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9ª Semana de Fotojornalismo: Cobertura do 5º dia – Debate “Street Photography (o estilo puro)”

A partir do debate “Street Photography (o estilo puro)”, tema do último dia de palestra da 9ª Semana de Fotojornalismo, as experiências sobre fotografar na rua e o questionamento do que é de fato “fotografia de rua” foram questões presentes na mesa dos palestrantes, com a presença de Gustavo Gomes, um dos fundadores do coletivo …

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A partir do debate “Street Photography (o estilo puro)”, tema do último dia de palestra da 9ª Semana de Fotojornalismo, as experiências sobre fotografar na rua e o questionamento do que é de fato “fotografia de rua” foram questões presentes na mesa dos palestrantes, com a presença de Gustavo Gomes, um dos fundadores do coletivo SelvaSP, Rodrigo Zaim, integrante do coletivo R.U.A (Registro Urbano Autoral), e da mediadora e também fotógrafa Dani Sandrini.

Para Rodrigo Zaim, para fotografar na rua é preciso “se envolver e estar por dentro do assunto que você vai fotografar. Quando você vai fotografar sobre algo que você não conhece, está dando um tiro no escuro.” No entanto, enfatizou o essencial: “Ir para as ruas, não ter medo da rua.” E fotografar.

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Da mesma opinião compartilhou Gustavo Gomes: “Você tem que gostar de estar na rua por estar na rua.” O membro do SelvaSP também relatou os esforços que o ramo exige: “Tem que gostar de andar muito. Às vezes você sai, anda três, quatro horas por dia com o saldo de uma única foto.”

Assim, Gomes contou: “formamos o SelvaSP não com um caráter jornalístico, mas a partir das nossas vivências na rua. Uma das coisas legais é que quando ele surgiu tínhamos a proposta de devolver as fotos da rua para a rua com a colagem de lambe-lambes. Também fizemos isso para fugir da galeria, que não combinava com o tipo de foto que estávamos tirando.”

Ao que Rodrigo respondeu: “essa experiência do lambe-lambe é algo que todo fotógrafo deveria viver.” E complementou citando uma iniciativa conjunta do R.U.A para o Foto Protesto SP, quando fotografias de rua dos protestos de julho de 2013, que aconteciam na época, foram coladas nas paredes do cemitério do Araçá para uma exposição.

Foi no mesmo período do nascimento do próprio R.U.A: “A gente sentou na mesa de um bar depois de um protesto, no qual tomamos um cacete da polícia, e pensamos: vamos tentar mudar esse cenário, a gente tem potencial”, narrou Zaim, que agora pode refletir: “A gente mostra o que não é tão bonito de se ver. Acho que esse é o nosso lance.”

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Diversos ensaios fotográficos, de ambos os coletivos, foram exibidos na noite. O carnaval na Cracolândia, o interior nordestino, a ocupação do MTST na Copa do Povo, a noite na cidade de São Paulo, um traficante de drogas, uma cidade em Minas Gerais, o bairro de Itaquera: apenas alguns dos temas das fotos projetadas. Todas são fotografias de rua? A pergunta foi feita, e a resposta não encontrada continuou irrelevante.

Ao fim da noite, foram anunciados os vencedores do concurso da Saída Fotográfica, com o tema “Personagens de Rua”.

 

Por Helena Mega

helenamega8@gmail.com

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