunização de milhões de brasileiros — e quando questionado sobre o lamentável índice de óbitos no Brasil, já chegou a responder: “E daí?” e “Não sou coveiro”. Nas últimas semanas, Bolsonaro chegou a insinuar que a vacina daria Aids — o que é uma total mentira — e acabou suspenso temporariamente da plataforma Youtube, na qual proferiu o absurdo.

Gilmar Lopes comenta que “o problema vem de cima quando o próprio Ministério da Saúde e o próprio presidente — além de não fazerem propaganda da vacina — ainda inflamam as pessoas a não se vacinarem. Quando o exemplo é vindo de cima, a aderência é muito maior”. O estrago por aqui só não é tão significativo como nos EUA — em termos de indivíduos antivacinas — porque, conforme Aline Burni: “Hoje o apoio do Bolsonaro é  relativamente bem menor do que o do Trump na época em que estava no poder”. Pesquisa do PoderData indica que a rejeição ao presidente era de 58% em setembro de 2021 e somente 25% achavam seu governo bom ou ótimo. 

Além de todas essas ações desastrosas que colaboraram para que o Brasil atingisse a triste marca de 600 mil óbitos pelo Coronavírus, Bolsonaro diz ao mundo que não se vacinou — entretanto, colocou um sigilo de 100 anos em seu cartão de vacinação. Glória reflete: “Isso cria na cabeça da população — de muitos — que se ele que é presidente e não quer se vacinar, é porque eu não devo me vacinar. Cria uma grande contradição”. E complementa: “Eu fico com muita dor quando a pessoa foi negacionista, teve um parente que morreu e só depois percebeu. Isso é terrível para aquela pessoa que perde por ter negado as formas de controle indicadas em todo mundo”.

 

O relatório final da CPI da Covid atribuiu nove crimes a Bolsonaro. [Imagem: Instagram/ Jair Messias Bolsonaro]


Apesar de você, amanhã há de ser outro dia

Dependendo do país, diante de porcentagens menores ou maiores de movimentos negacionistas — especialmente no que concerne à vacinação —, Aline pensa caminhos para aumentar a difusão de informações a favor da ciência. 

“Não somente a mensagem é importante nesse caso, mas o veículo da mensagem, quem vai passar essa mensagem”, diz Aline Burni. Ela sugere que se deve tentar informar melhor as pessoas por canais que elas confiem. Se a informação continuar vindo de canais que elas não confiam, não irão mudar de ideia. “Acho que é preciso identificar canais diferentes que possam comunicar as informações sobre a vacina para as pessoas que ainda estão hesitantes em se vacinar porque não confiam na segurança da vacina ou não sabem dos efeitos colaterais”, conclui e acrescenta que políticas públicas que tornem mais vantajoso o indivíduo se vacinar do que não se vacinar também são úteis.

Nos Estados Unidos, Joe Biden e Kamala Harris têm realizado tentativas para estimular a vacinação em seu país e conter a variante delta. Desde o primeiro dia de seu mandato, proferiram discursos motivando os norte-americanos a se imunizarem, tiveram os momentos que foram vacinados transmitidos para o planeta e organizaram equipes de especialistas para a contenção da pandemia. O governo anunciou que deve exigir que todos os funcionários públicos federais sejam vacinados, assim como trabalhadores de empresas privadas com mais de 100 empregados. 

Biden também declarou que irá reembolsar empregadores que liberarem, sem descontos, seus funcionários nos dias de vacinação. Além disso, locais de entretenimento e de aglomeração exigem comprovação de vacinação ou testes negativos na entrada. “Esta é uma pandemia dos não vacinados. Por favor, façam a coisa correta”, pediu o democrata. Estados e municípios norte-americanos pagaram até mesmo prêmios em dinheiro para quem fosse se imunizar. A cidade de Nova York chegou a oferecer 100 dólares.

Somente a vacina pode acabar com a pandemia de Covid-19, manter diversas doenças erradicadas e controlar muitas outras. A prevenção é um ato de saúde pública. Apesar de todos os personagens negacionistas que confundem e ludibriam milhões independentemente do idioma, a ciência resiste e vai vencer essa batalha contra o vírus e o obscurantismo. Faça sua parte, vacine-se.

1 comentário em “A diferença na adesão à vacina nos Estados Unidos e no Brasil”

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